Da Época desta semana:
COMENTO em três observações: 1ª) A nota da revista surpreende, porque é incomum um veículo de comunicação criticar um outro pelo tratamento dado a uma notícia. Antes houvesse mais postura crítica como essa, da Época, e menos corporativismo, porque assim a qualidade da informação tenderia a melhorar e os leitores agradeceriam. 2ª) Se a vítima, em vez de uma empresária de um dos maiores grupos econômicos do país, fosse, por exemplo, uma empregada doméstica, o JB e os demais veículos dariam tanta atenção ao caso? 3ª) A crítica da revista ao JB, claro, procede, mas ela deveria ter ouvido o jornal para saber o motivo pelo qual resolveu, de maneira inédita, desrespeitar a uma lei que protege um adolescente -- o fato dele ser suspeito de assassinato não muda a legislação. A imprensa, que é inqueridora por sua natureza, também precisa ser inquerida.
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Lei? Lei para quê?
Para protestar contra quem chama de "impunidade assegurada por lei", o Jornal do Brasil resolveu ferir a própria lei: publicou uma foto sem tarja do adolescente de 17 anos suspeito de ter assassinado a empresária Cristina Johannepeter. A iniciativa chegou a ser elogiada pelo chefe da Polícia Civil fluminense, mas chocou militantes dos direitos humanos de todo o país. "Não conheço precedente desse tipo de comportamento na mídia", diz Carmen Oliveira, subsecretária dos Direitos da Criança e do Adolescente. Ela manifestou solidariedade à família Johannepeter e pediu providências jurídicas ao Ministério Público contra o JB.
COMENTO em três observações: 1ª) A nota da revista surpreende, porque é incomum um veículo de comunicação criticar um outro pelo tratamento dado a uma notícia. Antes houvesse mais postura crítica como essa, da Época, e menos corporativismo, porque assim a qualidade da informação tenderia a melhorar e os leitores agradeceriam. 2ª) Se a vítima, em vez de uma empresária de um dos maiores grupos econômicos do país, fosse, por exemplo, uma empregada doméstica, o JB e os demais veículos dariam tanta atenção ao caso? 3ª) A crítica da revista ao JB, claro, procede, mas ela deveria ter ouvido o jornal para saber o motivo pelo qual resolveu, de maneira inédita, desrespeitar a uma lei que protege um adolescente -- o fato dele ser suspeito de assassinato não muda a legislação. A imprensa, que é inqueridora por sua natureza, também precisa ser inquerida.
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