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Religião na escola estimula a intolerância, diz antropóloga


"Não precisamos de religião
para ensinar tolerância"

A decisão do Supremo Tribunal Federal de permitir o ensino religioso confessional nas escolas públicas tende a estimular a intolerância, afirmou a antropóloga Débora Diniz (foto).

Ela disse que a confessionalidade beneficia as religiões hegemônicas, as cristãs, em prejuízo das crenças que não terão representação nas escolas.

Para Diniz, agora, com o aval do Supremo, o espaço laico da escola pública pode ser usado para catequese.

“Não precisamos de religião para ensinar a tolerância”, disse a coautora do livro “Laicidade de ensino religioso no Brasil”.


“O que precisamos é de concepções de cidadania, e eu estou segura de que a escola laica é muito mais capaz de ensinar a tolerância do que uma escola de matriz religiosa.”

Diniz disse que a confessionalidade já existia em muitas escolas, mas agora os defensores do Estado laico terão mais dificuldade de contestá-la.

“Um dos maiores desafios do ensino religioso na escola é a sobreposição de um marco laico e de defesa intransigente da igualdade com o que se considera liberdade religiosa e suas práticas discriminatórias.”

A antropóloga reconhece a religião como uma “força legítima para decisões do bem comum”, mas “é preocupante” que seja “a porta de entrada para discussões sobre o ensino público”.





Ensino religioso no Estado laico é excrescência, diz professor

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