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Atletas recitam o pai-nosso como se fosse o Hino Nacional

Título original: Pai-Nosso que estais no Olimpo

por Joel Rufino dos Santos para o Estadão

"Sejamos compreensivos: não há
 lógica nessa preferência divina"
Na Olimpíada, muitos atletas erguerem as mãos para o céu. Nossa equipe feminina de vôlei celebrou o ouro com um uníssono e circular padre-nosso. Deus jogara do seu lado, o que significa logicamente que, por algum motivo, não jogara do outro. Sejamos compreensivos: não há lógica nessa preferência divina, há outra coisa, igualmente respeitável.

Quando os times perdem, significa que sua fé de vencedor é menor? Talvez se dê o mesmo com o sentimento de honra. Honra, na origem, é a disputa para saber quem faz a maior doação a outrem - este será o mais honrado. Neste caso, a coletividade é o juiz; no da fé, é Deus.

Se macumba ganhasse jogo, dizia João Saldanha, o campeonato baiano terminava empatado. O Padre-Nosso, antes ou depois do jogo, será eficaz? Não, o adversário pode vencer. O que funciona é a confiança no Deus que se tem. "Deus é fiel", dizem os para-choques de caminhão. O Padre-Nosso após os jogos reitera a confiança em Deus.

Confiança é um conceito chave na modernidade. A civilização moderna (ou capitalista, se preferimos falar do modo de produção) é tão complexa, tão inacessível à inteligência do homem comum, que só funciona porque confiamos em peritos. Não sei como funciona um celular, como os técnicos da Nasa puseram um robô em Marte, como o dinheiro que aplico aumenta, ou diminui, enquanto durmo, etc. - em qualquer caso eu confio que algum perito sabe e age por mim. 

Esse perito, indispensável entre nós e as coisas (máquinas, artefatos, habitus, procedimentos, crenças, etc.), é identificado por um rosto confiável. Quem confiaria num cirurgião de piercing no nariz, por exemplo? Ou num jornalista financeiro de bermudas? Deus (com o devido respeito aos que o amam e que têm dele outra definição) é o rosto confiável de uma infinita perícia: a que faz funcionar o mundo. Por isso, o idealizamos a nossa imagem e semelhança, e não o contrário. A imagem do Cristo é de um branco, cabelos lisos, olhos azuis; a de Apolo também: nenhum grego tinha aquele nariz, aqueles cabelos. Nenhum ioruba tem coxas como as de Xangô.

Nunca vi um atleta se recusar à corrente do Padre-Nosso. Os que são evangélicos, budistas, espíritas, candomblezeiros, muçulmanos, fazem o que naquela hora? Recitam o Padre-Nosso como mantra, quase como o Hino Nacional - e ponto final. Ou fingem rezar, como os africanos e índios escravizados diante das imagens de santos. Olhavam uma coisa, viam outra. Os jesuítas reclamavam da conversão dos índios: era tão imediata que não podia ser sincera.

Se há ateus entre os atletas brasileiros, são pouquíssimos e não ousariam quebrar a união do grupo. Suponho que os evangélicos, sendo cristãos, pouco se importam. Budistas, macumbeiros, espíritas, idem. Muçulmanos talvez se recusassem - mas nunca vi um deles em qualquer time brasileiro, de qualquer modalidade.

Mesmo ateus, salvo os militantes, tipo Richard Dawkins, podem se sentir à vontade em correntes de oração. Vi uma vez Manoel Zapata, o escritor colombiano, se ajoelhar diante do altar da Lampadosa, no Rio, a última parada do Tiradentes antes da forca. Sendo ele ateu impenitente, perguntei por que o fazia. "Não me ajoelho para o santo, mas para os que acreditam nele."

Certa vez tomei café da manhã com Menininha do Gantois. Ela ligou o rádio no programa de um pastor evangélico. Percebendo minha surpresa, explicou: "É para começar o dia, não perco uma pregação". Mesmo quando ataca o candomblé? "Não tem importância, vale tudo para a elevação espiritual." 

Tema clássico da antropologia essa peculiaridade das religiões arcaicas, cada povo tem o seu deus, mas não dispensa os dos outros. O proselitismo é invenção do monoteísmo. Nas conquistas antigas, os deuses dos conquistados aumentavam o panteão dos conquistadores. Isso aconteceu mesmo na América, onde os deuses locais foram incorporados quase sempre com sinal trocado - como aquele Anhangá tupi, virado em demônio - ou indiretamente, a medo. O Cristo Redentor abençoa todos os cariocas, mesmo os que dispensam bênçãos. 

Ateus e macumbeiros desdenham a hegemonia católica. Cuidado, portanto. Pode haver ateus e macumbeiros entre os recitadores do Padre-Nosso olímpico.

Joel Rufino dos Santos é doutor em comunicação, cultura, escritor, historiador e autor de "A Banheira de Janet Leigh".





Seleção feminina de vôlei não sabe que Brasil é laico desde 1891
por André Barcinski em agosto de 2012

Religião nos esportes.    Religião no Estado laico.

Comentários

Adriano Costa disse…
Fazem-se nesse artigo as justas e lógicas "desoneração" e "desdemonização" deste ato que, tratando-se de BRASIL, não passa de um manifesto ECUMÊNICO. Apesar de que se a "referência" para esse tipo de manifestação fosse um "deus das minorias brasileiras" a animosidade e as críticas seriam bem mais vultosas, mais do que as críticas de ateus e "laicistas" para o evento atual...
Anônimo disse…
.

/\
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Ligieirinho já apareceu um crente dando xilique. Impressionante.
Anônimo disse…
Ok, quando legisladores resolvem criar ou modificar leis de acordo com os preceitos do cristianismo, então também trata-se de "manifesto ECUMÊNICO", até por que, eles "justificam" com a alegação de que somos um povo cristão, em maioria.

¬¬'
Anônimo disse…
Vítor belfor crente malafaiano, bateu no vanderlei silva, agradeceu a deus.. Vítor belfort apanhou vergonhasamente do anderson silva , será que ele agradeceu a deus.. E então deus faz ganhar e faz perder?
Fernando disse…
Na boa PAULOPES, O que incomoda mesmo é o marketing cristão e a glória dada a Deus, não? Contudo como cristão que sou daria glorias a Ele ganhando ou perdenddo.
LEGIÃO disse…
Se rezar ajuda ou não ou é apenas um ato ecumênico é irrelevante.
No quadro de medalhas o Brasil ficou atrás de potências ateístas como Coréia do Norte, Cuba e China. Mas ficou à atrás, também, de países onde política é religião, como Irã e Itália.
Excetuando a Índia, todos aqueles capazes de mandar naves ao espaço, ficaram melhor colocados que o Brasil. Isso não mostra se são mais ou menos religiosos e sim que tem os melhores programas de treinamento, as melhores ferramentas e os melhores especialistas.
O resultado das Olimpíadas mostra quem tem os melhores soldados e é um indicador de quem será o vencedor, no caso de possíveis conflitos futuros.
Há uma inversão de atitudes no Brasil: os altos administradores do esporte são meros operadores e os atletas são homens e mulheres de fé. Deveríamos experimentar inverter essa polarização de atitudes.
Anônimo disse…
Odeio paises tanto quanto religioes, nem deveriam existir. Alias, nem estes esportes ou competicoes de alto nivel que nao servem de merda nenhuma.
Anônimo disse…
E brigar por isso e uma babaquice, eu participaria ate de descarrego em terreiro por desconto no acaraje. Se recusar a rezar ou orar seria uma baita viadagem vindo de um ateu ou budista, islamicos ate seria de se entender, ja que todo islamico tem merda no lugar do cerebro.
Catraca disse…
Tomo a liberdade de responder: o que incomoda é o cometimento de atitudes que - em um ambiente de representação do Estado - ferem vorazmente o art. 19 da CF, que queira ou não, está lá. E NÂO PODE ser ignorado da maneira como está sendo.

O Brasil NÃO é um país cristão. Aceite isso. Aliás, aceitar isso é apoiar a sua própria liberdade de culto. Pessoas que defendem um Estado confessional deveriam olhar pros países que o são e ver como é lindo o amor religioso que se tem. Gente sendo presa (e/ou)morta por questionar, ou por acreditar no deus errado...

Sendo você cristão, nada de mal teria dar glórias ao seu deus, e nada de mal haveria ainda sendo em público, afinal, somos um país laico! O que se tem ali é um grupo fazendo uma oração sem levar em consideração as crenças de todos. Pode ter gente ali que não acredita e está ali 'dando glórias' ao deus cristão. Será que isso é correto? Se fosse em outra situação, onde todos teriam que, em grupo, colocar os tapetes no chão e ajoelhar pra Alá, e se alguém não fizesse isso, seria taxado de desunido, e a pressão natural da mídia cuidaria de prejudicá-lo naquilo que ama fazer e em que religião nada interfere, será que ainda acharia bonito 'dar glórias'?
Anônimo disse…
Começa assim, apóia a religião por um desconto no acarajé hoje, amanhã reclama quando em vez de desconto no acarajé, a religião está é criando leis para seu auto-favorecer e até mesmo punir quem não estiver vivendo de acordo com os preceitos da mesma!

Incautos irresponsáveis são assim mesmo, nunca veem "nada demais" nos pequenos abusos dos religiosos sobre o estado laico, daí depois ficam reclamando e querendo solução quando a ditadura aperta seu calo!

