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Novela da Globo aborda preconceito contra ateus

Rafael foi expulso
da casa de Lais por
não crer em Deus
Com correção

Ainda que en passant, a novela "Babilônia", da Globo, gravou um episódio onde aborda um preconceito do qual a sociedade pouco discute. O preconceito contra ateus.

No episódio, que vai ao ar nos próximos dias, Aderbal, interpretado por Marcos Palmeira), pergunta ao rapaz Rafael (Chay Suede), namorado de sua filha, Laís (Luisa Arraes), qual é a religião dele.

Rafael responde que não segue nenhum credo. “Eu sou ateu”, diz.

Aderbal grita com o rapaz: "Ponha-se daqui pra fora. Você não é digno da minha filha, nunca mais ponha os pés aqui, não procure mais a Laís, nunca mais!"

Aderbal proíbe a filha de namorar o rapaz ateu.

Na sequência, obviamente, os jovens vão fazer de tudo para se encontrarem de novo, mas não se sabe se a continuidade da novela propiciará algum tipo de discussão mais aprofundado sobre a discriminação no Brasil àqueles que não acreditam em Deus.

Na vida real, em casa e nas empresas, muitas pessoas sofrem o tipo de discriminação experimentado pelo personagem Rafael, embora nem sempre com tanta dramaticidade.

"Babilônia" vem sendo bombardeada por pastores neopentecostais por causa do beijo gay que houve entre a personagem interpretada por Fernanda Montenegro e a por Nathalia Timberg. Inclusive, nota da Frente Parlamentar Evangélica chegou a afirmar que esse tipo de coisa é “estupro moral imposto pela mídia liberal”.

Agora, com um personagem da novela se assumindo como ateu, os neopentecostais têm mais um motivo para pregar que a Rede Globo quer acabar com os valores morais da família brasileira.

Até porque, antes mesmo de o episódio do confronto entre Aderbal e Rafael ir ao ar, sites evangélicos já chamavam pejorativamente de “ateus” Gilberto Braga e Ricardo Linhares, autores da novela.

O referido episódio, no qual a palavra "ateu" acabou pronunciada pela mãe e pai de Lais, e não por Rafael, que admitiu ser "sem religião", foi ao ar no dia 6 de abril de 2015, e não dias antes, diferentemente, portanto, do que este site noticiou inicialmente. 

Cena que foi ao ar





Com informação de sinopse de Babilônia e outras fontes.





Personagens de novela tentam convencer menino a crer em Deus

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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