Pular para o conteúdo principal

Violação ao Estado laico prejudica prevenção à aids, diz Chequer

Pedro Chequer
"Existe uma ambiguidade
do confessional e laicidade"
O diretor do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids) no Brasil, Pedro Chequer (foto), disse que a violação ao Estado laico está prejudicando a prevenção à Aids.

Afirmou que a incorporação ao Estado de princípios religiosos, como a demonização à diversidade sexual, está se refletindo, por exemplo, no uso do preservativo, que é tido como prática condenável por religiosos.

Ele disse que no papel, na Constituição, o Brasil é 100% laico, mas na prática o que há é uma ambiguidade entre o confessional e a laicidade.

Em entrevista ao Estado de S.Paulo, Chequer falou sobre alguns dos avanços bem sucedidos das religiões, em especial a católica, sobre o Estado laico.

Segue a entrevista.

"Estado vive em constante
 pressão de grupos religiosos"

 Em recente encontro sobre aids, promovido pelo Ministério da Saúde, em Brasília, o senhor criticou o governo por ceder às pressões de grupos religiosos, deixando de conduzir adequadamente políticas de prevenção da aids.

Quero dizer, em primeiro lugar, que não sou favorável a qualquer tipo de cerceamento da liberdade religiosa, um direito fundamental previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos e também na Constituição do Brasil. O Estado deve ser laico e deixar fora de sua jurisdição qualquer matéria de caráter religioso. Esse é um princípio democrático essencial. Quando falo deste assunto, a minha preocupação é outra. Está relacionada ao fanatismo religioso, que pode levar a situações extremas, como a imposição de uma religião única a todos os cidadãos. Quando se tenta impor princípios religiosos, sejam eles quais forem, também ocorre uma violação dos princípios da Declaração Universal, que reconhece o foro íntimo da consciência.

Na sua avaliação o Estado brasileiro não é 100% laico?

Do ponto de vista estritamente legal, sim. Os legisladores brasileiros sempre se preocuparam com essa questão. A primeira constituição republicana, de 1891, defendeu a liberdade religiosa e, ao mesmo tempo, explicitou a laicidade do Estado. Na prática, porém, nos deparamos com fatos que colidem com esses princípios. Eu citaria como exemplo o financiamento de atividades religiosas com recursos públicos e a presença, nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, de símbolos religiosos, como o crucifixo. Exibidos de modo ostensivo, eles deixam claro a inobservância dos princípios constitucionais. O Estado vive sob constante pressão de grupos religiosos contrários à sua laicidade.

Poderia citar um exemplo?

Em 1930, sob pressão da Igreja Católica, o governo de Getúlio Vargas reintroduziu o ensino religioso nas escolas públicas. Isso foi formalizado na Constituição de 1934 e nas outras, incluindo a de 1988. Não ficou claro, porém, a quem caberia o ônus dessa atividade. Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabeleceu que o ônus não seria do poder público. Quando essa lei foi reformulada, em 1996, o princípio foi mantido. Logo depois, porém, por pressão da Igreja Católica, sofreu alteração.

O senhor se refere à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)?

Sim. Ao criar o Fórum Permanente do Ensino, a CNBB estabeleceu uma estratégia de pressão politica, com vistas a aumentar sua influência e fazer avançar os princípios do ensino religioso nas escolas públicas. Está conseguindo inserir na legislação de cada sistema estadual um conteúdo interconfessional, com professores credenciados pelas entidades religiosas, mas inseridos no corpo docente por concursos públicos e remunerados pelo Estado. O Fórum tem se mostrado extremamente eficaz, mesmo considerando a maior diversidade religiosa e o aumento da força das igrejas evangélicas. É interessante notar que a Concordata, que o Vaticano e o Brasil assinaram em 2008, focaliza particularmente o ensino religioso nas escolas públicas.

Vê nisso mais um tipo de ameaça ao Estado laico?

A Concordata ocorre num contexto ambíguo, que deixa o Estado brasileiro entre o confessionalismo e a laicidade. Esse tratado entre Brasil e Vaticano chegou a ser objeto de oposição por parte de confissões evangélicas tradicionais. Uma voz que se destacou foi a do pastor presbiteriano Guilhermino Silva da Cunha, do Rio. Em carta aberta aos presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, ele denunciou a Concordata por trazer de volta “praticamente todos os privilégios do padroado”. Em relação ao ensino confessional nas escolas públicas, considerou que o documento é inconstitucional, pois “privilegia uma denominação cristã em detrimento de outras e agride a liberdade religiosa em relação a judeus, budistas, espíritas e muçulmanos; e agride agnósticos e ateus”.

