Pular para o conteúdo principal

Lei secularista de Genebra proíbe servidor de usar símbolo religioso

por SWI

Os eleitores de Genebra deram o seu apoio a uma lei debatida sobre o secularismo que enquadra a relação entre o governo e as comunidades religiosas. Entre outras medidas, a legislação proíbe que funcionários do Estado usem sinais externos de afiliação religiosa.

A lei, que reafirma o princípio do secularismo e da neutralidade religiosa para o Estado, foi aceita por pouco mais de 55% dos eleitores do cantão (Estado) que inclui a segunda maior cidade da Suíça.

A divisão entre Igreja e Estado tem sido lei no cantão de Genebra desde 1907. Nos últimos cinco anos, autoridades locais e políticos vêm debatendo uma atualização dessa lei do secularismo. 




Defensores disseram que uma revisão é necessária para atualizar a legislação, enquanto os oponentes argumentam que isso daria aos funcionários do governo muito poder e violaria os direitos humanos.

O apoio veio principalmente de partidos políticos de centro-direita e de direita, bem como do governo de Genebra. Eles disseram que a legislação ajudaria a esclarecer a situação das pessoas religiosas e não religiosas em um cenário religioso cada vez mais diversificado.

Os adversários da lei secularista revisada incluíam partidos políticos de extrema esquerda, verdes, feministas, sindicatos e muçulmanos. Eles se opuseram particularmente a uma emenda de última hora, que proíbe políticos eleitos e funcionários do governo cantonal e local que tenham contato com o público de usar ou mostrar símbolos religiosos visíveis. 

Os opositores argumentaram que isso visa injustamente as mulheres islâmicas que usam o véu como sinal de sua fé.

Os adversários da lei reuniram cerca de 8.000 assinaturas para forçar um referendo sobre o assunto.

Sob a nova lei, o dinheiro do imposto eclesiástico voluntário, que tradicionalmente ia para as três principais confissões de Genebra, será agora compartilhado com outras comunidades religiosas. No entanto, isso está sujeito a condições estritas, como a apresentação de contas anuais auditadas externamente e a listagem de todos os doadores.

Estatística de 2012-2016

A nova lei também proíbe encontros religiosos em público, a menos que os organizadores recebam uma autorização oficial.

A Rede Evangélica de Genebra interpôs um recurso contra a medida de proibição de reuniões religiosas em um tribunal de Genebra. 

Os Verdes também apresentaram um recurso legal à parte contra a proibição de funcionários do governo usarem símbolos religiosos. Agora, é provável que os recursos sejam recusados após a aceitação da lei nas urnas no domingo (10 de fevereiro de 2019).



Aviso de novo post por e-mail

Suíça vai 'expulsar' de seu hino as referências a Deus

Suíça nega cidadania à muçulmana por ela se negar a apertar mão de funcionário

Estado laico avança na Suíça em caminho sem volta



Ateus suíços querem vetar Bíblia às crianças por ser cruel


A responsabilidade dos comentários é de seus autores.

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

Limpem a boca para falar do Drauzio Varella, cristãos hipócritas!

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Prefeito de São Paulo veta a lei que criou o Dia do Orgulho Heterossexual

Kassab inicialmente disse que lei não era homofóbica

Físico afirma que cientistas só podem pensar na existência de Deus como hipótese

Deputado gay é ameaçado de morte no Twitter por supostos evangélicos

Resposta do deputado Jean Wyllys O militante gay e deputado Jean Wyllys (PSOL) recebeu hoje (18) pelo Twitter três ameaças de morte de supostos evangélicos. Diz uma delas: "É por ofender a bondade de Deus que você deve morrer". Outra: "Cuidado ao sair de casa, você pode não voltar". A terceira: “"A morte chega, você não tarda por esperar".  O deputado acredita que as ameaças tenham partido de fanáticos religiosos. “Esses religiosos homofóbicos, fundamentalistas, racistas e enganadores de pobres pensam que me assustam com ameaças de morte!”, escreveu ele no Twitter. Wyllys responsabilizou os pastores por essas “pessoas doentes” porque “eles as conduzem demonizando minorias”. Informou que vai acionar as autoridades para que os autores da ameaça seja penalizados. Escreveu: "Vou recorrer à Justiça toda vez que alguém disseminar o ódio racista, misógino e homofóbico no Twitter, mesmo que seja em nome de seu deus". Defensor da união civi...

Em vídeo, Malafaia pede voto para Serra e critica Universal e Lula

Malafaia disse que Lula está fazendo papel de "cabo eleitoral ridículo" A seis dias das eleições, o pastor Silas Malafaia (foto), da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, gravou um vídeo de 8 minutos [ver abaixo] pedindo votos para o candidato à prefeitura de São Paulo José Serra (PSDB) e criticou a Igreja Universal e o ex-presidente José Inácio Lula da Silva. Malafaia começou criticando o preconceito que, segundo ele, existe contra pastor que emite opinião sobre política, o mesmo não ocorrendo com outros cidadãos, como operários, sindicalistas, médicos e filósofos. O que não pode, afirmou, é a Igreja, como instituição, se posicionar politicamente. “A Igreja é de Jesus.” Ele falou que tinha de se manifestar agora porque quem for para o segundo turno, se José Serra ou se Fernando Haddad, é quase certeza que será eleito, porque Celso Russomanno está caindo nas pesquisas por causa do apoio que tem recebido da Igreja Universal. Afirmou que apoia Serra na expectativa de...

Promotor nega ter se apaixonado por Suzane, mas foi suspenso

Gonçalves, hoje com 45 anos, e Suzane quando foi presa, 23 No dia 15 de janeiro de 2007, o promotor Eliseu José Berardo Gonçalves (foto), 45, em seu gabinete no Ministério Público em Ribeirão Preto e ao som de músicas românticas de João Gilberto, disse a Suzane Louise Freifrau von Richthofen (foto), 27, estar apaixonado por ela. Essa é a versão dela. Condenada a 38 anos de prisão pela morte de seus pais em outubro de 2002, a moça foi levada até lá para relatar supostas ameaças de detentas do presídio da cidade. Depois daquele encontro com o promotor, ela contou para uma juíza ter sido cortejadar.  Gonçalves, que é casado, negou com veemência: “Não me apaixonei por ela”. Aparentemente, Gonçalves não conseguiu convencer sequer o Ministério Público, porque foi suspenso 22 dias de suas atividades por “conduta inadequada” e por também por ter dispensado uma testemunha importante em outro caso. Ele não receberá o salário correspondente a esse período. O Fantástico de ontem apre...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Feliciano manda prender rapaz que o chamou de racista

Marcelo Pereira  foi colocado para fora pela polícia legislativa Na sessão de hoje da Comissão de Direitos Humanos e Minoria, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na foto, mandou a polícia legislativa prender um manifestante por tê-lo chamado de racista sob a alegação de ter havido calúnia. Feliciano apontou o dedo para um rapaz: “Aquele senhor de barba, chama a segurança. Ele me chamou de racista. Racismo é crime. Ele vai sair preso daqui”. Marcelo Régis Pereira, o manifestante, protestou: “Isso [a detenção] é porque sou negro. Eu sou negro”. Depois que Pereira foi retirado da sala, Feliciano disse aos manifestantes: “Podem espernear, fui eleito com o voto do povo”. O deputado não conseguiu dar prosseguimento à sessão por causa dos apitos e das palavras de ordem cos manifestantes, como “Não, não me representa, não”; “Não respeita negros, não respeita homossexuais, não respeita mulheres, não vou te respeitar não”. Jovens evangélicos manifestaram apoio ao ...