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Sociedade deve discutir o suicídio assistido, defende Drauzio Varella

Viver é bom, mas não quando deixar de existir resquício de dignidade. Po isso,  a sociedade brasileira deveria discutir o suicídio assistido. A afirmação é do médico oncologista e escritor Drauzio Varella.

Ele argumenta que hoje se vive mais, graças à tecnologia e os modernos recursos terapêuticos, mas o prologamento da existência às vezes ultrapassa a linha do razoável, quando as pessoas, por exemplo, são capturadas pelo Alzheimer.

Há casos em que
 a vida tem sido
 prolongada além
 do razoável

“Quantas vezes me deparei com a dúvida: o que acabo de prescrever vai prolongar a vida ou o calvário dessa pessoa?”

“A longevidade atual vem acompanhada do aumento da prevalência de quadros demenciais; encontrar alguém que não tenha um parente desmemoriado, incapaz de executar tarefas mínimas, é privilégio de poucos.”

O suicídio assistido precisa ser debatido porque, diz, nem todos “estamos preparados para nos rendermos ao fato de que o corpo pode se tornar um fardo irreversivelmente insuportável, incapaz de oferecer o prazer mais insignificante, eventualidade em que a morte deveria ser entendida como desenlace natural”.

Em caso de demência, o tormento, inclusive da família do doente, é mais dramático, porque quem sofre não tem autonomia para tomar uma decisão que detenha seu sofrimento, escreve o médico em um artigo.

Acrescenta: “Gostemos ou não, o direito de dar cabo à própria existência é inalienável. A sociedade e as religiões podem criar regras, leis e princípios morais para condenar o suicídio, porém jamais conseguirão evitá-lo”.

Drauzio Varella conta que pediu a dois colegas mais novos que lhe garantam uma morte digna, caso ele tenha perdido a capacidade de entender quem é.

“Acho que eles cumprirão o combinado.”

Com informação da Folha de S.Paulo.



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