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Documento começa a expor os bastidores golpistas de Bolsonaro

Minuta revela que presidente considerou intervir no Tribunal Superior Eleitoral 

PAULO LOPES
jornalista

A proposta (minuta) que a Polícia Federal encontrou na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, para intervir no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), começa a expor antes do que se imaginava os bastidores das intenções de Jair Bolsonaro de um golpe de Estado.

O documento de três páginas, se decretado, instituiria o estado de defesa na sede do TSE, para reverter as eleições que deram vitória a Lula.

Trata-se de delírio bolsonarista — mais um, mas esse é gravíssimo —, porque, claro, o regime de governo do Brasil é a democracia e, portanto, não há nada da Constituição que respalde uma intervenção na Justiça eleitoral.

Espera-se que
Torres conte tudo

Torres disse que o documento, "vazado [supostamente pela PF] fora do contexto", estava na pilha de papéis para descarte. Ainda bem, observo, porque, se não fosse assim, a história hoje seria outra, havendo uma crise institucional.

Há personagens em torno dessa minuta, e eles precisam ser investigados, para apurar responsabilidades e a aplicação da lei. 

É preciso saber quem, além de Bolsonaro, colaborou na escrita da minuta, quem mais sabia da existência dela e, sabendo, porque não denunciou a conspiração golpista. E os generais do governo, que papel tiveram nesse enredo tosco? 

Torres tem muito a dizer, talvez em uma delação premiada. Se ele não o fizer, poderá assumir sozinho as consequências judiciais pela minuta golpista. 

O ex-ministro bolsonarista já é suspeito de estar por detrás do ataque terrorista à sede à praça dos três poderes, no domingo, 8, tanto que a sua prisão foi determinada pelo ministro Alexandre Moraes (TSE/STF).

Se Torres for esperto, ele contará tudo. 

Com informação da Folha de S.Paulo e foto reproduzida a rede social. 

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