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Justiça mantém livre pastor de call center de curas e só autoriza uso de tornozeleira eletrônica

A Justiça negou ao Ministério Público solicitação de prisão preventiva de líder religioso denunciado por estelionato


A Justiça do Rio negou o pedido de prisão preventiva para o pastor Henrique Santini, 30, que foi denunciado por estelionato, determinando apenas monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Autodenominado profeta, Santini é o fundador da Igreja Casa dos Milagres. A sede da igreja fica em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

A Polícia Civil descobriu que Santini montou um call center que em dois anos obteve cerca de R$ 3 milhões com venda de orações.

As orações eram oferecidas com a promessa de cura de doenças e vícios e de solução de problemas familiares.

O pastor resistiu em abrir a porta de sua casa para a polícia e teve de haver arrombamento.

Os policiais apreenderam R$ 32 mil em dinheiro, além de outra quantia em dólar e euro. Também foram confiscados sete celulares. Cartões bancários e passaporte do pastor foram recolhidos.

Os atendentes do call center usavam o WhatsApp. Eles enviavam orações previamente gravadas por Santini. As orações eram apresentadas como exclusivas para cada fiel. O pagamento era feito via pix.


Santini possui
8 milhões de
seguidores
nas redes
sociais.
Só no
Instagram
tem 188 mil

Em uma postagem após a busca em sua casa, ele escreveu: “Perseguição religiosa no Brasil começou. Vou revelar toda a farsa que fizeram comigo”.

Santini é o autor do livro digital “A Maldição dos Pés para Trás” vendido por R$ 19,90. Na descrição do e-book, ele afirma ter se tornado pastor aos 19 anos.

Ele sustenta ter recebido uma revelação divina na adolescência. “Exerço um ministério profético voltado para a área de curas, libertação e revelações. Recebi aos 17 anos uma revelação, antes mesmo de pisar em nações por vídeos e redes sociais.”

O conteúdo do e-book segue a linha das lives diárias de Santini. Ele sustenta que existem maldições capazes de travar a vida dos fiéis. As origens dessas maldições seriam hereditárias, familiares ou ligadas a objetos consagrados. Nas lives Santini dizia receber recados de Deus.

As supostas profecias se concentravam em nas áreas de saúde, finanças, vida sentimental e família. O pastor pregava que algumas doenças só poderiam ser curadas por oração.

“Ao apresentar sintomas em sua saúde física, muitos procuram médicos especialistas e realizam baterias de exames para descobrirem o diagnóstico e fazerem o tratamento certo. No entanto, há doenças cuja medicina não consegue encontrar a causa. A estas chamamos de enfermidades espirituais”, diz um trecho do livro. Afirma que existem espíritos prejudicam a saúde das pessoas.

Apesar de cobrar pelas orações via call center, Santini critica líderes religiosos, como pais de santo, que cobram por serviços espirituais. Para ele, só há cura por intermédio de Jesus.

Santini também vendia produtos como “Kit de Bênçãos” (R$ 220). Cursos online para prosperidade também eram oferecidos por Santini.

Ele e mais 22 pessoas foram denunciados por crimes como charlatanismo. “Promessas de cura” e “milagres” custavam R$ 1.500.

Divulgava vídeos nas redes sociais. Em um deles pede por engajamento. “Esse vídeo é só para você, que está com a carteira vazia e a conta zerada: Deus mandou fazer uma oração para você, que vai repreender o devorador e liberar a abundância. Crê nisso. Precisa da oração? Curta e mande seu nome nos comentários”.

Os fiéis, conforme a investigação, eram induzidos a fazer pagamentos com argumentos como este: “Você vai fazer um sacrifício no altar de R$ 24, representando as 24 horas que vou ficar no Monte. Você vai me pedir a chave PIX, esse dinheiro será para a gasolina do Monte, para eu conseguir estar lá”.

Os investigadores identificaram vítimas que, mesmo em situação de miséria, prometiam doações. Uma delas fez mais de 80 doações motivada pela promessa de cura do câncer de seu pai.

> Com informação da Folha de S.Paulo, G1, Youtube e redes sociais.

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