Pular para o conteúdo principal

As religiões nunca foram éticas na sua origem, afirma Pondé

Na Folha de S.Paulo, o ensaísta Luiz Felipe Pondé escreve sobre o confronto entre criacionismo e o darwinismo. Segue um trecho do texto.


"Quando um criacionista combate o darwinismo, ele o faz não só por conta da afirmação de que exista um planejamento, mas sim de que esse planejamento seja em si moral, bom e honesto.

Podemos confiar nas coisas e no mundo, se seguirmos as orientações morais e espirituais dadas por esse planejador via seus "representantes". Mas as religiões nunca foram, na imensa maior parte de sua história e pré-história, preocupadas com a afirmação de que tudo que existe é para a realização de um propósito bom.

Essa ideia é novidade, e pode ter, sendo bonzinho, uns 3.000 anos. A religião grega, por exemplo, nunca teve essa aspiração com relação aos seus deuses — aliás, nenhum dos politeísmos, nem os africanos e seus descendentes, como o candomblé.

Hoje, com o marketing ético que atravessa tudo, ninguém vai confessar que sua religião, desde os seus primórdios, nunca teve compromissos com o que se costuma chamar, vagamente, de bem. As religiões nunca foram éticas na sua origem."

• SC comemora 200 anos de Fritz Müller, colaborador de Darwin

• Livro de Darwin abalou o mundo e desmoralizou o criacionismo

• Vídeo: veja a importância de Darwin para o pensamento ateísta

Comentários

betoquintas disse…
Que vergonha Paulo. Divulgar um texto de um bolsonarista. Aliás, evidências? Provas? Princípio Hitchen. Algo que é afirmado sem evidência pode ser descartado sem evidência 😏🤭

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Historiador católico critica Dawkins por usar o 'cristianismo cultural' para deter o Islã

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

'Sou a Teresa, fui pastora da Metodista e agora sou ateia'

Ex-freira Elizabeth, 73, conta como virou militante ateísta

'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

Só metade dos americanos que dizem 'não acredito em Deus' seleciona 'ateu' em pesquisa

Jesus não é mencionado por nenhum escritor de sua época, diz historiador

Pastor Lucinho organiza milícia para atacar festa de umbanda

Música gravada pelo papa Francisco tem acordes de rock progressivo. Ouça