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Mãe do caseiro Nildo conta tudo

Edição deste sábado do Estado de S. Paulo publica entrevista com a mãe do caseiro Nildo. Ao repórter Expedito Filho, Benta Maria dos Santos Costa, 45, fala sobre o acordo financeiro que Nildo fez com o pai biológico dele, o empresário Eurípedes Silva, o qual resiste em assumir a paternidade do caseiro.

Para impedir o depoimento de Nildo à CPI do Bingo, o PT recorreu ao STF e foi atendido prontamente pelo ministro Cezar Peluso. A alegação do governo era de que o caseiro iria desvendar a intimidade do ministro Palocci.

Pois bem, agora Benta teve de revelar o seu relacionamento com o pai de Nildo, quando ela tinha 15 anos, com o propósito de livrar o filho da acusação de ter recebido dinheiro da oposição para denunciar o ministro da Fazenda. E onde está o senador Tião Vianna, do PT, que solicitou a liminar ao STF contra os trabalhos da CPI? Sumiu.

Segue a entrevista:

A senhora conhece o empresário Eurípedes Soares da Silva?
Conheço.

Quando?
Quando ele começou a trabalhar ainda com uma empresa pequena de dois ônibus. Nesse tempo, ele não tinha empregado e trabalhava sozinho. Ele sempre me via, eu menininha nova. Fui trabalhar em Teresina porque meus pais não tinham condições de me dar o que eu queria.

Qual foi o emprego da senhora?
Como babá na casa de uma senhora. Eu tinha 15 anos. Ele era bem mais velho. Ele andou atrás de mim mais ou menos dois meses. Por conselho de uma colega acabei saindo com ele. O relacionamento de saída foi só de um mês. E aí eu engravidei. Eu não tomava medicamento nenhum.

A sra. avisou que estava grávida?
Avisei e ele disse que não era dele. Disse que me daria o dinheiro para comprar o remédio para abortar a criança. Não tomei o remédio e briguei com ele. Eu pedi dinheiro para ir ao médico. Ele disse que não dava.

Quando Nildo conheceu o pai?
Com 14 anos. Foi durante uma reunião com os moradores. Nesse dia eu chamei ele e falei: Olha, o seu filho quer te conhecer. Aí ele disse que esse menino não era dele, na vista dele. Nildo ficou traumatizado. Ele, que era calmo, ficou rebelde e eu levei ele para aí para ver se passava.

Quando foi que ele começou com a idéia de querer o registro?
Agora, depois que ele passou a de maior. Depois que ele começou a estudar no colégio, ele disse que os amigos apresentavam o nome do pai e aí ficavam falando: ´Teu pai e tua mãe é tua avó, como é que isso?´. Ele disse: ´Não, mãe, esse negócio não está certo. Vou querer meu registro direito´.

Quando Nildo teve a primeira conversa sobre o registro?
Foi em dezembro.

O acordo era tirar o registro com o nome do pai?
Era. Meu filho disse que era para Eurípedes consultar os advogados que ele, Francenildo, ia caçar os deles para saber dos direitos.

Quando surgiu esse acordo financeiro? Em dezembro? Foi. Eurípedes começou a enviar o dinheiro porque ficou com medo do Francenildo colocar ele na Justiça.

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