"...minha voz de repente se transformou num agudo guincho infantil (ou talvez suíno)." Como tantas das experiências da vida, a novidade do diagnóstico de um câncer maligno tende a se dissipar. As coisas começam a ficar tediosas, até mesmo banais. É possível se acostumar ao espectro da morte como um velho entediado e letal, espreitando no corredor no final da noite, esperando uma oportunidade de me abordar. E não me oponho a ele segurar meu casaco daquele modo formal, como que me lembrando que é hora de seguir caminho. Não, é o risinho abafado que me deprime. Com demasiada regularidade, a doença me serve um atrativo especial do dia, ou um sabor do mês. Podem ser feridas e úlceras aleatórias, na língua ou na boca. Por que não um toque de neuropatia periférica envolvendo pés dormentes e frios? A existência diária se torna uma coisa de bebê, medida não nas colheres de café do Prufrock de T.S. Elliot, mas em pequenas doses de alimento, acompanhadas de barulhos encoraj
Ciência, saúde, religião, ateísmo, etc.