Pular para o conteúdo principal

Ser ateu não implica necessariamente ser inteligente, mas se libertar dos dogmas

As pessoas frequentemente presumem que a crença religiosa desaparece quando a inteligência se eleva. Imaginam que, com educação, leitura e lógica suficientes, a crença simplesmente se desintegra


Jean Bryxi
ativista do ateísmo

Freethinkers International
plataforma de textos de livres pensadores

Isso é uma ilusão que se desfaz no momento em que você conhece um estudioso da religião. Ou um engenheiro de software espiritual. Ou um filósofo teísta.

De repente, torna-se óbvio: a inteligência não impede a crença. Na verdade, muitas vezes a fortalece. Os crentes nem sempre são ignorantes. Alguns são inteligentes. Alguns são informados. Mas mesmo assim, permanecem presos — porque a crença prospera não apenas na ignorância, mas também em falácias, identidade, emoção e instinto cognitivo. 

Conheço que nunca leem nada fora do seu círculo religioso. Alguns meditam e sentem "uma presença". Outros dizem que creem porque "simplesmente sabem". Mas alguns são cultos, até mesmo articulados. Estudam argumentos. Discutem ética. E, no entanto, apesar de tudo, apegam-se à religião. Por quê?

Porque a razão não é o que decide a crença. Algo mais profundo o faz.

Crentes que não são estúpidos, apenas ilógicos

Não confundamos inteligência com racionalidade. As duas frequentemente divergem. Pessoas inteligentes podem ter crenças absurdas — especialmente se essas crenças vêm da infância, da família ou de um conforto cultural.


Em vez de usar a inteligência para questionar dogmas, elas a usam para defendê-los; em vez de enxergar falácias, constroem justificativas elegantes. Em vez de examinar contradições, elas as reinterpretam em metáforas. Quanto mais inteligente o crente, mais elaborada a desculpa.

Esses crentes aplicam essa tática em todos os lugares. Quando algo bom acontece, é misericórdia divina. Quando uma tragédia acontece, é um teste. Se outra pessoa sofre, é um aviso. Se sofre, é uma lição. O mal se torna Satanás. Ou livre-arbítrio. Ou mistério. Sua lógica se curva e se estende infinitamente. Eles a dobram como lhes convém.

Até a teodiceia deles se torna elástica. Dizem que Deus respeita o livre-arbítrio. Mas quando Ele intervém em um caso e ignora outro, eles explicam ambos como sabedoria divina. Não importa o que aconteça, eles sempre encontram uma razão divina. Isso não é pensar — é ter pensamentos giratórios.

Baixo QI e religião: uma gaiola construída no cérebro

Agora, mude a lente para pessoas com menor inteligência. Aqui, o problema é ainda mais profundo. Não é que elas argumentem mal — é que não conseguem acompanhar o raciocínio abstrato de forma alguma. Falta-lhes a estrutura cognitiva para avaliar a teoria da evolução, a análise histórica ou a crítica textual. Falácias não são ocasionais; são configurações padrão.

Para essas mentes, a crença religiosa não é uma conclusão — é a única estrutura disponível. Sua mente não consegue questionar a lógica da salvação. Não consegue compreender o pensamento probabilístico, não consegue acompanhar a corrupção dos manuscritos. Não consegue comparar afirmações religiosas entre culturas. Até mesmo a lógica básica se torna pesada.

Além disso, religião não é apenas crença. É identidade. É herança. E é base emocional. Diz a eles quem são e por que o mundo sofre. Convencê-los de que a evolução é baseada em evidências ou de que ninguém conheceu Jesus pessoalmente não faz diferença. A ideia simplesmente paira sobre eles, sem nunca se conectar.

Falácias em ação: os erros inerentes ao cérebro

Todas as mentes humanas, independentemente do QI, dependem de atalhos. Esses atalhos, chamados vieses cognitivos e falácias formais, ajudaram os primeiros humanos a sobreviver. Mas hoje eles bloqueiam a compreensão.

