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Ateus 'saem do armário' para enfrentar o preconceito

por Diene Batista da Tribuna do Planalto Mais pessoas assumem sua descrença, mas com cautela Aos 19 anos, o professor Fernando da Silva Ribeiro já não acreditava em nenhuma divindade. Ao ingressar no curso de História, por meio de leituras e de estudos, seu posicionamento cético – motivado inicialmente pelos casos de corrupção e de tortura na Igreja Católica - foi confirmado. Na universidade, o rapaz, criado em berço católico, percebeu que não estava sozinho. Segundo ele, outras pessoas também compartilhavam a visão de que é na ciência, e não na religião, que respostas para inquietações que perturbam a humanidade podem ser encontradas. Hoje, aos 29, Ribeiro se diz ateu. “Vivo muito bem sem nenhum tipo de divindade”, afiança. Ele só titubeia em revelar a opção religiosa no ambiente de trabalho. “Não escondo, mas não costumo contar para todo mundo. Quero evitar conclusões precipitadas”, justifica, temendo que o ateísmo seja mal interpretado pelos seus alunos, em geral adole

Boneco da malhação de Judas deste ano foi Marco Feliciano

da Agência Brasil Este boneco foi confeccionado por uma entidade de candomblé de Brasília Manifestantes penduraram na tarde de hoje (30), em frente ao Congresso Nacional, um boneco do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, representando a tradicional malhação de Judas. O boneco foi confeccionado pela Federação de Umbanda e Candomblé do Distrito Federal e da região do Entorno de Brasília. Ele carregava cartazes com dizeres contra a "intolerância religiosa, racial e sexista", além de cópias de cédulas de real e de cartões de crédito nas mãos. Em seu perfil em uma rede social, Luiz Alves, um dos organizadores do protesto, disse que a malhação de Judas é manifestação cultural brasileira e que também é usada para “mostrar o descontentamento com os políticos”. Alves disse ainda que a intenção não é promover a violência contra Feliciano, "mas sim um repúdio às suas posições em relação aos negros, afro-religiosos e ho

Teologia de Feliciano é racista e fundamentalista, diz pastor

Gondim disse que o seu colega pastor repete argumentos que visam demonizar os negros  O pastor e teólogo Ricardo Gondim (foto), 58, da Igreja Betesda, afirmou que o discurso do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) é racista e fundamentalista, mas não é novo, porque tem sido usado nos Estados Unidos pela direita e ultraconservadores. Feliciano se notabilizou por afirmações segundo as quais os africanos descendem de um filho amaldiçoado de Noé. Também já disse que a Aids é um câncer gay. Eleito para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara, ele tem resistido até agora às pressões populares para que renuncie ao cargo. Gondim disse que o discurso de Feliciano passou a ser criticado quando ele se tornou um homem público. “Quando você prega para o coral, é bem aceito por ele, mas o discurso dele transbordou, extravasou o espaço religioso, e se tornou passível de crítica pela sociedade civil”, disse em entrevista ao jornalista Roldão Arruda. “O Feliciano lu

Cantora evangélica compara homossexuais aos drogados

Joelma concilia a exposição do seu corpo com fanatismo religioso A cantora Joelma (foto), da banda Calypso, afirmou que conhece pessoas que lutam contra a sua homossexualidade, em um processo muito difícil e de sofrimento. “É como um drogado tentando se recuperar”, disse em uma entrevista à Época. “Conheço muitas mães que sofrem por terem filhos gays.” Embora evangélica (ela se converteu há quatro anos), Joelma se apresenta com roupas exóticas e coxas à mostra. “Uso aquelas roupas curtas e rebolo, mas, quando falo de Deus, todo mundo entende”, disse. Falou que suas roupas sexy não invalidam a sua fé. A comparação entre gays e drogados teve forte repercussão nas redes sociais. Entre os famosos, a atriz Betty Faria comentou: "O mundo à beira de uma guerra nuclear, e os seres inferiores, do mal, das trevas, se preocupando com cura de gays. Curem as vossas almas". Joelma respondeu as críticas pelo Twitter, no perfil oficial da banda. Afirmou a sua afirmação foi entendida e

Juiz condena Datena a pagar indenização por ofender ateus

É a segunda condenação  decorrente do preconceito de  Datena contra descrentes O juiz Régis Rodrigues Bonvicino, da 1ª Vara Cível de São Paulo, condenou o apresentador José Luiz Datena (foto), o repórter Márcio Campos e a Rede Bandeirantes a pagarem indenização de R$ 135.600,00 à Atea (Associação dos Ateus e Agnósticos do Brasil) por danos morais aos descrentes. A ação foi movida por Daniel Sottomaior (presidente da Atea), Alfredo Spinola de Mello Neto e Maurício dos Santos Palazzuoli. Para a associação, essa foi "uma vitória histórica". No entendimento do juiz, Datena abusou do direito de livre expressão ao afirmar no seu programa, o “Brasil Urgente”, no dia 27 de junho de 2010 que “ateu não tem limites e é um criminoso”. Naquele programa, comentando com Campos o fuzilamento de um garoto, Datena disse, entre outras coisas, que “é por isso que o mundo está essa porcaria. Guerra, peste, fome e tudo mais, entendeu? São os caras [referência que inclui os ateus] do mau

Feriado da Sexta-Feira Santa é incompatível com Estado laico

do portal Terra Também chamada de Sexta da Paixão para os cristãos, a Sexta-Feira Santa marca a morte de Jesus Cristo e o seu sofrimento ao carregar a cruz e ser crucificado. A data é um feriado móvel no Brasil, assim como em outros países, porque segue o calendário da Páscoa. Assim, é definida como sendo a primeira sexta-feira após a primeira lua cheia de primavera no Hemisfério Norte, ou do outono no Hemisfério Sul. Mas por que essa e outras datas religiosas são feriados se o nosso País é um Estado laico? De acordo com o advogado especialista em direito religioso Gilberto Garcia, essa tradição ainda existe na sociedade brasileira devido a questões históricas e culturais. Na época do Brasil Colônia, quando o nosso país era dependente de Portugal, a religião oficial era o catolicismo. No Brasil Império, em 1824 uma mudança na legislação permitiu a liberdade de crença, no entanto ela não poderia ser feita em espaços públicos. Foi somente em 1890, após a proclamação da Repúblic

Deputado quer que uso da verba de Feliciano seja investigado

por Mariana Jungmann da Agência Brasil Arnando Jordy vai acionar o  Conselho de Ética da Câmara O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), na foto, vai entrar, na terça-feira (2), com representação contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, pastor Marco Feliciano (PSC-SC), por quebra de decoro parlamentar. O deputado do PPS vai acionar o Conselho de Ética da Casa para que investigue o uso irregular de verbas da cota parlamentar de Feliciano. Jordy quer que sejam apuradas denúncias de que Feliciano utilizou funcionários de seu gabinete na Câmara para fazer a defesa dele em processos de homofobia na Justiça. O PPS pretende propor aos demais deputados que compõem a Comissão de Direitos Humanos da Câmara que façam uma renúncia coletiva, de modo que uma nova eleição para presidente precise ser convocada. A representação é mais uma ação para tentar retirar o pastor da presidência da comissão, o que tem provocado intenso desgaste político da Câmara com os movimentos s