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Agora Lula xinga os "companheiros"

Do Estadão:

Ex-amigos agora são 'bandidos, insanos...'

Gabriel Manzano Filho

Nunca ninguém antes, neste País, desancou tão impiedosamente os próprios subordinados em público, tantas vezes, em tão poucos dias, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de fazer com os responsáveis pelo dossiê Vedoin. Entre sábado, dia 16, e ontem, ele definiu a manobra de 'abominável', 'momento de loucura', 'barbárie', 'insanidade', e qualificou seus autores de 'bandidos', 'insanos', 'loucos' e, finalmente, 'aloprados'.

Não bastasse essa tempestade verbal, jogou pelo ralo mais um pacote (o terceiro) de velhos amigos - desta vez, gente de sua pré-história sindical, incluindo o ex-ministro da Previdência e depois do Trabalho, hoje presidente do PT, Ricardo Berzoini. Antes, caíram as turmas Dirceu-Delúbio, no mensalão, e Palocci-Jorge Mattoso, no episódio do caseiro Francenildo.

'Eu acho abominável comprar notícias', disse Lula já no dia 16, em Aracaju, quando o caso veio a público. A segunda intervenção foi um indignado telefonema para o assessor Freud Godoy, na segunda-feira, 18. O assessor disse que ele estava bem bravo e 'demitiu-se' no ato.

Três dias depois, em entrevista ao Bom Dia, Brasil, da TV Globo, sua fúria subiu alguns graus: tais coisas só aconteciam 'porque as pessoas são, eu diria, insanas'. O que aconteceu 'foi uma coisa imoral para este País'. Horas depois, recebendo prefeitos no Planalto, voltou ao tema: 'Quem fez isso não era da inteligência' (...) 'Quem quer vender (dossiê) é bandido. E quem compra vira tão bandido quanto ele.'

A investida seguinte, para distanciar-se da trapalhada, foi uma entrevista à Rádio CBN, em que fritou seu churrasqueiro de confiança, Jorge Lorenzetti: 'É inexplicável que pessoas com décadas de carreira joguem isso fora por uma imbecilidade'. O serviço de inteligência da campanha (que ele chefiava) 'não era tão inteligente assim'. Ao negociar, essas pessoas 'estavam imbuídas de um momento de loucura".

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