Por exemplo, o viés de confirmação faz com que as pessoas busquem apenas informações que sustentem suas crenças. A detecção de agentes as induz a pensar que todo evento inexplicável tem uma vontade por trás dele. 

O argumento da ignorância lhes diz que "se a ciência não sabe algo, Deus deve tê-lo feito". O apelo à autoridade as leva a confiar mais em padres do que em físicos.

Os sistemas religiosos exploram essas falhas impiedosamente. A mente se torna um circuito fechado. A dúvida parece perigosa. A certeza parece moral.

Até a falsa dicotomia funciona bem: ou Deus criou o universo ou ele surgiu do nada. Ou a moralidade vem de Deus ou nada importa. Essas são escolhas falsas, mas parecem reais. Elas confortam as pessoas. Elas ignoram a lógica.

Fé: a evolução nos programou para acreditar

Os humanos não evoluíram para compreender o cosmos. Eles evoluíram para sobreviver em tribos. E para a sobrevivência tribal, a crença frequentemente ajudava. A religião unia os grupos. Explicava o sofrimento; criava rituais que reforçavam a coesão. E punia invasores. Tornava a lealdade sagrada.

Como resultado, a evolução incutiu em nós uma profunda tendência a acreditar em agência, moralidade e destino. Vimos deuses em tempestades, demônios em doenças. Vimos propósito na aleatoriedade. 

Nosso cérebro prefere histórias, não estatísticas. Prefere emoção a evidências. Prefere pertencimento à verdade.

É por isso que a crença frequentemente sobrevive mesmo diante de evidências esmagadoras. Religião não é um erro intelectual — é uma adaptação evolutiva. Somos programados para acreditar. E essa programação é profunda.

O cristianismo não é o padrão: apenas uma opção entre muitas

No entanto, as pessoas agem como se o cristianismo fosse a crença natural. Como se a história de Jesus estivesse no centro da lógica e da história. Mas isso é uma ilusão da geografia. Se você tivesse nascido em Meca, provavelmente seria muçulmano; se tivesse nascido na Índia, entoaria mantras. Se tivesse nascido em 300 a.C., adoraria deuses com cabeças de animais.

As pessoas acreditam não porque avaliam religiões, mas porque as herdam. A crença é um acidente de nascença. No entanto, as pessoas a defendem com plena confiança, como se a tivessem escolhido racionalmente.

Só isso já deveria levantar suspeitas. Mas raramente o faz.

Por que o monoteísmo chegou tão tarde: bilhões de anos de silêncio

Este universo tem 13,8 bilhões de anos. Durante a maior parte desse tempo, não houve humanos. Por bilhões de anos, a vida evoluiu em silêncio. Os dinossauros reinaram. Espécies surgiram e desapareceram. O Homo sapiens surgiu tarde. Durante a maior parte da nossa existência, fomos animistas, politeístas ou adoradores de ancestrais.

O monoteísmo surgiu recentemente. E surgiu localmente, por meio de escribas tribais, guerras e contos orais. Por que um Deus verdadeiro esperaria tanto? E por que Ele se revelaria em histórias vagas, espalhadas por manuscritos falhos, em vez de falar claramente a todos os humanos?

Por que um ser divino chegaria tão tarde — e em uma região tão distante?

Ateísmo: Problemas no Novo Testamento: Editado, contradito e corrompido

Mesmo que aceitemos a existência de Jesus, o Novo Testamento não fornece nenhum registro confiável. Foi escrito décadas após sua morte, por autores anônimos, em uma língua que ele nunca falou. Os evangelhos se contradizem em fatos-chave — linhagem, local, últimas palavras. Histórias completas — como a da adúltera perdoada por Jesus — aparecem apenas em manuscritos posteriores.

Pior ainda, o texto foi corrompido ao longo do tempo. Versículos inteiros foram acrescentados. Palavras foram alteradas. A teologia foi moldada por tradutores, não por profetas. A Bíblia foi canonizada por votação. Se esta é a mensagem de Deus, ela vem com notas editoriais.

Os crentes raramente sabem disso. Ou então ignoram. Mais uma vez, eles distorcem a situação como lhes convém.

