Acusado de barrar apuração do
dossiê Vedoin, Lula falta a debate
BC informa que só ontem foi acionado pela PF para ajudar na investigação do dinheiro
Embaraço gerado por dossiê e favoritismo levam presidente a decidir participar de comício
O Banco Central informou que só ontem foi acionado para ajudar nas investigações sobre a origem do dinheiro que seria usado por petistas para comprar o chamado dossiê Vedoin – apesar de a apreensão de R$ 1,75 milhão já ter completado duas semanas. A revelação fez os oposicionistas acusarem o governo de promover uma manobra política para atrasar as apurações. O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, responsabilizou diretamente o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ao qual a Polícia Federal é subordinada. Bastos e o diretor da PF, Paulo Lacerda, reagiram assegurando que o inquérito sobre o caso avança no ritmo adequado e não obedece a uma lógica política. O favoritismo apontado pelas pesquisas e os embaraços que o escândalo do dossiê certamente lhe traria fizeram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faltar ao último debate da campanha na televisão. Depois de um dia de suspense, a decisão de não ir ao confronto só foi anunciada poucas horas antes do início do programa. No ar, os outros três principais concorrentes – Geraldo Alckmin, Heloísa Helena e Cristovam Buarque – criticaram o presidente por não ter aparecido. A Rede Globo, promotora do evento, transmitiu para todo o País imagens de uma cadeira vazia que simbolizava a ausência. Lula optou por ir a São Bernardo do Campo, onde comandou o comício de encerramento de sua campanha à reeleição. Ao discursar diante de 4,5 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, o presidente pareceu se justificar: "Não tem coisa mais importante do que fazer o último comício na terra em que nasci politicamente."
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