Delegados repudiam uso
eleitoreiro da instituição
Bruno Winckler
A Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (Fenadepol) divulgou nota na quarta-feira criticando o uso eleitoreiro da Polícia Federal no episódio do dossiê Vedoin. No texto, a entidade repudia o que chama de uso político-eleitoreiro da imagem da instituição pelo governo federal e também protesta contra todas as críticas de autoridades ou entidades públicas, incluindo o Ministério Público Federal e partidos, à atuação da PF e à condução dos atos policiais por seus delegados.
Na nota, o presidente em exercício da federação, Antônio Barbosa Góis, defende a necessidade de leis que assegurem a autonomia orçamentária e financeira da Polícia Federal, 'nos moldes do Judiciário e do Ministério Público, garantindo ainda as prerrogativas de inamovibilidade e vitaliciedade a autoridade policial'.
'SERVE À SOCIEDADE'
'A Polícia Federal não é polícia de governo. Nós não temos compromisso com gabinete de ninguém. A Polícia Federal serve à sociedade e não podemos aceitar que ela seja usada dessa maneira', disse Góis. 'Não gosto de ver o presidente usando nosso trabalho na propaganda do governo e da campanha dele. Nós fazemos nosso trabalho independente de interesses', frisou.
Para Góis, a Polícia Federal vem desempenhando bem, 'dentro das suas as atribuições', o papel de apurar o caso do dossiê Vedoin.
'O que nós estamos vendo é que está havendo uma cobrança exagerada por parte de partidos, como por parte do Ministério Público, em relação à apuração', reclamou. 'Queremos deixar bem claro que a PF é apartidária e não atua sob tutela de ninguém', reafirmou, defendendo o desempenho de seus colegas de Mato Grosso.
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