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Teatro Provocação queima Jesus Cristo negro em pilha de pneus


A Companhia de Teatro Provocação apresentará na Sexta-Feira da Paixão e Sábado de Aleluia, no Rio, a peça Outra Paixão, na qual um Cristo negro é queimado em uma pilha de pneus – o chamado “micro-ondas” dos bandidos dos morros cariocas.

Os atores são moradores de comunidades carentes do Rio.

Adilson Dias, 30, diretor da peça, disse que essa versão da Paixão mostra um Jesus mais humano, “próximo da nossa realidade”.

Maria Madalena é apresentada como uma lavadeira vítima de espancamento do marido. Judas – ou Pereba, na versão da peça – e Pedro são traficantes. Jesus é negado pelo som de três tiros, e não pelo canto de um galo.

Em Outra Paixão, Jesus tenta evangelizar seus dois amigos envolvidos com o tráfico de drogas, mas acaba sendo traído por Judas, e um policial corrupto o condena à morte.

André Carvalho, 30,  interpreta Jesus. Ele afirma ter sido salvo do mundo da criminalidade pelo teatro.

No 'micro-onda'
Com informação de O Dia.

Comentários

Jesus ser negro não é provocação, mas os apóstolos serem traficantes não faz nenhum sentido (não ere ilegal vender peixe na antiga palestina). A melhor comparação seria com eles sendo camelôs, homens-placa ou quaisquer pessoas vivendo de subemprego ou empregos humildes.

Também não faz sentido esse Jesus ser morto pelos bandidos, quando o sentido original da história era ele ser morto pela opinião pública, com as autoridades legais lavando as mãos.

Faria muito mais sentido um Jesus líder camelô sendo preso num confronto com a polícia, tachado de agitador, posto numa cela comum e "queimado" pela P-2 sob a acusação de associações criminosas, tudo isso aplaudido pela opinião pública sedada pela TV.

Algumas vezes, quando você escreve uma obra com o OBJETIVO DE CHOCAR você perde a noção dos simbolismos envolvidos e escreve uma obra que não tem nenhum sentido.

Eu não assistiria essa peça nem que me PAGASSEM. Não é por ser uma obra "provocante" que ela se torna revolucionária e não é por ser anticlerical que ela merece meu aplauso de ateu.
Anônimo disse…
UM NOVO PATRULHAMENTO, O DO PSEUDO-ATEU DEFENSOR DA RELIGIÃO.

A militância fundamentalista chega ao cúmulo de ficcionar um ateu defensor da religião, politicamente correto, que respeita a Igreja Vaticana e sempre aparece aqui-e-acolá nos posts como um apologeta de um tratamento mais adequado (TOLERÂNCIA, TEU NOME É RELIGIÃO?) AOS CRENTES EM NOME DO ESTADO LAICO QUE NÃO É NECESSARIAMENTE ATEU, a velha falácia pseudointelectual do clero fundamentalista, formado em filosofia e experimentado no ARGUMENTO DE RETORSÃO...TEMOS UM NOVO TIPO DE PATRULHAMENTO, O DE UM SUPOSTO ATEU QUE NOS QUER ENSINAR A RESPEITAR A RELIGIÃO.


INVERDADES DA TRAIÇÃO PSEUDO-ATÉIA:

a OBRA NÃO TEM O INTUITO DE CHOCAR, recebe aplausos da crítica especializada e é um sucesso de público e opinião.

a OBRA REFLETE O SOFRIMENTO DA ETNIA afro, explorada e massacrada pela Igreja, proprietária de escravos e opressora cruel destes povos por ela violentamente subjugados, mais que a complacência hipócrita com que tratou os indígenas.

a OBRA ESTÁ CERTA EM COMPARAR OS APÓSTOLOS COM TRAFICANTES porque trágico envolve o sentido de comércio, ou aquilo que se tornou o evangelho profissional, como o dos políticos, e o sentido de trânsito, ou trâfego, que possui a manipulação da alienação da consciência, via transitividade deformativa, da atividade comunicativa. Um evangelho despolitizado, INTIMISTA, VERTICALISTA E SUBJETIVISTA, além de ser um veneno, do ponto de vista genuinamente teológico e religioso, É PIOR QUE DROGA.

a obra possui licença artística para representar os assassinos de Cristo como queira
NÃO FAZ DIFERENÇA SE POR BANDIDOS OU POLICIAIS, porque na realidade carioca, É MUITO TÊNUE A DIFERENÇA ENTRE AMBOS.

Não cremos que mereça o céu nem o inferno, mas merece os parabéns!
Incomoda-me bastante quando as pessoas recorrem a dicotomias falaciosas para desqualificar posicionamentos. Surpreende que recorra esta falácia (se discorda de um ataque à religião, então não é um ateu verdadeiro). Infelizmente é isto o que tenho visto no “movimento ateu”, e é a razão pela qual me distancio dele. Não deixei as religiões para aderir a outro sistema de dogmas, muito obrigado.

