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Igrejas evangélicas distribuem 'santinhos' de candidatos

Levantamento da revista Época Pelo menos cinco igrejas evangélicas de Duque de Caxias (RJ) estavam fazendo abertamente campanha de candidatos às próximas eleições, com a distribuição de propaganda, como “santinhos” (fotos com o número do candidato), panfletos e placas. O material estava sendo distribuído aos fiéis após os cultos. A lei impede que igrejas — que desfrutam de renúncia fiscal — participem de campanha política. Por determinação da juíza Vera Maria Andrade Lage, fiscais do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), com apoio da polícia e do Ministério Público, apreenderam o material em três templos da Igreja Internacional da Graça de Deus, um da Igreja Mundial e outro da Assembleia de Deus Família. Os “santinhos” são de candidatos a deputado estadual e a federal do pretendente a governador do Estado do Rio Anthony Garotinho (PR), que é evangélico. Em um dos templos da Igreja da Graça, havia panfletos obstruindo o banheiro para deficientes físicos. Mandato de depu

'Lei cristã' proíbe venda de bebida em feriado religioso

A pregação conservadora religiosa que varre o Brasil criticaria até Cristo por ter transformado água em vinho Duas cidades baianas estão impondo uma “lei cristã” à população, o que inclui pessoas de crença não cristãs e descrentes. É como se, para a administração municipal, a interpretação da Bíblia de seus legisladores estivesse acima da Constituição, que determina o Estado laico. Nesse sentido, a proibição é comparável a uma determinação da sharia (lei islâmica). Nas cidades de Feira de Santana e Baixa Grande há lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas na Sexta-Feira da Paixão e impede nesse dia o funcionamento de bares. Ou seja, quem for ateu, por exemplo, tem de se submeter a uma lei de inspiração religiosa, como em países onde o islamismo é determinante. Até pessoa que segue uma religião cristã terá de se submeter à proibição, mesmo sabendo que Cristo, em uma festa, transformou água em vinho. O Ministério Público do Estado da Bahia encaminhou à Justiças duas Adins (A

Vereador agora diz que não sugeriu segregação dos gays

Nogueira: Governo tem de consultar 'sobretudo o segmento religião cristão' O vereador Sérgio Nogueira (foto), de Dourados (MS), publicou em seu site nota oficial afirmando que, na sessão do dia 15 da Câmara, diferentemente do que foi noticiado, não sugeriu a segregação dos homossexuais. O desmentido de Nogueira deve-se à repercussão nacional de seu discurso homofóbico feito naquele dia. Disse: "Não podemos passar a ideia de que o anormal é normal. [...] Bota as pessoas que assim pensam [os homossexuais] numa ilha por 50 anos e depois volta para ver; não vai ter mais ninguém”. Agora ele afirmou, de acordo com a nota, que as suas afirmações foram distorcidas pela Rádio 94FM, de Dourados com o propósito de prejudicá-lo. Nogueira é candidato pelo PSB a deputado estadual e, evangélico, conta com o apoio, segundo ele, de pastores de várias denominações. Em 1996, foi presidente da Associação das Igrejas Batistas do Sul do Mato Grosso do Sul. O vereador afirmou q

Vereador evangélico propõe confinar gays em uma ilha

Nogueira sugere  confinamento  de homossexuais por 50 anos O vereador Sérgio Nogueira (foto), de Dourados (MS), defendeu nesta segunda-feira (15) no plenário da Câmara Municipal a confinação dos homossexuais em uma ilha por 50 anos. Ele é também pastor da Igreja Batista e organizador de encontros de lideranças evangélicas. "Não podemos passar a ideia de que o anormal é normal”, disse o vereador do PSB, de acordo com a rádio 94FM Dourados. “Bota as pessoas que assim pensam [os homossexuais] numa ilha por 50 anos e depois volta para ver; não vai ter mais ninguém.” Nogueira ficou indignado com o convite para que comparecesse a palestras contra a homofobia organizadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social. "Perguntaria para qualquer vereador que, podendo ser adotado, optaria por uma família de homossexuais”, afirmou, acrescentando não ser homofóbico. “Quero colocar a população para refletir”, afirmou. “Isso [homossexualidade] é contra os nossos princíp

