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Igreja de Nova Zelândia gasta milhões com padres pedófilos

por Chris Vedelago e Cameron Houston
para The Age

A Igreja Católica gasta milhões de dólares neozelandês fornecendo pensões, moradia e assistência médica particular a padres pedófilos condenados.

Indenização para
as vítimas nem
sempre é suficiente
A Arquidiocese de Melbourne sozinha apoia financeiramente seis ex-padres que foram condenados por crimes sexuais cometidos contra crianças.

Sem querer, os paroquianos estão financiando parcialmente esta assistência por meio de suas doações, que, segundo acham, são destinadas à igreja local ou para o fundo que mantém os sacerdotes aposentados.

Os livros de registro da Igreja mostram que dois dos pedófilos, os padres Wilfred Baker e David Daniel, receberam milhares de dólares em pensões anuais.

As vítimas deles receberam pagamentos excepcionais de 31 mil a 37 mil dentro do programa de reparação Melbourne Response, promovido pela Igreja local.

Segundo documentos entregues à Comissão Real para Respostas Institucionais ao Abuso Sexual Infantil, a decisão de continuar financeiramente apoiando estes ex-padres foi tomada por importantes figuras eclesiásticas em Melbournee pelo principal conselho consultivo do Vaticano, a Congregação para a Doutrina da Fé – CDF.

Uma porta-voz da Arquidiocese de Melbourne disse que a Igreja está atualmente dando apoio a seis padres com condenações criminais decorrentes de crimes sexuais infantis, incluindo quatro que já foram laicizados ou excomungados.

Nove outros padres receberam pensões, auxílio-moradia ou assistência médica privada depois de suas condenações até a sua morte. Muitos deles também haviam sido excomungados.

“Queremos enfatizar que o processo, como era ao longo das décadas de 1990 e 2000 mudou significativamente ao ponto de agora este apoio financeiro é de uma natureza extremamente modesta”, disse Shane Healy, diretora arquidiocesana de imprensa e comunicações.

De acordo com o Direito Canônico, a Igreja é obrigada a sustentar todos os padres aposentados e em idade avançada, mas o auxílio fornecido a padres condenados está agora “bastante baixo”, informou Healy.

Entre os que receberam o auxílio vitalício estava o padre  Wilfred “Bill” Baker, que molestou pelo menos 21 crianças.

A Igreja recebera queixas contra ele já em 1978. Ele se declarou culpado em 16 casos de atentado ao pudor e 1 por atentado violento ao pudor em 1999.

No ano anterior, Baker recebeu a autorização para se “aposentar”, o que é um eufemismo que a Igreja regularmente usava para os padres que estavam sob acusações de abuso sexual.

A Priests Retirement Foundation, fundação dedicada aos padres aposentados, pagou a Baker uma pensão e um auxílio-moradia na casa dos 21 mil dólares anuais, bem como cobriu as parcelas de seu carro, o registro e os seguros médico e automotivo. A Igreja acredita que Baker foi o único sacerdote a alguma vez receber auxílio financeiro para o carro.

Ajustado de acordo com a inflação, a pensão e os valores de moradia estariam na casa dos 33 mil dólares anuais.

Em 2010, o auxílio esteve condicionado a Baker obedecer um acordo que o proibia de sair de casa sem permissão, aproximar-se de crianças ou adolescentes, celebrar missa em público ou “chamar a atenção para si”.

Morreu em 2014 prestes a enfrentar novas acusações.

Diferentemente, as vítimas de Baker receberam um pagamento indenizatório médio de apenas 33 mil dólares dentro do programa Melbourne Response.





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