Pular para o conteúdo principal

Natal é a celebração de uma grande mentira cristã

Comemoração vem da festa pagã ao 'nascimento do sol invencível'


Irineu Lobo
colaborador

O dia 25 de dezembro nada tem a ver com o nascimento de Jesus. Cristãos romanos aproveitaram uma importante festa pagã que ocorria nessa época do ano e a cristianizaram.

A festa pagã natalis solis invicti ("nascimento do sol invencível") era uma homenagem ao deus persa Mitra, popular em Roma. As comemorações ocorriam durante o solstício de inverno, o dia mais curto do ano.

O solstício não tem data fixa. No hemisfério Norte, ele acontece próximo de 22 de dezembro e pode cair até no dia 25.

Em 274 depois de Cristo, o imperador romano Aureliano oficializou o dia 25 de dezembro como data de festejar o sol.

Vem daí, em referência ao fogo do sol, a tradição do "tronco natalício", que nas casas deveria queimar durante 12 dias consecutivos e deveria ser preferivelmente de carvalho.

Dependendo do modo como o tronco se queimava, os romanos faziam presságios. O fogo do tronco natalício deu origem às luzes e velas que hoje enfeitam casas, árvores e ruas.

E qual seria a verdadeira data do nascimento de Jesus? Ninguém sabe, nem sequer a Bíblia.

Os Evangelhos, que surgiram três, quatro séculos depois da morte de Jesus, não fazem nenhuma referência ao dia, mês, nem ao ano em que ele teria nascido.

O evangelista Lucas afirma que Jesus nasceu na época de um grande recenseamento, que obrigava as pessoas a saírem do campo e irem às cidades. Só que, em dezembro, os invernos na região de Israel são rigorosos, o que impedia grande deslocamento de pessoas.

O provável é que o nascimento de Jesus tenha ocorrido entre março e novembro, quando o clima no Oriente Médio é ameno.

A primeira comemoração do dia do nascimento de Jesus ocorreu em 354, inicialmente coincidindo com a festa pagã e, depois, substituindo-a.

Essa data se fixou depois de muitas controvérsias entre os cristãos. Em diferentes épocas, cada ramo do cristianismo tinha o seu dia do nascimento de Jesus: 6 de janeiro, 25 de março, 10 de abril, 29 de maio, entre outras.

A Igreja do Oriente se decidiu pelo dia 6 de janeiro, que era, para os gregos, o dia da Epifania (aparição) do deus Dionísio. A Igreja do Ocidente optou por 25 de dezembro, quando se comemorava os deuses Sol e Saturno.

A população da Roma Antiga festejava as Saturnálias porque Saturno era o deus da agricultura. Era um período de paz e de recolhimento quando as pessoas trocavam presentes, e amigos e familiares se reuniam em banquetes.

Os celtas, também de forte presença na Europa, festejavam o solstício de inverno.

Os doutores da Igreja perceberam que os cristãos manifestavam forte inclinação pelas festas pagãs e seria difícil fazê-los desistir disso. Então a solução deles foi introduzir os cultos pagãos dentro da Igreja, dando-lhes nova roupagem.

Um desses doutores, Santo Agostinho (354-430), chegou a fazer campanha para que, na data, os cristãos não celebrassem o sol, mas sim "aquele que criara o sol". 

O Natal se tornou a festa religiosa mais importante em toda a Europa em torno de 1100. Sua popularidade cresceu até a Reforma Protestante (1517), quando muitos cristãos começaram a considerá-lo uma festa pagã.

Na Inglaterra e em algumas colônias americanas a festa foi considerada ilegal. Mas isso durou pouco tempo e o Natal acabou recuperando seu prestígio, o que perdura até hoje.

Fake news de dois mil anos

> Com pesquisa em enciclopédias.

• Drauzio Varella afirma que o Natal é uma festa 'meio cafona' 




Comentários

Unknown disse…
O Natal só fez sentido pra mim quando criança. Hoje não me sinto contagiado pelo sentimento natalino, percebi que tudo é apenas contribuição pra esse consumismo desenfreado.
O natal é só mais um das grandes invenções dos homens. Nada mais.
Pesquisando sobre Jesus Cristo :
Por que ele não é citado por qualquer historiador, pensador ou narrador dos séculos I e II ? Autores daquela época : Sêneca (nascido 4 anos antes da era comum – morto 65 anos depois da era comum), Plínio, o Velho (23 - 79), Quintiliano (39 – 96), Epitectus (55 – 135), Marcial (38 – 103), Juvenal (55 – 127), Plutarco (46 – 119), Plínio, o Jovem (61 – 113), Suetônio (69 – 122), Tácito (56 - 120), Philo-Jadaeus (15 aec – 50 dec), Flavius Josephus (*)_ (37 – 103), Justus de Tiberíades (Século I).
Nenhum deles cita um Jesus Cristo em seus textos. (As breves referências sobre ele feitas por Josephus, Suetônio e Tácito foram consideradas interpolações posteriores e não textos autênticos).
Como os relatos dos séculos I e II sobre a História Romana não mencionam um Cristo, e ele só aparece nas narrativas do Império a partir da adoção do Cristianismo, nos anos 320, pelo Imperador Constantino. Segundo os relatos cristãos o Personagem teria enfrentado e convulsionado o Império Romano já nos primeiros séculos, mas a História Romana não menciona os fatos alegados. Como poderia ele ser um nazareno se a aldeia de Nazaré só veio a surgir no século III-IV ?
Por que ele só é citado nos Evangelhos, cujos autores, bem posteriores, não são judeus, já que eles desconhecem a geografia da Judeia-Palestina e divergem quanto aos costumes da região? Ele não é citado também nos Manuscritos do Mar Morto (descobertos nos anos 1940-1950, em uma caverna de Qumran, na Turquia), um conjunto de textos fragmentados de períodos anteriores e posteriores ao início da Era Comum.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Limpem a boca para falar do Drauzio Varella, cristãos hipócritas!