De que maneira isso ameaça a prevenção da aids, área na qual o senhor atua?

Em qualquer país do mundo, a incorporação de doutrinas e práticas religiosas pelo Estado tem reflexos no campo dos direitos humanos e da cidadania. Na área em que atuo, o que se observa é o surgimento de uma agenda que obstaculiza os princípios fundamentais da prevenção da aids, a partir de evidência científicas. Isso é percebido de maneira clara nos Estados confessionais islâmicos. Nos Estados Unidos, houve efeito semelhante na era Bush, quando os princípios teológicos passaram a ser a referência para o estabelecimento de políticas públicas, com sérios reflexos em todos os países abrangidos pelo PEPFAR (plano lançado pela Presidência dos Estados Unidos para a redução da Aids no mundo).

Há risco de retrocesso em relação às políticas públicas estabelecidas?

A incorporação – ou mesmo a proximidade do Estado – de princípios religiosos, notadamente aqueles que demonizam aspectos relativos à igualdade de gênero, ao respeito a diversidade sexual e à garantia de direitos às minorias sexuais tem resultado em retrocesso significativo nas políticas públicas de prevenção da infecção pelo HIV. Sob a égide desses princípios, o uso do preservativo, por exemplo, é uma prática condenável.

Pode citar casos em que observa retrocesso?

Podemos citar restrições a campanhas publicitárias que, ao focalizar as populações mais vulneráveis, tratam a questão da prevenção de modo aberto e claro.





Espíritas criticam a adoção do ensino religioso nas escolas do Rio
junho de 2012

Religião no Estado laico.

Comentários

Anônimo disse…
A campanha de prevenção à AIDS do Carnaval deste ano não foi ao ar justamente porque era direcionada especificamente ao público homossexual masculino e mostrava um casal gay que havia se conhecido durante as folias de Carnaval enfatizando o uso da camisinha. Por causa de pressão de religiosos evangélicos do congresso e de líderes da ICAR a campanha foi abolida.
culpado errado disse…
Esse Pedro Chequer parece ser muito desinformado, ou então é muito MENTIROSO (hipótese mais provável).

As campanhas e políticas "anti-AIDS" no Brasil são, na sua maioria, controladas e exploradas pela militância gay (que, inclusive, ganha milhões de rais do Ministério da Saúde para fazer suas "paradas de orgulho gay")

Se a AIDS continua avançando e contaminando milhões de pessoas, o tal Chequer deveria ser mais honesto (talvez seja pedir muito, eu sei) e apontar um culpado real, como a incompetência do governo, e da própria ONU, e sua submissão à militância gay.
Unknown disse…
culpado errado18 de julho de 2012 11:53

Vamos raciocinar.

Qual é a porcentagem de gays no Brasil e no mundo?

Qual a porcentagem de heterossexuais religiosos no Brasil e no mundo?

Se há crescimento da AIDS no Brasil e no mundo não seria o grupo mais populoso o responsável por isso?
culpado errado disse…
Ah, ok, interessante e oportunista 'raciocínio' homossexualista para apontar culpados.
Segundo ele, a principal culpa agora não é somente dos religiosos, mas dos heterossexuais também.
Porra, já começou com a homo-obsessividade?
Anônimo disse…
Esses porta vozes do deus do céu que aparecem por aqui São uns fiascos. Não entendem nem pingo no i.
Caruê disse…
AFF é tão ridículo que só pode ser loucura.
Anônimo disse…
Que mania irritante tem os religiosos de acusar tudo mundo que a crentalhada não gosta de "mentiroso safado gayzista", quem são eles pra falar em honestidade? da uma olhada nos monte de fezes que vocÊs seguem, malafaia, rr soares, edir macedo, muito mais honestos né?
Carrasco disse…
Todos sabem que AIDS é doença de um grupo especifico, os gays, e é onde ocorre coma maior incidência, os casos que hoje ocorre entre os héteros decorreu por causa de alguns "bi", que transavam com os gays, depois transavam com mulheres, essas mulheres transavam com outros homens, quer dizer, o grande culpado do crescimento da AIDS é a promiscuidade, algo comum entre os gays que transam com qualquer pessoa, muitas vezes sem saber nem o nome, principalmente no período de carnaval e de passeatas gays, e também muitos "pais" de família que deixam a esposa em casa e vai atrás de travecos transmissores da AIDS em esquinas e trazem a doença para casa, tem também as mulheres que traem o marido com homens que tem a doença e a trazem para o marido.
Se todos cumprissem o que a Bíblia Sagrada fala, marido de uma só mulher e esposa de um só homem, quer dizer, um verdadeiro casal, certamente a incidência de AIDS seria menor e ficaria de onde ela nunca deveria ter saído, do grupo de risco, os homossexuais. Enquanto houver promiscuidade, a AIDS aumentará e afetara as famílias.
Anônimo disse…
O retardado acha que a culpa toda da homosexualidade é dos gays, deve ter uma vida sexual muito feliz um einstein deste naipe.
Anônimo disse…
já ouviu falar em preservativo? se você não fosse tão frutrado sexualmente não defecaria pela boca deste jeito, sr não gosto de gays porque eles transam e eu não.
Anônimo disse…
Mais um hater que usa a biblia como justificativa para o odio " não é que não gosto mas a biblia diz que..."