Arabia Saudita condena ateu à prisão e a mil chibatadas

Raif Badawi foi condenado por insultar o Islã na internet O Tribunal de Recursos de Jeddah, da Arábia Saudita, confirmou a sentença proferida em 7 de maio ao jovem ateu blogueiro Raif Badawi (foto). Ele foi condenado a 10 anos de prisão e a mil chicotadas (cinquenta por sessão) por ter “insultado o Islã” na internet. A primeira sessão de chibatadas poderá ocorrer nos próximos dias, em uma sexta-feira defronte a uma mesquita em Jeddah (ou Jidá), após as orações. A Justiça também o proibiu de sair do país por 10 anos, de usar meios de comunicação e determinou que pagasse multa correspondente a US$ 266.600 (cerca de R$ 624 mil). Arábia Saudita tem cerca de 29 milhões de habitantes, dos quais 92% são islâmicos, 5% cristãos e o restante divido entre outras religiões e entre agnósticos e ateus. Inicialmente, Badawi foi acusado de “apostasia” e, por isso, poderia ser condenado à morte. Ele está preso desde 17 de junho de 2012. Em julho de 2014, Waleed Abu al-Khair, advogado de

Deputado do Paraná propõe que o dízimo seja descontado do salário

Parlamentar afirma que seu propósito é facilitar as doações para as igrejas; projeto encontra-se em tramitação O deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR) é autor do projeto de lei 6609/13 que, se aprovado pelo plenário da Câmara, permitirá que o dízimo e as doações às igrejas e instituições de assistência social sejam descontados diretamente da folha de pagamento dos trabalhadores, com sua autorização. Essas contribuições ficariam isentas do Imposto de Renda. Pelo projeto que se encontra em tramitação, as empresas terão de informar no demonstrativo do pagamento do salário o valor do desconto, que não poderá exceder a 15% do total líquido. Takayama afirmou que seu propósito é facilitar as doações às igrejas, porque "não existe legislação específica" para isso. O deputado apresentou o projeto em causa própria porque é pastor da Assembleia de Deus. Faz parte da Frente Parlamentar Evangélica e da bancada ruralista. Takayama responde no STF (Supremo Tribunal Federal à açã

Universidade Federal atropela Estado laico ao restaurar capela

Espaço "ecumênico" da UFPR é católico A UFPR (Universidade Federal do Paraná) passou por cima do Estado laico ao restaurar a Capela Nossa Senhora do Carmo, anexa ao prédio da reitoria. Por ser federal, a universidade é sustentada por recursos de impostos pagos por brasileiros de todas as religiões, além dos descrentes.  Pela Constituição, nenhuma instância de governo pode financiar obras de instituições religiosas. A universidade cujo campus fica em Curitiba não divulgou quanto gastou no restauro, feito em 2013 durante oito meses. A capela deveria ter sido transformada em um espaço ecumênico para o uso de estudantes de todas as religiões, já que o local tem de ser preservado por ser um patrimônio histórico do Paraná. A capela existe desde 1958. Na reinauguração da capela, no dia 8 de agosto, o reitor Zaki Akel Sobrinho disse ter expectativa de que a capela “acolha cada vez mais pessoas como um espaço ecumênico de reflexão e disseminação de fraternidade e da compr

Frango assado é corpo de Cristo em vídeo do Porta dos Fundos

Isaías benze frango  na Igreja Universal  do Pão de Cristo Isaías põe a mão sobre um frango assado e o benze, transformando-o em corpo de Cristo antes de entregá-lo como “brinde” a uma mulher em troca de uma “doação”. Diante de Isaías estão fiscais da Receita Federal que ficam atônitos com o benzimento. Eles estavam ali, na padaria, para multar o seu proprietário por sonegação R$ 320 mil. Isaías afirma que não é um sonegador porque o local não é uma padaria, mas a Igreja Universal do Pão de Cristo — uma entidade que, portanto, desfruta de isenção fiscal. Lançado ao final de julho de 2014, o vídeo [ver abaixo] do grupo Porta dos Fundos que faz essa sátira foi visualizado no Youtube quase três milhões de vezes. Isaías é interpretado por Gregório Duvivier e o chefe dos fiscais por Luis Lobianco. A irreverência do vídeo critica aos mesmo tempo a concessão da renúncia fiscal prevista em lei às igrejas, a artimanha de igrejas evangélicas de disfarçar as vendas de produto