Céu e inferno: dois lados do controle tribal

A promessa do céu e a ameaça do inferno não são ideias filosóficas. São ferramentas de controle. O céu oferece conforto eterno. O inferno oferece agonia eterna. Mas nenhuma delas faz sentido lógico. Crimes finitos não justificam punição eterna. A recompensa pela obediência, não pela bondade, revela prioridades tribais — não justiça cósmica.

Além disso, os detalhes se contradizem. Alguns dizem que o inferno é fogo. Outros dizem que é vazio espiritual. Alguns dizem que é para assassinos. Outros dizem que é para descrentes. O céu também reflete o desejo humano — comida, música, família, alegria eterna. Mas esses são sonhos humanos. Eles nos dizem mais sobre mentes antigas do que sobre a realidade metafísica.

Ateísmo: Deus e física: O criador deve ser criado

A ideia de que Deus criou o universo levanta um problema mais profundo: quem criou Deus? Se tudo deve ter uma causa, então Deus deve ter uma; se Deus existe além do tempo e do espaço, como Ele interage com o tempo e o espaço? Se Ele criou leis físicas, então Ele deve ter existido em alguma estrutura anterior. Mas de onde isso surgiu?

Isto não é filosofia. É lógica básica. Não se pode explicar o mistério inserindo um mistério maior. Não se pode escapar da causalidade declarando uma exceção. Isso é trapaça intelectual.

O universo não está bem -Tuned: A vida apenas se adaptou

Os crentes afirmam que o universo é "ajustado para a vida". Mas isso é um absurdo. Mais de 99,9999% do universo é mortal. Buracos negros, vazios congelantes, estrelas em ebulição. Até a Terra está cheia de desastres. Se um criador projetou isso, ele fez um trabalho ruim.

O que realmente aconteceu? A vida se adaptou. Ela sofreu mutações. Ela sobreviveu em zonas estreitas. A aparência de "adequação" não vem do design, mas da seleção. A vida se adapta ao universo porque a vida inadequada morreu.

Além disso, as "constantes" da física poderiam permitir muitos tipos de vida. Só vemos vida baseada em carbono porque foi isso que surgiu. Isso não é ajuste fino — é viés de sobrevivência.

Você não pode convencer o inconvencível

Apesar de tudo isso, a crença persiste. Você explica a evolução. Eles concordam, mas depois a rejeitam. Você mostra contradições textuais. Eles mudam de assunto. Você explica a aleatoriedade histórica. Eles retornam à fé. Não importa o que você diga, eles resistem.

Para crentes inteligentes, falácias protegem a crença. Para crentes com baixo QI, a própria estrutura da crença não pode ser penetrada. Eles não têm as ferramentas para avaliar seus argumentos. Você fala de evidências. Eles sentem a verdade. Você demonstra contradição. Eles invocam mistério.

E quando tudo mais falha, eles fazem o que lhes convém.

Maioria nunca conseguirá se livrar da religião

O ateísmo não surge naturalmente. A crença, sim. Nascemos em histórias, tribos, rituais, somos ensinados a obedecer. Somos recompensados por nos conformarmos. Tornar-se ateu exige esforço. Exige desaprender. Exige solidão.

A maioria das pessoas nunca chegará lá. Algumas estão muito envolvidas emocionalmente, outras são intelectualmente despreparadas. Algumas são simplesmente desinteressadas. Mas para aqueles que conseguem escapar, o ateísmo não é apenas uma posição — é uma libertação.

Ser ateu significa recusar-se a moldar a realidade para se adequar ao conforto. Significa ver o mundo sem superstições. E significa pensar — mesmo quando ninguém mais pensa.

