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Mãe teme que Nildo seja assassinado

Do Estadão desta segunda:

"Benta Maria dos Santos Costa, 41, mãe de quatro homens, entre eles o caseiro Francenildo Costa, não esconde sua preocupação com o destino do filho. Depois que o caseiro desmentiu a versão do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmando que ele freqüentava uma mansão no Lago Sul, em Brasília, onde a chamada república de Ribeirão fazia negócios e festas, Benta passou a temer pela vida de Nildo, como é conhecido.

Mais: assustada, ela pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva 'não faça nada com ele'. 'Eu quero o meu filho de volta e peço ao presidente (Lula) que mande ele de volta ao Piauí".

Nildo declarou, em entrevista ao Estado e depois à CPI dos Bingos, num depoimento interrompido pela Justiça, que Palocci ia à casa do Lago Sul, onde era feita distribuição de dinheiro para o grupo e realizadas festas com garotas de programa. O ministro sempre negou ter ido lá.

Ela contou que Francenildo se confessou preocupado, mas procurou tranqüilizá-la, lembrando que a imprensa estava em cima do caso e que ainda tinha apoio de advogados, contratados pelo ex-patrão Luiz Antônio Guerra, para defendê-lo. 'Eu disse para ele que o negócio não é agora, que a imprensa está em cima. Mas e depois? O que é que eles não vão fazer com meu filho?', indagou a mãe.

Benta declarou-se ofendida e indignada com o presidente por ele ter chamado seu filho de 'simples caseiro'. Ex-babá, desempregada, vivendo de uma meia pensão e de R$ 50 do Bolsa Cidadão, Benta disse que Lula não deveria agir assim, 'esquecendo sua origem de operário'.

'O que é que eles não vão fazer com meu filho? O Lula abre a boca na televisão e diz que ele é um simples caseiro. O que ele quer dizer com isso? Ele estava ofendendo o meu filho. Ele saiu de onde? Lula não nasceu em berço de ouro. Meu filho é um simples caseiro sim, mas criei ele sozinha para ser um homem honesto e falar toda a verdade.

O que é que adianta ser filho de papai e mamãe e não falar a verdade?', perguntou aos prantos, durante entrevista ao Estado, concedida em uma casa de quatro cômodos ainda em construção, em Nazária, no Piauí.

Seu maior temor é de que seu filho sofra algum tipo de vingança, depois que o caso sair das manchetes dos jornais. 'O que é que um pobre caseiro significa para um poderoso? Não significa nada, é um Zé Ninguém', argumentou.

Acompanhada da mãe, Maria das Dores Santos, que também chorava, Benta não se negou a responder às perguntas.

Segura, garante que o dinheiro depositado na conta de Francenildo vem mesmo de seu suposto pai, o empresário Eurípedes Soares Silva. A revista Época divulgou extratos bancários do caseiro. A quebra do sigilo de Nildo não foi autorizada pela Justiça. Segundo seu advogado, a reportagem sugere que ele teria recebido dinheiro da oposição para depor contra Palocci.

Segundo ela, o filho já lhe tinha pedido várias vezes para exigir do pai o reconhecimento da paternidade, mas ela insistia em não concordar. Um argumento, porém, a demoveu: os amigos da escola em Brasília cobravam dele a origem paterna.

Ele também teria apoio jurídico prometido pelo patrão.

A conversa, segundo ela, teria ocorrido em 22 de dezembro. Francenildo procurou o pai em um posto de gasolina.

Disse que queria o registro de paternidade, mas o empresário negou ser o pai e propôs um acordo financeiro, que foi aceito. Benta não sabe o valor." (Expedito Filho, enviado especial a Nazário (PI).

  

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