Em um dia de 1859, após a leitura dos originais de “A Origem das Espécies”, um editor disse a Charles Darwin que o livro era interessante, mas o naturalista deveria se dedicar a outros temas, como sobre pombas, que tinha aceitação garantida dos leitores.
Esse episódio foi lembrado em uma crônica por Luis Fernando Verissimo.
A história é conhecida: os primeiros 1.250 exemplares de "A Origem" foram vendidos em um único dia, e o livro desmoralizou a versão bíblica para criação das espécies, incluindo o homem.
Verissimo argumenta que até hoje há pessoas que lamentam que o naturalista não tenha se dedicado às pombas, deixando temas abrangentes de lado.
A prova disso é que “os índices de leitura de horóscopos atestam o fracasso de Copérnico em convencer a humanidade de que a Terra não é o centro do Universo, como ela ainda pensa”, escreve o cronista.
“A ciência em geral tem tido um péssimo desempenho na tarefa de vencer a crendice e o obscurantismo, embora a versão “oficial” da História humana desde, pelo menos, o século 18 tenha sido a de conquistas irreversíveis da razão secular, com alguns soluços de irracionalidade.”
O resultado é que a maioria dos americanos prefere a explicação bíblica e nas escolas, em muitos Estados, a evolução das espécies é ensinada como uma espécie de “outro lado” da versão de que Deus criou tudo.
A relativização de Darwin se reflete no Brasil, observa Verissimo.
“A influência do fundamentalismo religioso cresce na política e nos costumes do mundo e, cada vez mais, do Brasil.”
Darwin detonou a 'ordem mundial divina' em 1859 com o livro da 'Origem das Espécies'
Livro de Darwin abalou o mundo e desmoralizou o criacionismo
Mata Atlântica e suicídio de escrava impressionaram Darwin
'Não acredito na Bíblia nem em Jesus Cristo', escreveu Darwin
Esse episódio foi lembrado em uma crônica por Luis Fernando Verissimo.
A história é conhecida: os primeiros 1.250 exemplares de "A Origem" foram vendidos em um único dia, e o livro desmoralizou a versão bíblica para criação das espécies, incluindo o homem.
Verissimo argumenta que até hoje há pessoas que lamentam que o naturalista não tenha se dedicado às pombas, deixando temas abrangentes de lado.
A prova disso é que “os índices de leitura de horóscopos atestam o fracasso de Copérnico em convencer a humanidade de que a Terra não é o centro do Universo, como ela ainda pensa”, escreve o cronista.
“A ciência em geral tem tido um péssimo desempenho na tarefa de vencer a crendice e o obscurantismo, embora a versão “oficial” da História humana desde, pelo menos, o século 18 tenha sido a de conquistas irreversíveis da razão secular, com alguns soluços de irracionalidade.”
O resultado é que a maioria dos americanos prefere a explicação bíblica e nas escolas, em muitos Estados, a evolução das espécies é ensinada como uma espécie de “outro lado” da versão de que Deus criou tudo.
A relativização de Darwin se reflete no Brasil, observa Verissimo.
“A influência do fundamentalismo religioso cresce na política e nos costumes do mundo e, cada vez mais, do Brasil.”
Verissimo publicou a crônica "Pombas" no Globo e Estadão.
Darwin detonou a 'ordem mundial divina' em 1859 com o livro da 'Origem das Espécies'
Livro de Darwin abalou o mundo e desmoralizou o criacionismo
Mata Atlântica e suicídio de escrava impressionaram Darwin
'Não acredito na Bíblia nem em Jesus Cristo', escreveu Darwin
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