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Ministro Gilmar Mendes fala sobre a existência de uma 'narcomilicia evangélica'

Lideranças evangélicas reagiram à "acusação leviana" do decano do STF; pelo menos dois livros já abordam a influência da religião no comércio de drogas


Em meio O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que em uma sobre o tráfico, um orador falou sobre a existência de uma 'narcomilícia evangélica'.  "É algo muito sofisticado”. 

Ao ser entrevistado pelo programa Estudio I, da Globo News, Mendes afirmou: “Recentemente, o ministro Luís Roberto Barroso presidiu uma reunião extremamente técnica sobre essa questão, e um dos oradores falou de algo que é raro ouvir: uma narcomilícia evangélica, aparentemente no Rio de Janeiro”.

“Já se tem um acordo entre narcotraficantes e milicianos pertencentes ou integrados a uma rede evangélica.”

Mendes não revelou o nome do orador, mas há registros sobre a cooperação entre narcotraficantes e evangélicos, no Rio, como os livros “Oração de Traficantes”, da pesquisadora e socióloga Christina Vital da Cunha, e “Traficantes Evangélicos”, pastora e cientista da religião Viviane Costa.

Livro relata
quem manda no 
tráfico do Rio

Lideranças evangélicas ficaram irritadas com as declarações de Mendes, principalmente porque ele se referiu o crime de tráfico de drogas a uma “rede evangélica”.

O pastor Silas Malafaia, por exemplo, afirmou que se trata de uma “acusação leviana e preconceituosa” que, apesar disso, foi divulgada com alarde pela imprensa.

“Olha como nós [evangélicos] estamos sendo denegridos”, afirmou o pastor, usando uma palavra apontada como racista.

“Nós somos mais de 30% da população da cidade”, disse Malafaia, cuja igreja tem sede no Rio de Janeiro.

Nos últimos anos, aumentaram no Rio os ataques aos locais de rituais de religiões de origem africana — intolerância atribuída a evangélicos.

> Com informação da Globo News e de outras fontes.

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