Pular para o conteúdo principal

Mudanças climáticas deixam 70% dos sinais vitais da Terra em estado crítico, alerta pesquisa

Cientista afirma ser ainda possível reduzir emissão de gás carbônico, podendo em 2050 a chegar a zero, se houver conscientização e investimento


Agência Bori
serviço de apoio à imprensa na cobertura da ciência

A saúde do planeta pode atingir um ponto irreversível em poucos anos se não houver ações urgentes para mitigar a crise climática. Dos 35 parâmetros utilizados para monitorar as mudanças climáticas anualmente, como a temperatura média da superfície da Terra, a cobertura de gelo e a acidez do oceano, 25 atingiram recordes extremos em 2023. É o que indica análise publicada na revista científica “BioScience” nesta terça (8).


Elaborado por uma coalizão internacional liderada por cientistas da Universidade de Oregon, dos Estados Unidos, o documento conta com a participação de quatorze pesquisadores de doze instituições, incluindo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

O artigo mostra que os três dias mais quentes da história ocorreram em julho de 2024, com temperaturas médias globais diárias atingindo recordes na maior parte do ano.

Além de investigar o comportamento desses 35 sinais vitais da Terra ao longo dos últimos anos e identificar possíveis alterações, a equipe sintetizou as principais tragédias ambientais dos últimos doze meses e que podem ter relação com o agravamento das mudanças climáticas — como as inundações no Rio Grande do Sul em maio de 2024.

Segundo o estudo, o número de mortes humanas relacionadas ao calor aumentou 117% nos Estados Unidos entre 1999 e 2023. Em 2022 e 2023, as altas temperaturas também contribuíram para a mortalidade em massa de animais marinhos em todo o globo.



As políticas climáticas
vigentes permitirão um
aquecimento de 2,7°C
até 2100, e cada 0,1°C
adicional deve colocar
cerca de 100 milhões
de pessoas sob inéditas
temperaturas extremas


A saúde do planeta pode atingir um ponto irreversível em poucos anos se não houver ações urgentes para mitigar a crise climática. Dos 35 parâmetros utilizados para monitorar as mudanças climáticas anualmente, como a temperatura média da superfície da Terra, a cobertura de gelo e a acidez do oceano, 25 atingiram recordes extremos no último ano. É o que indica análise publicada na revista científica “BioScience” nesta terça (8).

Elaborado por uma coalizão internacional liderada por cientistas da Universidade de Oregon, dos Estados Unidos, o documento inclui quatorze pesquisadores de doze instituições, incluindo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O artigo mostra que os três dias mais quentes da história ocorreram em julho de 2024, com temperaturas médias globais diárias atingindo recordes na maior parte do ano.

Além de investigar essas variáveis ao longo dos últimos anos e identificar possíveis alterações, a equipe sintetizou as principais tragédias ambientais que aconteceram nos últimos doze meses e que podem ter relação com o agravamento das mudanças climáticas — como as inundações no Rio Grande do Sul em maio.

Segundo o estudo, o número de mortes humanas relacionadas ao calor aumentou 117% nos Estados Unidos entre 1999 e 2023.

Em 2022 e 2023, as altas temperaturas também contribuíram para a mortalidade em massa de animais marinhos em todo o globo. As políticas climáticas vigentes permitirão um aquecimento de 2,7°C até 2100, e cada 0,1°C adicional deve colocar cerca de 100 milhões de pessoas sob temperaturas extremas inéditas.


Em 2022, a queima de combustíveis fósseis, como gasolina, e os processos industriais representaram cerca de 90% das emissões de gases poluentes, enquanto mudanças no uso da terra, como o desmatamento, foram responsáveis por aproximadamente 10%. 

“Para atingir as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, é urgente substituir os combustíveis fósseis por fontes de energia mais limpas e renováveis“, recomenda Cássio Cardoso Pereira, um dos autores do estudo.

O pesquisador da UFMG observa que, no Brasil, a maior parte das emissões é oriunda do desmatamento e da agropecuária, então o foco do país deve ser frear o desmatamento, investir na agricultura e pecuária regenerativas e restaurar as áreas desmatadas. 

O levantamento também aponta que a perda anual de cobertura arbórea e o crescimento da população humana e de rebanhos contribuem para o aumento nas emissões de gases de efeito estufa.

O tema deve ser pauta da 29ª Conferência das Partes (COP-29) sobre Mudança Climática das Nações Unidas, que será realizada em novembro de 2024 em Baku, no Azerbaijão. 

O cientista avalia que a atual situação é crítica e que, sem mudança no cenário atual, não será possível manter o limite de aumento da temperatura global em 1,5ºC até 2050. 

“Já estamos nos aproximando dessa temperatura e podemos passar de 2°C em poucos anos, o que seria catastrófico, gerando pontos de não retorno para a Amazônia, por exemplo, o que só pioraria a situação ao longo prazo por conta do aumento das emissões”, explica.

Pereira avalia, contudo, que ainda há tempo para governos e sociedade agirem. “Não devemos ser pessimistas. Se reduzirmos as emissões e investirmos em estratégias de remoção do gás carbônico, como a restauração dos ecossistemas, podemos sim alcançar um cenário de emissões líquidas zero até 2050” afirma. 

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Limpem a boca para falar do Drauzio Varella, cristãos hipócritas!

Varella presta serviço que nenhum médico cristão quer fazer LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião Eu meto o pau na Rede Globo desde o começo da década de 1990, quando tinha uma página dominical inteira no "Diário do Amazonas", em Manaus/AM. Sempre me declarei radicalmente a favor da pena de morte para estupradores, assassinos, pedófilos, etc. A maioria dos formadores de opinião covardes da grande mídia não toca na pena de morte, não discutem, nada. Os entrevistados de Sikera Júnior e Augusto Nunes, o povo cristão da rua, também não perdoam o transexual que Drauzio, um ateu, abraçou . Então que tipo de país de maioria cristã, tão propalada por Bolsonaro, é este. Bolsonaro é paradoxal porque fala que Jesus perdoa qualquer crime, base haver arrependimento Drauzio Varella é um médico e é ateu e parece ser muito mais cristão do que aqueles dois hipócritas.  Drauzio passou a vida toda cuidando de monstros. Eu jamais faria isso, porque sou ateu e a favor da pena de mor...

Feliciano manda prender rapaz que o chamou de racista

Marcelo Pereira  foi colocado para fora pela polícia legislativa Na sessão de hoje da Comissão de Direitos Humanos e Minoria, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na foto, mandou a polícia legislativa prender um manifestante por tê-lo chamado de racista sob a alegação de ter havido calúnia. Feliciano apontou o dedo para um rapaz: “Aquele senhor de barba, chama a segurança. Ele me chamou de racista. Racismo é crime. Ele vai sair preso daqui”. Marcelo Régis Pereira, o manifestante, protestou: “Isso [a detenção] é porque sou negro. Eu sou negro”. Depois que Pereira foi retirado da sala, Feliciano disse aos manifestantes: “Podem espernear, fui eleito com o voto do povo”. O deputado não conseguiu dar prosseguimento à sessão por causa dos apitos e das palavras de ordem cos manifestantes, como “Não, não me representa, não”; “Não respeita negros, não respeita homossexuais, não respeita mulheres, não vou te respeitar não”. Jovens evangélicos manifestaram apoio ao ...

Prefeito de São Paulo veta a lei que criou o Dia do Orgulho Heterossexual

Kassab inicialmente disse que lei não era homofóbica

Físico afirma que cientistas só podem pensar na existência de Deus como hipótese

Deputado gay é ameaçado de morte no Twitter por supostos evangélicos

Resposta do deputado Jean Wyllys O militante gay e deputado Jean Wyllys (PSOL) recebeu hoje (18) pelo Twitter três ameaças de morte de supostos evangélicos. Diz uma delas: "É por ofender a bondade de Deus que você deve morrer". Outra: "Cuidado ao sair de casa, você pode não voltar". A terceira: “"A morte chega, você não tarda por esperar".  O deputado acredita que as ameaças tenham partido de fanáticos religiosos. “Esses religiosos homofóbicos, fundamentalistas, racistas e enganadores de pobres pensam que me assustam com ameaças de morte!”, escreveu ele no Twitter. Wyllys responsabilizou os pastores por essas “pessoas doentes” porque “eles as conduzem demonizando minorias”. Informou que vai acionar as autoridades para que os autores da ameaça seja penalizados. Escreveu: "Vou recorrer à Justiça toda vez que alguém disseminar o ódio racista, misógino e homofóbico no Twitter, mesmo que seja em nome de seu deus". Defensor da união civi...

Drauzio Varella afirma por que ateus despertam a ira de religiosos

Promotor nega ter se apaixonado por Suzane, mas foi suspenso

Gonçalves, hoje com 45 anos, e Suzane quando foi presa, 23 No dia 15 de janeiro de 2007, o promotor Eliseu José Berardo Gonçalves (foto), 45, em seu gabinete no Ministério Público em Ribeirão Preto e ao som de músicas românticas de João Gilberto, disse a Suzane Louise Freifrau von Richthofen (foto), 27, estar apaixonado por ela. Essa é a versão dela. Condenada a 38 anos de prisão pela morte de seus pais em outubro de 2002, a moça foi levada até lá para relatar supostas ameaças de detentas do presídio da cidade. Depois daquele encontro com o promotor, ela contou para uma juíza ter sido cortejadar.  Gonçalves, que é casado, negou com veemência: “Não me apaixonei por ela”. Aparentemente, Gonçalves não conseguiu convencer sequer o Ministério Público, porque foi suspenso 22 dias de suas atividades por “conduta inadequada” e por também por ter dispensado uma testemunha importante em outro caso. Ele não receberá o salário correspondente a esse período. O Fantástico de ontem apre...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus