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Governo Sarney investigou origem do dinheiro de Edir

Macedo ficou preso 15 dias em 1992
sob a acusação de ser charlatão
Durante o governo do presidente José Sarney, de 1985 a 1990, a Polícia Federal e o hoje extinto SNI (Serviço Nacional de Investigação) investigaram a origem do dinheiro que o pastor Edir Macedo (na caricatura ao lado), da Igreja Universal, usava para comprar emissoras de rádio e TV. A informação é da Folha de S.Paulo, que teve acesso a relatórios da investigação.

Em dez anos, a Universal comprou dez emissoras de rádio por US$ 6 milhões, diz o relatório. “Recentemente a seita tem adquirido emissoras de radiodifusão através de testas de ferro e ao custo de milhões de dólares de procedência desconhecida.”

O que chamou a atenção do Governo Sarney foi o rápido crescimento que a Universal teve na década de 80. A Igreja já tinha naquela época no Brasil cerca de 500 templos. Hoje possui mais de 6 mil.

O relatório afirma que a igreja incentivava o pagamento do dízimo em dólares, que os seguidores do pastor tinham fama de “arruaceiros” e que Edir Macedo praticava charlatanismo.

Na época, o MP (Ministério Público) também investigou as atividades da Universal, o que levou Edir Macedo a ficar preso 15 dias  em 1992 sob a acusação de “delitos de charlatanismo, estelionato e lesão à crendice popular”. O pastor culpou a Igreja Católica pela sua detenção.

A Universal emitiu nota dizendo que as revelações da reportagem da Folha mostram as “praticas condenáveis que o extinto aparelho repressivo praticou” e que a “perseguição religiosa foi somente mais um capítulo” daqueles anos.

Em meado de 2012, a PF enviou à Justiça Federal e ao Ministério Público Federal relatório dos indícios de que a Edir Macedo comprou a TV Record com dinheiro “lavado” da Universal. O negócio envolveu mais de 10 pessoas e alguns deles teriam sido usados como “laranjas”, de acordo com o relatório.

Com informação da Folha e deste site.





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