Sem me conhecer, você me acusa de ser um ateu fictício, defensor da religião, politicamente correto e respeitador da Igreja Vaticana, apologeta e ligado à militância fundamentalista! Que longo desfile de adjetivos! Não quero me gabar de meus feitos, mesmo porque não tenho muitos, mas acredito que não há necessidade de uma carteirinha de verdadeiro ateu para poder ter opiniões sobre este e outros temas. Não sou um ateu fictício, existo, tenho emprego, CPF, dois sites que sempre estou divulgando e também uma opinião própria, que nem sempre segue o alinhamento ortodoxo com a espécie de igreja que se forma em certos círculos.

Não quero ensinar a respeitar religião, mesmo porque não se respeita crenças idiotas. O motivo de meu comentário não foi quanto à teologia, mas quanto à falta de sofisticação da obra, que perverte os arquétipos da história que supostamente satiriza. Não basta colar um nome no personagem: se você transforma o personagem em outra coisa, se o faz comportar-se de forma não relacionada, o nome passa a ser só um xingamento. Tal como eu me chamo José, mas não tenho nada a ver nem com Iossif Stalin, nem com Josef Mengele nem com Josey Wales e nem com Giuseppe Tornatore.

Incomoda-me o uso do termo pseudointelectual. É uma forma desonesta e barata de desqualificar argumentos. Não existem pseudointelectuais. Podem existir pessoas que são menos intelectuais do que se acham, mas isso não as torna falsamente intelectuais. Esse termo reflete preconceito (infelizmente arraigado) contra as pessoas de certa cultura.

Embora eu possa ter cometido enganos em minha análise, não se justifica chamar-me traidor e nem pseudo-ateu. Esta facilidade em rotular não depõe a favor de SUA honestidade.

Você afirma que a obra não tem o intuito de chocar. Mas o grupo teatral se autodenomina “Provocação”. Sua afirmativa é vazia justamente por isso. Provocar é o próprio objetivo do grupo, e ele não o esconde, mas ostenta.

Você afirma que a obra recepe aplausos da crítica especializada e é sucesso de público e de opinião. Aplausos da crítica já foram dados imerecidamente a muita coisa. A arte não é algo fácil de medir e as autoridades da crítica um dia se negaram a dar valor às obras de Van Gogh, só para citar UM exemplo. O sucesso de público vai pelo mesmo caminho. O público aplaude o que lhe agrada. Aplaude Paulo Coelho, aquele charlatão, e aplaude a Dança do Créu.

Em uma segunda análise eu consigo enxergar alguma propriedade na comparação dos apóstolos com traficantes, no sentido de que o evangelho seria a droga (algo a que o próprio Nietzsche aludiu), mas prefiro silenciar sobre isso por não saber mais sobre o argumento da peça. Só acho que se comete anacronismo ao misturar a mensagem propriamente dita do suposto Jesus com o uso diferente que é feito dela posteriormente.

Concordo que a obra possui licença artística para representar os assassinos de Cristo como queira, apenas comentei que faria mais sentido se optasse de outra forma, por uma questão de coerência com o original satirizado. Da maneira como o argumento da peça é descrito, resta pouco nexo com o original. Fica parecendo que pegaram uma peça sobre vendeta criminal e chamaram de Jesus, Pedro e Judas os personagens principais.

Quanto à sua afirmação de que, “na realidade carioca”, é muito tênue a diferença entre bandidos e policiais, acredito que não é necessário comentário algum.
Anônimo disse…
A AUTOREFERÊNCIA CANSA, E DESVIRTUA O DEBATE.

Pseudointelectual é o clero, É O QUE DIZ O TEXTO, não a pessoa que fez o comentário...O clero fundamentalista é que é pseudointelectual, O TEXTO AFIRMA CLARAMENTE, porque o texto diz uma coisa e as pessoas entendem outra? Pseudointelectual é o clero fundamentalista, que formado em filosofia, sem nenhum ser de fato intelectual, mas, como nomeia Augusto Comte, servidores teóricos da humanidade...É o que o texto diz, PSEUDOINTELECTUAL É O CLERO, porque mesmo quando intelectual, serve-se da intelectualidade para administrar a falácia, claramente utilizada por eles segundo o argumento de retorsão; descompromissados com a desalienação, mais contribuem com a causa contrária, que é a da religião, fomentadora do obscurantismo e da superstição. O texto refere-se ao clero, mas às vezes o leitor refere tudo a si.
Anônimo disse…
O falso ateu quando desmascaraodo vem sempre com esse discurso ridículo de autocomiseração. "Me desculpem, errei só um pouquinho e foi sem querer querendo."
Anônimo disse…
Eu acho que pessoas que fingem ser ateus ou agnósticos moderados,às vezes,são mais perigosos que os religiosos assumidamente fundamentalistas mas eles pensam que enganam a quem?
Anônimo disse…
PEÇA RUIM!!! SÓ INFERIORIZA MAIS AINDA A IMAGEM DO NEGROS BRASILEIROS.

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