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Falta transparência nos casos de bispos franceses implicados em abuso

Jesuíta afirma que Igreja deveria divulgar os nomes dos onze suspeitos

SERVIZIO INFORMAZIONE RELIGIOSA
agência italiana

“Em primeiro lugar, sinto grande espanto e choque. Isso evidencia um grande fracasso da instituição por décadas. É muito claro. Mas, paradoxalmente, vejo também nessa abordagem um grande passo em frente, ainda que chegue muito tarde, dado pelos bispos franceses. No entanto, falta uma dimensão essencial: a Conferência Episcopal Francesa deveria comunicar os nomes, se isso for possível do ponto de vista legal. Sem isso, corre-se o risco de fazer pesar uma suspeita generalizada sobre todos. Devemos sempre admitir e dizer a verdade, com a clareza necessária”.

Assim, em entrevista ao jornal católico francês La Croix, o padre Hans Zollner, jesuíta diretor do Instituto de Antropologia, Estudos Interdisciplinares sobre a Dignidade Humana e Cuidados dos Vulneráveis na Gregoriana, comenta as revelações dos casos de abuso envolvendo bispos e cardeais na França, com referência particular ao bispo Michel Santier e ao cardeal Jean-Pierre Bernard Ricard.

Bispo Santier
é um dos
acusados

Sobre as regras de transparência, as indicações dadas pelo papa Francisco, o padre Zollner observa: “Como podemos ver, na era digital, é ilusório querer esconder coisas que, mais cedo ou mais tarde, serão reveladas, com escândalo. Essa é uma regra de comunicação que ainda não aprendemos”.

E continua: “Na Igreja ainda não entendemos como funciona a comunicação no mundo de hoje. Deve-se ter em mente que os casos sempre acabam saindo mais cedo ou mais tarde. Devemos, portanto, ser transparentes e sinceros, no cumprimento da lei civil”.

Quanto à transparência das sanções canônicas, “as vítimas também devem ter acesso a elas”, acrescenta Zollner. “Hoje não é assim”.

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