o raçinha de fezes.
Izaque Bastos disse…
acho essa discussao de estado laico uma grande bobagem, se for levar ao pé da letra como os ateus querem,e exigir que o estado sufoque os religiosos que outrora professam uma fé e fazem parte do corpo de funcionarios publicos, entao se torna um outro tipo de preconceito, com isso só mudando de lado, quem for religioso, tem que ficar calado em publico, sufocando aí o direito de expressar, seja lá o que for, enfim, seria a constituiçao ambigua?
num paragrafo, diz que o estado é laico, e assim eu acredito, pois nao vejo o governo fazendo propagando religiosa pra ninguem, em outro diz que devemos nos expressar com liberdade.
se eu, como autoridade publica proibo, uma pessoa em nome do estado; de professar a fé que for, estou indo de encontro a um direito constitucional de expressar,se nao proibo, estou afetando o estado laico?
o estado é mais omportante que as pessoas que o compoe?
sabemos que estado nao subsiste sem pessoas, as pessoas fazem parte de um país, esse país sendo laico, as pessoas nao deveriam ter religiao?
vejo aí uma perseguiçao dos neoateistas, contra todo grupo religioso, por acharem melhores que esses só por dizerem nao creem em Deus.
enfim, o estado tem que ser minimo, em todos sentidos, para que as pessoas que o povoam, nao sejam cerceadas em nenhum dos seus direitos, eu nao vejo, ateus sendo presos e queimado nas ruas so porque dizem nao acreditarem em Deus, nosso país vive , graças a Deus, em perfeita paz a muito tempo, sem guerra civil, conduzido democraticamente ao um bom tempo, acho que ateus querem instaurar um desestabilidade social e politica em nosso país, quando nao se tem o que fazer, inventa o que falar, enfim viemos em um país, que tem liberdade de falar o que se pensa, querem entao cercear o direito dos religiosos de falar?
fala sério pessoal, se proibir de um lado, sufocara do outro, do jeito que tá, tá bom, acredito que esta tudo num contrapeso legal. foda-se estado laico.
Caiu a máscara do carrasco anti-gay disse…
Você faz parte dos articuladores do programa de escoteirismo dos EUA? Sim, porque lá existe uma postura anti-gay oficial da parte dos dirigentes dos programas de escoteiros, que proíbe que escoteiros gays ou bissexuais declarados ingressem em entidades oficiais de escoteiros e bandeirantes, para não 'contaminar' os 'bons garotos' das corporações de escoteiros ianques. Grupos de homossexuais, lésbicas, bissexuais e simpatizantes em geral tentaram derrubar essa 'normativa' anti gay scout boys deles junto ao Governo Federal e Suprema Corte americanos, mas foram impedidos pelos chamados escoteiros 'cristãos'.De um modo geral, LGBTS, mesmo não assumidos,não são bem-vindos no escotismo oficial americano. Acho que você deve ter ajudado naquela campanha americana dos anos de 1950:Boys beware homosexuals are on the prowl( garotos cuidado. Homossexuais estão a perambular por aí)que associava descaradamente homens homossexuais a tarados pedófilos predadores de altíssima periculosidade.
Anônimo disse…
Izaque, ser laico não quer dizer ser anti-religião. Parece que você tem dificuldade de entender esse detalhe ou finge não o compreender .
Wickedman disse…
culpado errado: A AIDS não respeita gênero, seu estúpido. Não é doença de homossexuais, seu desinformado. Vai estudar, babaca.
Wickedman disse…
Ele é burro mesmo.
Lady Ryoko disse…
é uma anta mesmo
Izaque, o fato é que você é tão burro, tão idiota, tão ignorante, tão estúpido, tão imbecil, tão babaca e tão fanfarrão que mesmo trollando esse blog a meses, você ainda não entendeu, ou insiste em não entender, o que é um estado laico.

