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Ateus se preocupam muito mais com o aquecimento global que religiosos, revela pesquisa

Pesquisa do Pew ouviu mais de 10 mil adultos americanos em abril de 2022; religiosos não associação o aquecimento global às atividades humanas


Os ateus, agnósticos ou os "nada em particular" sobre religião dos Estados Unidos tendem muito mais a se preocuparem com o aquecimento global, na proporção de 66% deles, que os religiosos (47%).

A informação é do Pew Reserch Center, que entrevistou 10.156 adultos americanos de 11 a 17 de abril de 2022. A margem de erro dos dados apurados é de 1,6 ponto percentual para mais ou menos.

Os americanos que rezam diariamente, frequentam com frequência templos e consideram a crença crucial para sua vida — portanto, os mais religiosos — afirmam que a Terra é sagrada, mas, na comparação com a população dos EUA, são os que menos se preocupam com as consequências do esquentamento do clima.

A principal causa desse desinteresse é que os religiosos das diversas crenças acham que o tema é da esfera política, não da religião — pastores falam pouco sobre o problema.

Para religiosos, a Terra é sagrada,
mas eles não se importam com
a contaminação da atmosfera

Em consequência, os americanos altamente religiosos são menos inclinados a considerar que a mudança climática causada pela queima de combustíveis fósseis é um problema sério, embora a maioria deles concorda que "Deus deu aos humanos o dever de proteger e cuidar da Terra, incluindo plantas e animais”. Ou seja, eles não praticam o que acreditam.

Em nenhuma das principais tradições protestantes a maioria reconhece que a Terra está ficando cada vez mais quente devido às atividades humanas. Do total deles, apenas 32% mostram ter conhecimento disso.

Entre os religiosos não afiliados a uma denominação, 70% têm mais probabilidade de concordar que a mudança climática é um problema muito sério, contra os 52% do conjunto dos religiosos.

 

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• Por que ateus apoiam menos a pena de morte que religiosos? Três hipóteses /

Comentários

Anônimo disse…
Foi um dos principais motivos que me levou a votar em Lula.

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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