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Conselho da Europa condena circuncisão de ritual religioso

Circuncisão de meninos por motivos religiosos pode
causar danos como infecções e perfuração da uretra
A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa considerou a circuncisão masculina por motivos religiosos como uma violação dos direitos humanos das crianças.

A deputada alemã Marlene Rupprecht (na foto abaixo), autora de um relatório do conselho, escreveu que há evidências de que a circuncisão não profissional [feita por sacerdotes] pode causar infecções, curvaturas de órgãos, perfuração de uretra e cirurgias adicionais para religar nervos ou deter processo de necrose.

"Mesmo dentro de comunidades religiosas, um número crescente de pessoas começa a questionar as práticas tradicionais [de rituais, com o da circuncisão], mas prejudiciais, e está à procura de alternativas", disse.

A deputada defendeu no relatório até uma redução na frequência de circuncisões feitas por médicos, ainda que o procedimento possa ter algum benefício, como uma menor transmissão do HIV.

Marlene Rupprecht
Deputada faz alerta sobre
riscos do procedimento
Ela ressaltou que a circuncisão, “embora tenha sido praticada há milhares de anos, deve ser hoje fortemente questionada, tanto no contexto da medicina como no religioso”. “As famílias devem ser informadas sistematicamente dos riscos do procedimento.”

O Conselho da Europa pediu aos seus 47 Estados-membros para “iniciar um debate público, colocado a integridade física das crianças acima das tradições religiosas”.

Líderes do judaísmo reforçaram as acusações de que estão ocorrendo intolerância e perseguição religiosas.

Dias antes de o Conselho divulgar o relatório, entidades de proteção às crianças dos países nórdicos (Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca e Islândia) elaboraram um documento, em 30 de setembro, para tentar convencer os governos nacionais a permitirem a circuncisão somente nos casos em que os meninos concordarem.

“O procedimento de circuncisão [por motivos religiosos] em uma criança fere os princípios básicos da ética médica”, diz o documento.

Os protetores (ou “ouvidores”, de acordo com a nomenclatura nórdica) de crianças argumentaram que a circuncisão está em desacordo com a Convenção das Nações Unidos sobre os Direitos da Criança, nos artigos 12 e 24.

Esses artigos afirmam que as crianças têm o direito de expressar o seu ponto de vista e devem ser protegidas de rituais que podem ser prejudiciais à sua saúde.

Com informação do International Business Times e National Secular Society.





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agosto de 2012


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