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STF manda para Moro o caso do pastor 'laranja' de Cunha

Pastor Samuel Ferreira está na mira da Lava Jato

das Agências

A igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Madureira em São Paulo e seu presidente Samuel Cássio Ferreira (foto) entraram na mira da Lava-Jato.

Na quarta-feira, o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) manteve a decisão do ministro Teori Zavascki de março que determinou a remessa para o juiz Sérgio Moro de investigação envolvendo a suspeita de lavagem de dinheiro para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por meio da igreja e do pastor.

No julgamento, os ministros da Corte rejeitaram o argumento da defesa da igreja, que alegou que o caso deveria ser analisado pela Justiça Federal em São Paulo, onde fica a sede da Assembleia de Deus presidida por Samuel Ferreira. A intenção pastor era escapar do juiz Moro, que é conhecido pelo seu rigor e competência.

Essa investigação é um desdobramento da denúncia criminal contra Eduardo Cunha por corrupção passiva e lavagem de dinheiro que o Supremo já aceitou no ano passado.

Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República aponta que o peemedebista teria usado a igreja para operacionalizar o repasse de parte da propina de US$ 5 milhões recebida por ele referente à contratação de dois navios-sonda da Petrobras. Janot não fez acusação contra nenhum representante da igreja, presidida pelo pastor Samuel, que agora passa a ser investigado por Sérgio Moro.

A Polícia Federal e a Procuradoria identificaram duas transferências em agosto de 2012 para a

Assembleia de Deus via empresas de Júlio Camargo, a Piemonte e a Treviso, no valor de R$ 125 mil cada. O dinheiro teve como destino uma filial da Assembleia de Deus Ministério Madureira em Campinas, no interior de São Paulo. Os repasses tiveram como "falsa justificativa pagamento a fornecedores", segundo Janot.

Na acusação, o procurador-geral afirma ainda que "não há dúvidas de que referidas transferências foram feitas por indicação de Eduardo Cunha para pagamento de parte do valor residual da propina referente às sondas". A denúncia ainda ressalta que Júlio Camargo nunca frequentou a igreja evangélica e "professa a religião católica", além de nunca ter feito doações para a Assembleia de Deus antes deste episódio.

A bancada evangélica foi uma das que mais prestou apoio a Cunha na eleição para a Presidência da Câmara. O presidente da Assembleia de Deus Madureira no Rio, pastor Abner Ferreira, contemplou o presidente da Câmara no culto.

"O Satanás teve que recolher cada uma das ferramentas preparadas contra nós. Nosso irmão em Cristo é o terceiro homem mais importante da República", disse o religioso na época.

Abner Ferreira é irmão do pastor Samuel Ferreira, que preside a Assembleia de Deus no Brás, em São Paulo, e aparece no registro da Receita Federal como presidente da Assembleia de Deus Madureira em Campinas, que recebeu os R$ 250 mil das empresas de Júlio Camargo.






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