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Pastor Felippe Valadão é indiciado pelo crime de intolerância religiosa

O líder religioso incitou à violência ao afirmar que a "igreja evangélica vai fechar muitos centros de umbanda


O pastor Felippe Valadão, da Igreja Lagoinha em Niterói, foi indiciado pelo crime de intolerância religiosa cometido em maio de 2022, durante oficial da prefeitura de Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Em discurso, Valadão fez ameaçadas contra terreiros de umbanda, afirmando que “o tempo da bagunça espiritual acabou” e que “a igreja está na rua para fechar muitos centros de umbanda na cidade”.

Adeptos de religiões afro-brasileiras interpretaram o discurso de Valadão como tentativa de conversão à religião dele e incitação à violência.

Após investigação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), ficou comprovada a prática de intolerância religiosa por parte do pastor.

O relatório policial, encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), concluiu que as declarações de Valadão não se configuram como mera defesa da fé, mas sim como ataque à liberdade religiosa e promoção de discriminação.

Em sua defesa, Valadão alegou que suas palavras visavam a conversão de pessoas de religiões de matriz africana para o cristianismo. No entanto, a Decradi ressaltou que a conversão religiosa deve ser um processo livre e voluntário, não passível de coerção ou ameaças.

A prefeitura de Itaboraí se pronunciou à époc repudiando as declarações do pastor e esclarecendo que “as falas dos convidados não refletem a posição do governo, que é de respeito à diversidade religiosa e combate à intolerância”.

A pena para o crime de intolerância religiosa varia de um mês a um ano de prisão, além de multa.

> Com informação da Agência Brasil e de outras fontes.

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