Vai ser anencéfalo assim na puta que pariu.
Cara, a ignorância desse Carrasco é pra rir mesmo, nem dá pra ter raiva de uma criatura dessas.

Não acredito que ainda existem neandertais vivos em pleno seculo XXI.
Bastos Izaque disse…
Sabemos que estado nao subsiste sem pessoas, as pessoas fazem parte de um país, esse país sendo laico, as pessoas nao deveriam ter religiao?
Bastos Izaque disse…
Anônimo18 de julho de 2012 13:55,
Quem não é anti-religião é o quê?
Renato Nascimento disse…
Carrasco, ignorante.

Hoje não existem mais "grupos de risco", esse é um termo extremamente estereotipador e preconceituoso; dizemos hoje em "vulnerabilidade", esta sim individual e bastante subjetiva. Ou seja, até um filhinho de papai, rico, heterossexual, pode adquirir HIV se estiver em situação vulnerável (que pode ser até a falta de ambiente propício e a impossibilidade de se comprar preservativos).

E outra, você pareceu querer dizer que o HIV "surgiu" e deveria ficar no seu grupo de "origem", os homossexuais; como se o HIV só se adaptasse a organismos que contenham o "gene" da homossexualidade.

HIV se transmite em QUALQUER relação sexual predisponente, inclusive entre os crentes que "fogem" um pouquinho à doutrina (e QUANTOS são hein!)

Abraços, seu ignorante.
Olaithayumääthanna disse…
Culpado errado, seu nome já diz tudo.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Canadenses vão à Justiça para que escola distribua livros ateus

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Prefeito de São Paulo veta a lei que criou o Dia do Orgulho Heterossexual

Kassab inicialmente disse que lei não era homofóbica

Bento 16 associa união homossexual ao ateísmo

Papa passou a falar em "antropologia de fundo ateu" O papa Bento 16 (na caricatura) voltou, neste sábado (19), a criticar a união entre pessoas do mesmo sexo, e, desta vez, associou-a ao ateísmo. Ele disse que a teoria do gênero é “uma antropologia de fundo ateu”. Por essa teoria, a identidade sexual é uma construção da educação e meio ambiente, não sendo, portanto, determinada por diferenças genéticas. A referência do papa ao ateísmo soa forçada, porque muitos descrentes costumam afirmar que eles apenas não acreditam em divindades, não se podendo a priori se inferir nada mais deles além disso. Durante um encontro com católicos de diversos países, Bento 16 disse que os “cristãos devem dizer ‘não’ à teoria do gênero, e ‘sim’ à aliança entre homens e mulheres no casamento”. Afirmou que a Igreja defende a “dignidade e beleza do casamento” e não aceita “certas filosofias, como a do gênero, uma vez que a reciprocidade entre homens e mulheres é uma expressão da bel...

Eleição de Haddad significará vitória contra religião, diz Chaui

Marilena Chaui criticou o apoio de Malafaia a Serra A seis dias das eleições do segundo turno, a filósofa e professora Marilena Chaui (foto), da USP, disse ontem (23) que a eleição em São Paulo do petista Fernando Haddad representará a vitória da “política contra a religião”. Na pesquisa mais recente do Datafolha sobre intenção de votos, divulgada no dia 19, Haddad estava com 49% contra 32% do tucano José Serra. Ao participar de um encontro de professores pró-Haddad, Chaui afirmou que o poder vem da política, e não da “escolha divina” de governantes. Ela criticou o apoio do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus do Rio, a Serra. Malafaia tem feito campanha para o tucano pelo fato de o Haddad, quando esteve no Ministério da Educação, foi o mentor do frustrado programa escolar de combate à homofobia, o chamado kit gay. Na campanha do primeiro turno, Haddad criticou a intromissão de pastores na política-partidária, mas agora ele tem procurado obter o apoio dos religi...

