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Psiquiatra desaconselha tratar dependente em clínica religiosa

psiquiatra Analice Gigliotti
Para Analice, o ideal é que
haja um tratamento laico
A psiquiatra Analice Gigliotti (foto), vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas, lamentou que quatro das sete clínicas de tratamento de dependentes selecionadas pelo governo do Rio de Janeiro tenham vínculos religiosos.

Para ela, esses estabelecimentos são “questionáveis” porque misturam fundamentos da ciência médica com dogmas de crenças religiosas.

“O ideal é que o centro de recuperação seja laico”, disse ela ao jornal “O Dia”. Afirmou que, no caso de o paciente ser ateu, o impulso dele será abandonar o tratamento.

Analice falou que não há clínicas privadas e muito menos públicas suficientes para o internamento desses pacientes. São tantas pessoas que, disse, “o governo não sabe onde colocar essas pessoas.”

Por isso, segundo a psiquiatra, surgiram as comunidades terapêuticas — entre elas as religiosas —, que são uma forma econômica de tratar dependentes químicos, mas não é a mais recomendável.

Com informação de O Dia.

Clínica religiosa da Sérvia espanca dependente químico (vídeo).
maio de 2009

Dependência química.

Comentários

Anônimo disse…
Já que o governo não sabe onde colocar tantas pessoas, então elas tem que ir pra igreja.
Unknown disse…
Concordo plenamente com a psiquiatra Analice. Não se deve misturar ciência com religião.
Analista Man disse…
Interessante que o nome da árvore proibida foi árvore da ciência ou do conhecimento do bem e do mal.
Mello disse…
É o mesmo que trocar o vício por uma doença.
Wickedman disse…
Interessante mesmo, Analista. Papai do céu queria todo mundo ignorante.
Anônimo disse…
Do que adianta tirar uma droga e dar outra ? E ainda os cara já esta numa vida desgraçada e ainda vão ter que ouvir se não se converterem das drogas vai para o inferno. Era mais fácil deus acabar com as drogas mais como deus não existe fica esta merda na imaginação das pessoas
Regis disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse…
è complicado! Vai proibir as igrejas de ajudar?
Anônimo disse…
A questão não proibir as igrejas de ajudarem. A religião é livre para ofertar o que quiser. O problema é o Estado estar financiando isso. Quatro das sete clínicas selecionadas pelo governo tem vínculos religiosos.

Leandro
Regis disse…
Já trabalhei em um hospital psiquiátrico aqui da região Sorocaba onde se tem muitos hospitais e clinicas de para tratamento de problemas mentais e drogas. No meu caso era um hospital privado (Teixeira Lima) porem sem vínculos religiosos, mas muitos pacientes desses lugares são verdadeiros turistas que conhecem todo ramo "hoteleiro" disponível e até os médicos de plantões para cada dia de semana no hospital regional de onde se encaminham eles as psiquiatrias conforme as vagas.
Os especialistas nisso são de longe os alcoólicos, clientes experientes com muitos anos por tudo quanto é clinica. Deles ouvi em muitas conversas as histórias malucas que contam em clinicas religiosas. Os alcoólicos nível "pro" são bem malandros e se adaptam a todas situações, rezam, contam casos, emocionam os monitores, falam que vão mudar agora que encontraram o "Senhor Jezuis", se deixarem até falam em línguas e profetizam para a alegria geral. Eles contam essas façanhas morrendo de rir, de como levam bebidas para esses lugares e como fogem de lá assim que se enchem e comem o bastante. Mas o problema maior são os casos onde a pessoa é mentalmente debilitada, onde existem quadros alem do vicio como alguns tipos de psicose. Aí a coisa muda de figura e a abordagem religiosa é extremamente nociva para eles em minha opinião. Nesse hospital que trabalhava como enfermeiro já se notava a desproporcional quantidade de doentes com manifestações ligadas a religião do que em relação aos outros. Sempre se via um ou outro fazendo discursos bíblicos, tirando ou recebendo demônios, abençoando pessoas, se achando profeta ou mesmo Jesus, vendo anjos, Jesus ou santos, vendo espíritos, recebendo espíritos, citando compulsivamente a bíblia e coisas assim. Este quadro é muito comum nas psiquiatrias. Imaginem então um lugar onde se impõem ao doente diversas idéias religiosas como ajuda para cura. Esses vulneráveis são bombardeados com mais estímulos a delírios, alucinações visuais, auditivas, paranóias e todo tipo de confusão mental. Oras se as clinicas laicas já estão cheias de gente que "pirou" nas igrejas, imaginem levar as igrejas para esses. Meu ponto é que essas religiões não proporcionam um ambiente saudável nem para quem ainda esta mentalmente bem, então são muito mais danosas para quem já tem algum problema.
Muitas religiões tentam arrebanhar mais membros sempre nos lugares onde as pessoas estão mais vulneráveis a influencia, em geral não mostram nenhuma restrição ética ou moral que freio a evangelização.
O estado deveria ter critérios mais exigentes e científicos para repassar verbas a clinicas para viciados. Lugares onde se misturam doutrina religiosa no tratamento de viciados e doentes mentais não deveriam receber apoio do estado. Desconfio inclusive que dinheiro dado para esses lugares não é apenas dinheiro perdido, mas manutenção do problema e futuro mais gasto de verba.
Creio que existem já muitas pesquisas vinculando doenças mentais a religiões, como falei no meu caso bastava dar uma passeada pelo pátio e comprovar isso.
Viciados e doentes mentais se tornam um tipo de rebanho mantido pelo estado, gerenciado por pastores e assegurado pelo psiquiatra Jesus Cristo, que não tem CRM para ser processado.
Analista Man disse…
Podemos dizer então, que Adão e Eva tornaram-se cientistas.
sara moreira disse…
Excelente observação.Um crente sente-se mais do que feliz ao ver um ex drogado dando testemunho de sua convenção.
Anônimo disse…
Muito boa observação,

Aqui em Teresina todas as comunidades terapêuuticas são confessionais, seja católica ou evangélicas. É uma praga. A Gerencia estadual de saúde mental, da SESAPI, tenta orgaizar a rede de atenção psico-social, sem dar enfase a esses espertalhões da fé, cujo uncio objetivo é aumentar seus rebanhos idiotizados e massa de manobra pras eleições municipais e estaduais. Ñão é a toa que este éum eleitorado e parlamentares que contaminam o estado laico no Congresso Nacional.

Nelson
Se Cristo pode curar tudo, até "doideira", pra quê ir no psicólogo, né mesmo? Vai pra igreja pra tirar o encosto, ora bolas!
Anônimo disse…
Ele pode, mas ele não quer, sob certas condições.
Augusto disse…
Por que os ateus não abrem suas clínicas? Criticar sentado na frente de um computador é fácil, arregaçar as mangas para ajudar alguém, poucos querem. Inúmeras famílias agradecem pelas recuperações de seus entes queridos. Se viraram religiosos ou não, problema é deles, mas pelo menos se reabilitaram. Agora criticarem o que os outros fazem o que o Poder Público não faz e muito menos esses ateuzinhos de blog de internet. Ah! Por favor!!!!!!!! E antes que falem alguma coisa, eu coopero num orfanato e num centro de recuperação de drogados, e ambos evangélicos. Fazer o que, se não tem nenhuma instituição Atéia?????
Não abro por motivos óbvios: não sou formado em medicina nem em psicologia, pra bolas!

Eu também não conheço muitas instituições de caridade ateístas ou administrados por ateus, o que não quer dizer que não exista ou que ateus não fazem caridade. Talvez porque nós ateus, ao contrário de certos crentes presunçosos, não gostamos de atrelar hipocritamente o nosso ateísmo às nossas ações.

Ah, e só para lembrar: o Bill Gates tem uma fundação destinada à caridade, e ele é ateu. No Brasil, pode-se citar o sociólogo Betinho, que se engajou bastante nas causas sociais e que também era ateu.

Hipócrita desgraçado.
Regis disse…
Sinceramente Augusto seria bom ter uma estatística boa dos resultados dessas clinicas que usam métodos religiosos. É o que seria justo e responsável da parte do governo para liberar verbas a elas.
De minha experiencia pessoal posso dizer que não conheci um verdadeiro recuperado, apenas pessoas que se diziam e voltavam pouco depois muito, mas muito pior mesmo. Alias cansei de ver gente claramente lesada dizer com voz mole ou muito agitada e um tanto desconexo que Jesus mudou sua vida.
Não se esqueça que toda melhora no campo da psiquiatria vieram de pesquisas sobre o cérebro humano e as inteirações químicas nele, não de exorcismo, ou orientação espiritual. Desconheço o que a religião ajudou de fato no conhecimento do funcionamento do cérebro alem da manipulação pelo medo.
Não se esqueça que o psiquiatra e pai da psicanálise Sigmund Freud foi um ateu que muito contribuiu para o tratamento de doentes mentais e a formação dos profissionais de hoje. Ele acerca da religião:

"A religião é comparável com uma neurose da infância."

"Um homem que está livre da religião tem uma oportunidade melhor de viver uma vida mais normal e completa."
Tendo em vista isso, certamente ele concorda que clinicas que usam religião para curar pacientes com problemas mentais estão apagando fogo com gasolina.
Augusto disse…
"Hipócrita desgraçado", típica expressão de acusação de quem não faz nada contra quem tenta ajudar alguém. Esperar o que de vc né Luan, só passa seu tempo aqui no site reclamando e chorando de perseguição do "mundo cristão". Vai fazer alguma coisa que presta! Quanto à recuperação, realmente muitos voltam para "lama", mas conheço muitos que mudaram de vida. Falo de conhecimento de causa. A recuperação varia tanto nas ditas religiosas como nas laicas, mas não se pode duvidar das mudanças no meio religioso, senão não teriam milhões de evangélicos por ai dizendo que se recuperaram tanto das drogas, como do fumo e álcool. Achar que tudo é mentira e marketing religioso é ser muito ignorante com os fatos. Quem não tem um evangélico na família ou amigo que se recuperou de algum vício???? Então, realmente ser não concordam com a pregação religiosa, tudo bem, livre direito de pensar, mas negar as recuperações, ai não dá. Ah, pra terminar, não sou religioso, então não adianta ficar me atacando com palavras que não me afetam tá pessoal, fica na paz hehehehe!
Regis disse…
Só achei estranho Augusto você se dizer não religioso e usar a expressão "voltar para a lama", que é uma alusão a 2Pedro 2:22 muito comum no meio religioso.
Só por não participar de uma denominação não significa "não ser religioso". Não é cristão? De qualquer forma isso não é coisa da qual me deva satisfação, mas sua defesa das clinicas religiosas e ao mesmo tempo não querer se identificar como religioso é contraditório e também um exemplo de como o cristianismo não tem inspirado muito orgulho. Talvez não seja seu caso, mas muitos cristãos tem preferido atacar sem mostrar a cruz em sua bandeira.
Anônimo disse…
De fato, tratar psicoses com religião é o mesmo que tentar apagar fogo com querosene, não vai dar certo.
Augusto disse…
Eu não defendo clínica religiosa, só reconheço a ajuda que elas oferecem, o que não vejo muito em evidência, claro que pode existir, da parte atéia. E quanto a ser religioso, essa é uma discussão que não cabe aqui. Mas realmente me relaciono com Deus, como filho que O ama e não como religioso, mas isso é difícil pra vcs entenderem né, tudo é a mesma coisa hj. Quem crê em Deus ou é evangélico fanático ou católico beato, se vc não curte a homossexualidade vc é homofóbico, tudo simplista mesmo! Abraços!
"típica expressão de acusação de quem não faz nada contra quem tenta ajudar alguém."

- Eu realmente não faço nada contra quem quer ajuda os outros, por que faria isso? Está ajudando uma pessoa, por que eu me incomodaria com isso? Eu hein!

E pro seu governo, sou universitário, mas minha universidade acabou de entrar em greve. O que significa que a partir de hoje terei muuuuuuuito tempo para comentar aqui.

E pro seu governo, não interessa o que eu faço para ajudar as pessoas. Não sou um hipócrita, que fica expondo suas ações e fazendo propaganda de si próprio.
Pronto, acabou de assumir que é religioso.
Abbadon disse…
Conheco muitas historias de pessoas que foram internadas em clinicas de recuperacao, se submeteram a tratamento psiquiatrico, etc.. e nesses lugares, havia uso de religiao (principalmente evangelica), e as pessoas voltavam piores do que entraram.

Usavam e abusavam do proselitismo, gritavam aos quatro ventos que "Jesus mudou a vida deles", tentavam converter os outros da familia e amigos proximos, berravam versiculos biblicos a esmo, davam testemunhos em igrejas, etc.

Mas acabavam sempre caindo novamente na mesma doenca mental que os afligia, acabavam piorando, desenvolviam mais doencas, entupiam-se de remedios e drogas, tornavam-se mais agressivos e mais depressivos, agrediam os outros atraves de intolerancia e preconceito, etc.

E os religiosos ficam fazendo propaganda nas igrejas de que recuperam viciados, que curam os doentes, que fazem caridade, etc.

Que nada.

Instituicoes mantidas ou associadas por religiosos, nao estao comprometidas com a recuperacao do doente. Apenas os utilizam para fins de proselitismo, conversao enquanto estao em estado de fragilidade fisica e mental, utilizacao do espaco para propaganda institucional, etc.

E muitos "psicologos e psiquiatras" desses se "formaram" em instituicoes de ensino, de má qualidade, ligadas às igrejas. É so ver o caso da Marisa Lobo... Nao ha profissionalismo e nem comprometimento com o verdadeiro trabalho de um psicologo de verdade. E ainda querem modificar o Codigo de Etica, para atender os seus interesses obscuros.

No fim, quem perde sao os individuos que precisam de ajuda. E os problemas se perpetuam, piores do que ja eram.

E a religiao (juntamente com seus seguidores), mais uma vez, é culpada de causar mal às pessoas.

Se alguem conhecido precisar de ajuda, eu recomendaria JAMAIS procurar uma instituicao ligada a religiosos (principalmente evangelicos).
Anônimo disse…
Dou mil reais pra quem conseguir postar antes do Luan.....kkkkkkk
Walter Cruz disse…
Um anônimo lá em cima disse: "Do que adianta tirar uma droga e dar outra?", e eu me sinto obrigado a discordar em parte.

Meu sogro era alcoolatra. Espancava os filhos, agredia a esposa, quase que diariamente. Tentou matar o próprio irmão a tiros durante uma bebedeira, era muito violento e temido no bairro. Enfim, era o cão chupando manga.

Há 10 anos ele se converteu e hoje é diácono da Congregação Cristã, e mudou a vida da família. Hoje, é um homem admirado por todos.

Eu sou ateu, mas tenho que concordar que prefiro vê-lo do jeito que está, mesmo achando errado, do que do jeito que ele era (bêbado e violento). Dos males, o menor.

Meu pai também foi alcoolatra, e foi muito violento durante minha infância. O vi espancar minha mãe várias vezes por causa da bebida. Foram muitos anos de sofrimento, até minha mãe resolver se separar e eu e meus irmãos fomos viver com ela em outra casa, deixando ele sozinho.

Diferente do meu sogro, meu pai não procurou ajuda espiritual. E quando todos achavam que ele ia se afundar mais na bebida depois de abandonado, veio a grande surpresa: ele parou de beber, sem precisar recorrer a clínicas de tratamento, e hoje é uma outra pessoa.

Mesmo sendo ateu, eu levo em consideração cada situação. Só quem passou por problemas desse tipo na vida, tendo em casa algum ente querido transtornado por vícios como alcool ou qualquer outra droga, sabe o quando é difícil.

Mesmo não acreditando em deus, prefiro ver um ente querido adorando a ele sem causar mal a ninguém do que vê-lo entregue a esses vícios malditos, que destroem a vida não apenas deles, mas de toda a família.
Anônimo disse…
Está igual a mim Luan. A minha Faculdade vai entrar de greve também. Sinceramente, eu estou com muita raiva dessa desgraça de greve, esses professores Filhos - da - @#$% ganham bem e ainda querem entrar de greve, puta falta de sacanagem.
Claro que professor universitário ganha bem, SE tiver mestrado e doutorado, e olhe lá. Acontece que aqui na minha cidade, professor federal ganha bem menos que o estadual. Pra você ter uma ideia, professor de universidade estadual ganha R$ 11.000,00 por cadeira (com mestrado e doutorado), enquanto o de universidade federal, com mestrado e doutorado, ganha uns R$ 7.000,00 e alguns quebrados, mas com dedicação integral a universidade (ou seja, não ganha por cadeira). Fora os substitutos que ganham uma miséria que não chega nem a um salário mínimo.

Eu apoio essa greve.
Michelle disse…
Nesses casos, tem que se levar em consideração o contexto do paciente.

Se um paciente é evangélico ou católico, pode-se nessas clínicas usar a fé dessa pessoa para ajudá-la a sair do buraco.

O foda é vc tentar fazer isso com uma pessoa que não segue essas religiões.

Eu sei disso por experiência própria: cheguei a consultar um profissional da saúde mental que - mesmo sabendo que eu era atéia - ficava falando em toda sessão que eu deveria frequentar uma igreja, procurar deus, etc. Nesse sentido ele estava mais atrapalhando do que ajudando pq ele não soube trabalhar comigo dentro do meu contexto. Ele usava o contexto dele no meu tratamento. Obviamente que não deu certo, fiquei de saco cheio e parei de ir no terceiro mês.
Anônimo disse…
Walter cruz tem uma música que diz assim. Eu era um bêbado que vivia drogado hoje estou curado conheci jesus conheci jesus na casa do senhor não entra satanás xô satanás xô satanás kakaka
Maria Lima disse…
e vc de preconceituoso, gayzinho a toa da vida. Pq num procura fazer algo de produtivo ao invés de criticar os outros hein? Só quer saber de defender sua homossexualidade e ficar escrevendo um monte de bosta aqui.
paulo de tarso disse…
marcha para o rei da glória hoje, chupa anti deu chupa.
Erzulie disse…
Outro motivo pelo qual não abrimos clinicas laicas é pq só as igrejas tem ganho incentivo$$$ governamentais para isso
Erzulie disse…
A dra. foi extremamente eufemista. Clinicas religiosas de recuperação são absolutamente CRIMINOSAS, pq, além de não apresentarem nenhum metodo terapéutico compravado, ainda recebem dinheiro do governo para funcionar como depósitos de gente. Funciona assim: a igreja cria uma dessas comunidades COM DINHEIRO PUBLICO, cobra altas taxas dos internos e ainda converte para a religião futuros obreiros e dizimistas. E o governo ainda ganha votos das ovelinhas nesse processso. O que tem funcionado são os projetos de Reduzação de Danos em CAPS.
Anônimo disse…
Por que tem que ser igreja, e não um prostíbulo ou saunas gays? Elas estão nas drogas justamente por falta de prazer na vida, então nada melhor que lhes propiciar o que a vida tem, de fato, de melhor!
Anônimo disse…
Concordo.
Anônimo disse…
Não sou evangélica e acho que a maioria é só mais um meio para arrancar dinheiro e marketing para dizer que recuperou fazendo uma lavagem cerebral maior que a dependência química! Mas há outras casas de recuperação que eu conheço de outras religiões que são sim eficientes que o atendimento é com psicólogos, psiquiatras e médicos o tratamento espiritual é um acompanhamento , acho que a doutora generalizou !!
Michelle disse…
Anônimo (8 de abril de 2013 17:00)

Na minha cidade tem duas clínicas para dependentes químicos e as duas são mantidas por instituições religiosas. Uma delas é mantida pela igreja católica e é mais estruturada, tem acompanhamento psicológico, os dependentes só saem qdo o tratamento acaba e se saem antes (no caso de fuga) perdem a vaga, as visitas são regradas, eles tem atividades como cuidar da horta.

A outra é mantida por uma igreja evangélica, não sei qual. Pessoas que eu conheço e que trabalham com encaminhamento de dependentes químicos já me falaram que essa clínica não tem acompanhamento psicológico e nem psiquiátrico, só religioso. É toda administrada por pastores, não tem rotina e estrutura e os dependentes podem entrar e sair a hora que quiserem. O que é verdade...um dos internos já apareceu na locadora que eu trabalho para alugar uns filmes pra galera de lá.
Anônimo disse…
O importante é que a ''religião'' está fazendo algo para ajudar essas pessoas e grande parte dessas instituições são gratuitas. Como assim não é aconselhavel se pessoas estão sendo ajudadas? Independente de um lugar onde a ciência é ou não aplicada, o importante é que pessoas estão tendo um auxílio contra a sua dependência.
RafaelJ disse…
Um estudo bem completo feito por duas pesquisadores da Faculdade de Medicina da Unifesp.

A religiosidade, a espiritualidade e o consumo de drogas

Zila van der Meer SanchezI; Solange Aparecida NappoII

IDoutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid)
IIProfessora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid)

RESUMO

CONTEXTO: A religiosidade e a espiritualidade vêm sendo claramente identificadas como fatores protetores ao consumo de drogas em diversos níveis.
OBJETIVO: A presente revisão da literatura pretendeu descrever os principais estudos científicos que tratam do papel da religiosidade no tratamento e na prevenção do consumo de drogas.
MÉTODO: As fontes citadas neste artigo de revisão são indexadas nas bases de dados PubMed e Scielo, entre 1976 e 2006, tratando de questões relativas à religiosidade, à espiritualidade e ao consumo de drogas.
RESULTADOS: Estudos têm apontado para evidência de que as pessoas que freqüentam regularmente um culto religioso, ou que dão relevante importância à sua crença religiosa, ou ainda que praticam, no cotidiano, as propostas da religião professada, apresentam menores índices de consumo de drogas lícitas e ilícitas. Além disso, os dependentes de drogas apresentam melhores índices de recuperação quando seu tratamento é permeado por uma abordagem espiritual, de qualquer origem, quando comparados a dependentes que são tratados exclusivamente por meio médico.
CONCLUSÕES: Devido ao forte papel de assistência social das religiões no Brasil, a exploração deste tema no contexto brasileiro seria de grande relevância para a saúde pública.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832007000700010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
RafaelJ disse…
Um estudo bem completo feito por duas pesquisadores da Faculdade de Medicina da Unifesp.

A religiosidade, a espiritualidade e o consumo de drogas

Zila van der Meer SanchezI; Solange Aparecida NappoII

IDoutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid)
IIProfessora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid)

RESUMO

CONTEXTO: A religiosidade e a espiritualidade vêm sendo claramente identificadas como fatores protetores ao consumo de drogas em diversos níveis.
OBJETIVO: A presente revisão da literatura pretendeu descrever os principais estudos científicos que tratam do papel da religiosidade no tratamento e na prevenção do consumo de drogas.
MÉTODO: As fontes citadas neste artigo de revisão são indexadas nas bases de dados PubMed e Scielo, entre 1976 e 2006, tratando de questões relativas à religiosidade, à espiritualidade e ao consumo de drogas.
RESULTADOS: Estudos têm apontado para evidência de que as pessoas que freqüentam regularmente um culto religioso, ou que dão relevante importância à sua crença religiosa, ou ainda que praticam, no cotidiano, as propostas da religião professada, apresentam menores índices de consumo de drogas lícitas e ilícitas. Além disso, os dependentes de drogas apresentam melhores índices de recuperação quando seu tratamento é permeado por uma abordagem espiritual, de qualquer origem, quando comparados a dependentes que são tratados exclusivamente por meio médico.
CONCLUSÕES: Devido ao forte papel de assistência social das religiões no Brasil, a exploração deste tema no contexto brasileiro seria de grande relevância para a saúde pública.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832007000700010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
Michelle disse…
RafaelJ,

Um tratamento de dependência química tem que levar em consideração o paciente. Se ele tem uma crença religiosa e dá importância à ela, é válido que o profissional de saúde mental deixe o paciente livre para recorrer à essa crença religiosa caso o paciente ache que ela o ajudará na recuperação.

O problema está na evangelização forçada. Um tratamento de dependência química focada em crença religiosa não vai funcionar com um dependente químico ateu. Um tratamento de dependência química focada na crença cristã não vai funcionar com um dependente químico judeu ou budista.

Sei disso por experiência própria. Não em caso de vício. Fui encaminhada à um psiquiatra e um psicológo pra tratar do meu transtorno de ansiedade. O psiquiatra chegou a fazer perguntas sobre se eu tinha alguma crença religiosa como se isso fosse relevante ao tratamento. Mesmo assim eu respondi que sou atéia. Mas praticamente em todas as sessões ele me recomendava que procurasse deus, que eu frequentasse uma igreja e ficava no proselitismo por alguns minutos antes de me dar a receita do remédio. Se isso não é uma certa tentativa de evangelização forçada, não sei mais o que é.

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