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Ganhadores do Nobel de Química de 2018 se inspiraram em Darwin

O Prêmio Nobel de Química de 2018 será dividido entre dois americanos e um britânico. O anúncio da Real Academia de Ciências da Suécia foi feito em 3 de outubro de 2018, em Estocolmo.

A professora do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), Frances H. Arnold, 62 anos, é quinta mulher a vencer o Nobel de Química e receberá metade do prêmio de nove milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,01 milhão.

A outra metade do valor do prêmio será dividida entre o também americano e professor da Universidade do Missouri, George P. Smith, 77, e o britânico Gregory P. Winter, 67, da Universidade de Cambridge.

Arnold, Smith e Winter
 usaram a teoria da evolução
em seus tubos de ensaios

Os pesquisadores foram escolhidos pela aplicação dos princípios da evolução para desenvolver proteínas que depois foram utilizadas para produzir de biocombustíveis até medicamentos. 

Os trabalhos dos três cientistas prepararam o caminho para a produção de novos materiais ou combustíveis mais limpos, assim como para o desenvolvimento de terapias inovadoras.

"Eles aplicaram os princípios de Darwin em tubos de ensaio, usando a compreensão molecular que temos do processo evolutivo para recriar o processo em seus laboratórios", afirmou em uma entrevista coletiva o presidente do Comitê Nobel do prêmio, Claes Gustafsson.

A evolução dirigida é um conjunto de tecnologias que permite melhorar uma proteína ou um ácido nucleico ao reproduzir artificialmente o processo natural da evolução, buscando orientá-lo em uma direção escolhida.


"Já podemos explorar os mecanismos da evolução para produzir coisas que o homem não sabe conceber", afirmou, em 2016, Frances Arnold, ao receber o prêmio Millenium Technology, na Finlândia

Antes dela, apenas outras quatro mulheres haviam sido premiadas com o Nobel de Química: Marie Curie (1911), Irène Joliot-Curie (1935), Dorothy Crowfoot Hodgkin (1964) e Ada Yonath (2009).

George P. Smith é o criador de um método que disseca o funcionamento de bacteriófagos - vírus naturais de bactérias – e estuda o papel das proteínas na infecção.

Gregory P. Winter usou essas descobertas em engenharia genética para codificar proteínas de maneira diferente e produzir anticorpos eficazes.

"O uso de anticorpos levou a uma mudança de paradigma na forma como tratamos muitas doenças e trouxe benefícios significativos para pacientes em todo o mundo", felicitou Alan Boyd, da Universidade de Medicina Farmacêutica de Londres.

Com informação das agências.


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