Varella presta serviço que nenhum médico cristão quer fazer LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião Eu meto o pau na Rede Globo desde o começo da década de 1990, quando tinha uma página dominical inteira no "Diário do Amazonas", em Manaus/AM. Sempre me declarei radicalmente a favor da pena de morte para estupradores, assassinos, pedófilos, etc. A maioria dos formadores de opinião covardes da grande mídia não toca na pena de morte, não discutem, nada. Os entrevistados de Sikera Júnior e Augusto Nunes, o povo cristão da rua, também não perdoam o transexual que Drauzio, um ateu, abraçou . Então que tipo de país de maioria cristã, tão propalada por Bolsonaro, é este. Bolsonaro é paradoxal porque fala que Jesus perdoa qualquer crime, base haver arrependimento Drauzio Varella é um médico e é ateu e parece ser muito mais cristão do que aqueles dois hipócritas.  Drauzio passou a vida toda cuidando de monstros. Eu jamais faria isso, porque sou ateu e a favor da pena de mor...

Feliciano manda prender rapaz que o chamou de racista

Marcelo Pereira  foi colocado para fora pela polícia legislativa Na sessão de hoje da Comissão de Direitos Humanos e Minoria, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na foto, mandou a polícia legislativa prender um manifestante por tê-lo chamado de racista sob a alegação de ter havido calúnia. Feliciano apontou o dedo para um rapaz: “Aquele senhor de barba, chama a segurança. Ele me chamou de racista. Racismo é crime. Ele vai sair preso daqui”. Marcelo Régis Pereira, o manifestante, protestou: “Isso [a detenção] é porque sou negro. Eu sou negro”. Depois que Pereira foi retirado da sala, Feliciano disse aos manifestantes: “Podem espernear, fui eleito com o voto do povo”. O deputado não conseguiu dar prosseguimento à sessão por causa dos apitos e das palavras de ordem cos manifestantes, como “Não, não me representa, não”; “Não respeita negros, não respeita homossexuais, não respeita mulheres, não vou te respeitar não”. Jovens evangélicos manifestaram apoio ao ...

Prefeito de São Paulo veta a lei que criou o Dia do Orgulho Heterossexual

Kassab inicialmente disse que lei não era homofóbica

Físico afirma que cientistas só podem pensar na existência de Deus como hipótese

Deputado gay é ameaçado de morte no Twitter por supostos evangélicos

Resposta do deputado Jean Wyllys O militante gay e deputado Jean Wyllys (PSOL) recebeu hoje (18) pelo Twitter três ameaças de morte de supostos evangélicos. Diz uma delas: "É por ofender a bondade de Deus que você deve morrer". Outra: "Cuidado ao sair de casa, você pode não voltar". A terceira: “"A morte chega, você não tarda por esperar".  O deputado acredita que as ameaças tenham partido de fanáticos religiosos. “Esses religiosos homofóbicos, fundamentalistas, racistas e enganadores de pobres pensam que me assustam com ameaças de morte!”, escreveu ele no Twitter. Wyllys responsabilizou os pastores por essas “pessoas doentes” porque “eles as conduzem demonizando minorias”. Informou que vai acionar as autoridades para que os autores da ameaça seja penalizados. Escreveu: "Vou recorrer à Justiça toda vez que alguém disseminar o ódio racista, misógino e homofóbico no Twitter, mesmo que seja em nome de seu deus". Defensor da união civi...

Drauzio Varella afirma por que ateus despertam a ira de religiosos

Promotor nega ter se apaixonado por Suzane, mas foi suspenso

Gonçalves, hoje com 45 anos, e Suzane quando foi presa, 23 No dia 15 de janeiro de 2007, o promotor Eliseu José Berardo Gonçalves (foto), 45, em seu gabinete no Ministério Público em Ribeirão Preto e ao som de músicas românticas de João Gilberto, disse a Suzane Louise Freifrau von Richthofen (foto), 27, estar apaixonado por ela. Essa é a versão dela. Condenada a 38 anos de prisão pela morte de seus pais em outubro de 2002, a moça foi levada até lá para relatar supostas ameaças de detentas do presídio da cidade. Depois daquele encontro com o promotor, ela contou para uma juíza ter sido cortejadar.  Gonçalves, que é casado, negou com veemência: “Não me apaixonei por ela”. Aparentemente, Gonçalves não conseguiu convencer sequer o Ministério Público, porque foi suspenso 22 dias de suas atividades por “conduta inadequada” e por também por ter dispensado uma testemunha importante em outro caso. Ele não receberá o salário correspondente a esse período. O Fantástico de ontem apre...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus