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Umberto Eco dizia que a religião pode ter efeito de cocaína


Filósofo se tornou ateu nos anos 1950
O filósofo e escritor italiano Umberto Eco (foto) foi um ateu devoto para quem ninguém conseguirá eliminar a religião da sociedade. 

“Você pode ser ateu ou não crente, mas tem de reconhecer que a grande maioria dos seres humanos precisa de alguma crença religiosa”, escreveu.

Isto porque, explicou, a religião pode funcionar como uma droga tranquilizadora do povo, uma cocaína, porque dá respostas a algumas questões fundamentais e inquietadoras.

Mas isso, segundo ele, não implica maturidade do povo. “Se você render à ignorância e chamá-la de Deus, significa que foi prematuro, e continua prematuro até hoje.”

Eco se tornou ateu nos anos 1950, abandonando a Igreja Católica no auge de uma crise de fé, quando estudava São Tomás de Aquino. Desde então, se tornou crítico da igreja romana e das crenças em geral.

Eco morreu no dia 19 de fevereiro de 2016. Ele lutava contra um câncer. Nasceu na cidade de Alexandria no dia 5 de janeiro de 1932.

Com romancista, o seu livro mais conhecido é “O Nome da Rosa”, publicado em 1980. Foi um best-seller inclusive no Brasil. No romance, ele usou seu profundo conhecimento sobre a Idade Média.

Destacaram-se, também, os seus romances "O Pêndulo de Foucault" (1988) e "O Cemitério de Praga" (2010), além dos ensaios "A Estrutura Ausente" e "História da Beleza". Seu último romance. "O número Zero", foi publicado em 2015.

Começou a escrever romances quando já tinha 50 anos. Por isso, se considerava um jovem romancista.

No livro “Em que creem os quais não creem?” publicou uma conversa que teve com Carlo Maria Martini, arcebispo de Milão. Foi um encontro cordial.

Em sua vasta obra e entrevistas, algumas frases dão ideia da profundidade de seu ceticismo, como estas:

“Justificar tragédias como vontade divina tira da gente a responsabilidade por nossas escolhas.”

“Muitas vezes são os inquisidores a criar os heréticos.”

“Os homens nunca fazem o mal tão completa e entusiasticamente como quando o fazem por convicção religiosa.”

“Se libertar do medo do diabo é sabedoria.”

"Temei os profetas e aqueles que estão dispostos a morrer pela verdade, pois, em geral, farão morrer muitos outros juntamente com eles, frequentemente antes deles, por vezes no lugar deles."


Com informação das agências.

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