Existe uma relação óbvia entre ateísmo e instrução

de Rodrigo César Dias   (foto)   a propósito de Arcebispo afirma que ateísmo é fenômeno que ameaça a fé cristã Rodrigo César Dias Acho que a explicação para a decadência da fé é relativamente simples: os dois pilares da religião até hoje, a ignorância e a proteção do Estado, estão sendo paulatinamente solapados. Sem querer dizer que todos os religiosos são estúpidos, o que não é o caso, é possível afirmar que existe uma relação óbvia entre instrução e ateísmo. A quantidade de ateus dentro de uma universidade, especialmente naqueles departamentos que lidam mais de perto com a questão da existência de Deus, como física, biologia, filosofia etc., é muito maior do que entre a população em geral. Talvez não existam mais do que 5% de ateus na população total de um país, mas no departamento daqueles cursos você encontrará uma porcentagem muito maior do que isso. E, como esse mundo de hoje é caracterizado pelo acesso à informação, como há cada vez mais gente escolarizada e dipl...

Papa afirma que casamento gay ameaça o futuro da humanidade

Bento 16 disse que as crianças precisam de "ambiente adequado" O papa Bento 16 (na caricatura) disse que o casamento homossexual ameaça “o futuro da humanidade” porque as crianças precisam viver em "ambientes" adequados”, que são a “família baseada no casamento de um homem com uma mulher". Trata-se da manifestação mais contundente de Bento 16 contra a união homossexual. Ela foi feita ontem (9) durante um pronunciamento de ano novo a diplomatas no Vaticano. "Essa não é uma simples convenção social", disse o papa. "[Porque] as políticas que afetam a família ameaçam a dignidade humana.” O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) ficou indignado com a declaração de Bento 16, que é, segundo ele, suspeito de ser simpático ao nazismo. "Ameaça ao futuro da humanidade são o fascismo, as guerras religiosas, a pedofilia e o abusos sexuais praticados por membros da Igreja e acobertados por ele mesmo", disse. Tweet Com informação...

Roger Abdelmassih agora é também acusado de erro médico

Mais uma ex-paciente do especialista em fertilização in vitro Roger Abdelmassih (foto), 65, acusa-o de abuso sexual. Desta vez, o MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo abriu nova investigação porque a denúncia inclui um suposto erro médico. A estilista e escritora Vanúzia Leite Lopes disse à CBN que em 20 de agosto de 1993 teve de ser internada às pressas no hospital Albert Einstein, em São Paulo, com infecção no sistema reprodutivo. Uma semana antes Vanúzia tinha sido submetida a uma implantação de embrião na clínica de Abdelmassih, embora o médico tenha constatado na ocasião que ela estava com cisto ovariano com indício de infecção. Esse teria sido o erro dele. O implante não poderia ocorrer naquelas circunstâncias. A infecção agravou-se após o implante porque o médico teria abusado sexualmente em várias posições de Vanúzia, que estava com o organismo debilitado. Ela disse que percebeu o abuso ao acordar da sedação. Um dos advogados do médico nega ter havido violê...

Médico acusado de abuso passa seu primeiro aniversário na prisão

Roger Abdelmassih (reprodução acima), médico acusado de violentar pelo menos 56 pacientes, completou hoje (3) 66 anos de idade na cela 101 do pavilhão 2 da Penitenciária de Tremembé (SP). Foi o seu primeiro aniversário no cárcere. Filho de libaneses, ele nasceu em 1943 em São João da Boa Vista, cidade paulista hoje com 84 mil habitantes que fica a 223 km da capital. Até ser preso preventivamente no dia 17 de agosto, o especialista em reprodução humana assistida tinha prestígio entre os ricos e famosos, como Roberto Carlos, Hebe Camargo, Pelé e Gugu, que compareciam a eventos promovidos por ele. Neste sábado, a companhia de Abdelmassih não é tão rica nem famosa e, agora como o próprio médico, não passaria em um teste de popularidade. Ele convive em sua cela com um acusado de tráfico de drogas, um ex-delegado, um ex-agente da Polícia Federal e um ex-investigador da Polícia Civil. Em 15 metros quadrados, os quatros dispõem de três beliches, um vaso sanitário, uma pia, um ch...