A propósito, "viadagem", "gordice", "nordestice", "negrice", "baianagem"... pensei que isso fosse manifestação de preconceito, mas pelo visto, muitos também não veem "nada demais" (até que sejam vítimas diretas de uma violência maior que foram alimentadas por essas "pequenas expressões" de preconceito).
Fernando disse…
Se dessem glórias a Buda e não a Jesus, aceitaria, pois é feito de livre e espontania vontade além do mas de sendo de um grupo.

Isto não tira o mérito de que honraram a nação.
Anônimo disse…
Ótimo texto, foi no ponto crucial da questão: não há lógica nos "favores divinos". No caso dos esportes especificamente, onde há um vencedor "ajudado por deus", há sempre perdedores que ficaram sem a ajuda. Qual é o critério? Quem foi um bom menino? Ou quem foi a missa mais domingos? Ter a "religião errada"?
É bizarro ver como os crentes tentam justificar essas coisas.
Anônimo disse…
Racionalidade ZERO na cabeça do crente.
Anônimo disse…
Alguns gays sao cheios de chiliques e frescuras, as chamadas bixas loucas, dai vem o termo viadagem. Gordice vem de os gordos serem atrapalhados e espalhafatosos. Nordeste ta cheio de pobre de cabeca achatada e assim em diante, preconceito nao passa de um tentativa de CENSURA. Sou do interior e nao ligo de falarem que aqui so tem caipira e jeca, tem um monte deles mesmo uai.

Confesso que mudei de ideia, pensando aqui, eh ridiculo em um esporte coletivo fazer toda essa bizarrice, se fosse individual tudo bem e mesmo assim era mais correto fazer isso fora de foco e nao em frente as cameras, mas a selecao de um pais laico devia dar espaco para diversidade e nao impor a crenca da maioria.

No mais, os textos desse Joel Rufino dos Santos sao um saco, um chorao nato. Devia ter vergonha de publicar essas groselhas, nao sei oque e pior, ele ou o recaucado do Luiz ponde.

Eu disse acima que Budista e Ateus nao devia se ofender com isso, como eu nao me ofendo, pq pra mim nao passa de um teatrinho motivacional. Ja os Islamicos que seguem uma religiao fanatica se encomodariam, alem de viverem em geral em sociedades atrasadas. E os critaos seriam iguais, nao fosse o avanso da sociedade ocidental, mesmo assim ainda temos muitos fanaticos entre os catolicos devotos e especialmente entre os evangelicos.

E quanto ao desconto no acaraje, se a dona da banquinha desse desconto pra quem vai no terreiro, ela teria direito, o negocio e privado, se eu sou dono posso dar desconto pra quem quiser. Alias, um dia vou abrir uma loja de canhotos e dar desconto pra destros, so de sacanagem. Hahahaha.
Anônimo disse…
"Alias, um dia vou abrir uma loja de canhotos e dar desconto pra destros, so de sacanagem. Hahahaha."

Hahahaha...
Maycon disse…
Quando representamos um grupo heterogênico dentro de uma democracia e liberdade de escolha nunca se deve puxar a brasa para a sardinha de nenhum lado. Buscando a neutralidade. Mesmo que isto não estivesse na constituição. Seria, ao meu ver, um ato de respeito para com o próximo.
Unknown disse…
"E brigar por isso e uma babaquice, eu participaria ate de descarrego em terreiro por desconto no acaraje. Se recusar a rezar ou orar seria uma baita viadagem vindo de um ateu ou budista, islamicos ate seria de se entender, ja que todo islamico tem merda no lugar do cerebro."

E por este tipo de comentário que alguns defendem o anonimato.

Maycon disse…
Falando em lógica e razão...conversando com uma amiga religiosa de 26 anos. Ao que quando eu fiz uma analogia a cerca do deus pessoal e impessoal...ela me interrompeu e disse não me peça para usar a razão porque eu tenho fé. Eu nem continue minha comparação. ;(
Anônimo disse…
Esses atletas deveriam rezar para conseguir mais patrocinadores para que possam treinar mais e nao fazer a gente sentir VERGONHA DE SER BRASILEIRO, porque com uma delegaçao tao grande e trazer so 17 medalhas, francamente deveriam ir pra escola estudar e ler mais livros pra aprender que so rezar nao ganha jogo (nem perde).
Anônimo disse…
Macumba, Iemanjá, Pai Nosso, Babalorixá, Satã... Num Estado Laico vale tudo.

Quero um Estado Ateu!
_Maravilha!!!
João Alberto disse…
Os ateus militantes são tão ditatoriais como o mais radical dos fundamentalistas. Deixam os caras rezarem para quem quiserem! Ou só podem orar para o estado (hino nacional)?

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