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Canadenses vão à Justiça para que escola distribua livros ateus

René (foto) e Anne Chouinard recorreram ao Tribunal de Direitos Humanos do Estado de Ontário, no Canadá, para que a escola de seus três filhos permita a distribuição aos alunos de livros sobre o ateísmo, não só, portanto, a Bíblia. Eles sugeriram os livros “Livre Pensamento para Crianças” e “Perdendo a Fé na Fé: De Pregador a Ateu” (em livre tradução para o português), ambos de Dan Barker. Chouinard sugeriu dois livros à escola, que não aceitou Os pais recorreram à Justiça porque a escola consentiu que a entidade cristã Gideões Internacionais distribuísse exemplares da Bíblia aos estudantes. No mês passado, houve a primeira audiência. O Tribunal não tem prazo para anunciar a sua decisão, mas o recurso da família Chouinard desencadeou no Canadá uma discussão sobre a presença da religião nas escolas. O Canadá tem cerca de 34 milhões de habitantes. Do total da população, 77,1% são cristãos e 16,5% não têm religião. René e Anne são de Niágara, cidade perto da fronteira com...

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Bento 16 associa união homossexual ao ateísmo

Papa passou a falar em "antropologia de fundo ateu" O papa Bento 16 (na caricatura) voltou, neste sábado (19), a criticar a união entre pessoas do mesmo sexo, e, desta vez, associou-a ao ateísmo. Ele disse que a teoria do gênero é “uma antropologia de fundo ateu”. Por essa teoria, a identidade sexual é uma construção da educação e meio ambiente, não sendo, portanto, determinada por diferenças genéticas. A referência do papa ao ateísmo soa forçada, porque muitos descrentes costumam afirmar que eles apenas não acreditam em divindades, não se podendo a priori se inferir nada mais deles além disso. Durante um encontro com católicos de diversos países, Bento 16 disse que os “cristãos devem dizer ‘não’ à teoria do gênero, e ‘sim’ à aliança entre homens e mulheres no casamento”. Afirmou que a Igreja defende a “dignidade e beleza do casamento” e não aceita “certas filosofias, como a do gênero, uma vez que a reciprocidade entre homens e mulheres é uma expressão da bel...

Eleição de Haddad significará vitória contra religião, diz Chaui

Marilena Chaui criticou o apoio de Malafaia a Serra A seis dias das eleições do segundo turno, a filósofa e professora Marilena Chaui (foto), da USP, disse ontem (23) que a eleição em São Paulo do petista Fernando Haddad representará a vitória da “política contra a religião”. Na pesquisa mais recente do Datafolha sobre intenção de votos, divulgada no dia 19, Haddad estava com 49% contra 32% do tucano José Serra. Ao participar de um encontro de professores pró-Haddad, Chaui afirmou que o poder vem da política, e não da “escolha divina” de governantes. Ela criticou o apoio do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus do Rio, a Serra. Malafaia tem feito campanha para o tucano pelo fato de o Haddad, quando esteve no Ministério da Educação, foi o mentor do frustrado programa escolar de combate à homofobia, o chamado kit gay. Na campanha do primeiro turno, Haddad criticou a intromissão de pastores na política-partidária, mas agora ele tem procurado obter o apoio dos religi...

Existe uma relação óbvia entre ateísmo e instrução

de Rodrigo César Dias   (foto)   a propósito de Arcebispo afirma que ateísmo é fenômeno que ameaça a fé cristã Rodrigo César Dias Acho que a explicação para a decadência da fé é relativamente simples: os dois pilares da religião até hoje, a ignorância e a proteção do Estado, estão sendo paulatinamente solapados. Sem querer dizer que todos os religiosos são estúpidos, o que não é o caso, é possível afirmar que existe uma relação óbvia entre instrução e ateísmo. A quantidade de ateus dentro de uma universidade, especialmente naqueles departamentos que lidam mais de perto com a questão da existência de Deus, como física, biologia, filosofia etc., é muito maior do que entre a população em geral. Talvez não existam mais do que 5% de ateus na população total de um país, mas no departamento daqueles cursos você encontrará uma porcentagem muito maior do que isso. E, como esse mundo de hoje é caracterizado pelo acesso à informação, como há cada vez mais gente escolarizada e dipl...

Quem matou Lennon foi a Santa Trindade, afirma Feliciano

Deus castigou o Beatle por falar ser mais famoso que Jesus, diz o pastor Os internautas descobriram mais um vídeo [ver abaixo] com afirmações polêmicas do pastor-deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na foto. Durante um culto em data não identificada, ele disse que os três tiros que mataram John Lennon em 1980 foram dados um pelo Pai, outro pelo Filho e o terceiro pelo Espírito Santo. Feliciano afirmou que esse foi o castigo divino pelo fato de o Lennon ter afirmado que os Beatles eram mais famosos que Jesus Cristo. “Ninguém afronta Deus e sobrevive para debochar”, disse. Em 1966, a declaração de Lennon causou revolta dos cristãos, o que levou o Beatle a pedir desculpas. Feliciano omitiu isso. Em outro vídeo, o pastor disse que a morte dos integrantes da banda Mamonas Assassinas em acidente aéreo foi por vontade divina por causa das letras chulas de suas músicas. "Ao invés de virar pra um lado, o manche tocou pra outro. Um anjo pôs o dedo no manche e Deus fulminou aque...

Papa afirma que casamento gay ameaça o futuro da humanidade

Bento 16 disse que as crianças precisam de "ambiente adequado" O papa Bento 16 (na caricatura) disse que o casamento homossexual ameaça “o futuro da humanidade” porque as crianças precisam viver em "ambientes" adequados”, que são a “família baseada no casamento de um homem com uma mulher". Trata-se da manifestação mais contundente de Bento 16 contra a união homossexual. Ela foi feita ontem (9) durante um pronunciamento de ano novo a diplomatas no Vaticano. "Essa não é uma simples convenção social", disse o papa. "[Porque] as políticas que afetam a família ameaçam a dignidade humana.” O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) ficou indignado com a declaração de Bento 16, que é, segundo ele, suspeito de ser simpático ao nazismo. "Ameaça ao futuro da humanidade são o fascismo, as guerras religiosas, a pedofilia e o abusos sexuais praticados por membros da Igreja e acobertados por ele mesmo", disse. Tweet Com informação...

Pastor Caio diz que Edir Macedo tem 'tarugo do diabo no rabo'

Caio diz que Macedo usa o paganismo Edir Macedo está com medo de morrer porque sabe que terá de prestar contas de suas mentiras a Deus, disse o pastor Caio Fábio D'Araújo (foto), 56, da denominação Caminho da Graça. “Você [Edir] está com o tarugo do diabo no rabo”, afirmou, após acusar o fundador da Igreja Universal de ter se "ajoelhado" diante dos “príncipes deste mundo para receber esses poderes recordianos” (alusão à Rede Record). Em um vídeo de 4 minutos [segue abaixo uma parte]  de seu canal no Youtube, Caio Fábio, ao responder um e-mail de um fiel, disse que conhece muito bem o bispo Edir Macedo porque já foi pastor da Igreja Universal. Falou que hoje Macedo está cheio de dinheiro e que se comporta como um “Nerinho de Satanás” caminhando para morte e “enganando milhares de pessoas”. O pastor disse que, para Macedo, o brasileiro é pagão, motivo pelo qual o fundador da Igreja Universal “usa o paganismo” como recurso de doutrinação. “Só que Jesu...

Roger Abdelmassih agora é também acusado de erro médico

Mais uma ex-paciente do especialista em fertilização in vitro Roger Abdelmassih (foto), 65, acusa-o de abuso sexual. Desta vez, o MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo abriu nova investigação porque a denúncia inclui um suposto erro médico. A estilista e escritora Vanúzia Leite Lopes disse à CBN que em 20 de agosto de 1993 teve de ser internada às pressas no hospital Albert Einstein, em São Paulo, com infecção no sistema reprodutivo. Uma semana antes Vanúzia tinha sido submetida a uma implantação de embrião na clínica de Abdelmassih, embora o médico tenha constatado na ocasião que ela estava com cisto ovariano com indício de infecção. Esse teria sido o erro dele. O implante não poderia ocorrer naquelas circunstâncias. A infecção agravou-se após o implante porque o médico teria abusado sexualmente em várias posições de Vanúzia, que estava com o organismo debilitado. Ela disse que percebeu o abuso ao acordar da sedação. Um dos advogados do médico nega ter havido violê...