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Na Itália, volta do imposto sobre propriedade deixa igrejas de fora

Dentro do pacote de medidas de recuperação econômica, o novo primeiro-ministro Mario Monte, da Itália, recriou o imposto sobre propriedade, mas deixou de fora todas as religiões, beneficiando  principalmente a Igreja Católica.

Na internet, tem havido manifestações de indignação. Quarenta e oito horas depois de a medida ser anunciada, uma petição com o pedido de revogação do privilégio já tinha mais de 100.000 adesões. No Facebook, expressando o espírito da revolta, alguém escreveu que a alegação de que a “igreja é a casa de Deus” não serve para obtenção da isenção fiscal.

O cardeal Angelo Bagnasco afirmou que a decisão de Monte é justa porque reconhece o valor social das atividades da igreja.

Nas instalações da Igreja Católica funcionam, além das paróquias, escolas, centros de saúde e hospitais – prestações de serviços pelas quais os usuários pagam, na maioria dos casos.

Na Espanha, onde também a crise econômica europeia tem sido vigorosa, chegou-se a cogitar o fim das isenções fiscais às igrejas, mas o debate foi adiante.

Algumas pessoas continuam falando sobre o assunto, como o teólogo José María Castillo, que escreveu em seu blog que a Igreja Católica deveria aproveitar a oportunidade para renunciar aos benefícios e privilégios de modo a ter de volta a sua credibilidade. Castilho é do movimento da Teologia da Libertação.

Com informação das agências.

Ministério Público estuda ação para que Universal pague imposto.
setembro de 2011

Comentários

Rodrigo Dias disse…
Certo dia passando por uma avenida movimentada da cidade, ao observar toda sorte de publicidades e porcarias que tentam nos vender, vi algo que me chamou a atenção, uma igreja prometia prosperidade financeira, material e de certa forma uma prosperidade metafísica, muito embora eles estivessem longe de saber o que metafísica significa. Enfim, aquele lugar era anunciado como um Oasis neste imenso deserto em que se engendra a barbárie contemporânea (chamo aqui de barbárie na acepção mais lúgubre da palavra, pois nunca fomos tão parvos), que por uma fórmula mágica de “prestações e contraprestações” o infinito, o absoluto, o que os brilhantes romancistas germânicos como Hölderlin, Goethe e companhia gastaram suas vidas para tentar descrever, ali era vendido comodamente. Que pena não terem feito isto antes! Teriam poupado toda filosofia ocidental de um trabalho árduo no qual tentavam “alcançar o inalcançável”. Hiperion, o herói germânico de Hölderlin que representava a busca pelo absoluto não precisaria viver quase que como um asceta no meio do mato. Bastaria a ele que pagasse o dízimo. Fausto de Goethe ao invés de vender sua alma a Mefistófeles em busca de um “insight” que preenchesse sua existência, poderia se converter a uma dessas religiões fantásticas, em que os “sacerdotes” têm uma transbordante “sabedoria”, que faria Siddhartha Gautama sentir-se constrangido.
Não acredito em teologia e principalmente não acredito nesta teologia fajuta que hoje em dia se espalha como uma praga, custeada por nossas instituições judaico-cristãs, para mim, que compartilho da idéia de Friedrich Schleiermacher a religião não busca conhecer e explicar o universo, isto é tarefa da metafísica, religião busca intuir e sentir o universo. Mas muito embora o ensino da teologia “ande pelo caminho das trevas” existe um teólogo com o qual simpatizo, Rohden, autor destas interessantes palavras: “Desde que o homem especule mercenariamente para receber qualquer benefício externo pelo fato de ser bom , já esta num trilho falso, porque degrada as coisas espirituais e é escravo das coisas materiais”
È a mediocridade do homem contemporâneo que o impede de ver a imbecilidade em que ele está inserido, o fazendo cair em embustes pavorosos, essa revolução triunfal dos imbecis, já profetizada por Nelson Rodrigues está nos levando à era da ignorância de Dennis Arcand. Ninguém busca se “espiritualizar”, buscam sim um sentido fácil para suas existências vazias além de outros prazeres supérfluos e disto se aproveitam esta horda que está por aí, mercadejando um paraíso na terra. Parafraseando Emil Cioran: “em todo homem dorme um profeta, e quando ele acorda, há um pouco mais de mal no mundo... A loucura de pregar está tão enraizada em nós que emerge de profundidades desconhecidas ao instinto de preservação. Cada um espera seu momento para propor algo: não importa o quê. Tem uma voz: isto basta. Pagamos caros não ser surdos nem mudos...”.
Enfim, enquanto vivermos á sombra de uma divindade que o mundo contemporâneo “matou” com a transvaloraçao, estaremos fadados ao mais trágico insucesso na tentativa de superarmos as desgraças e revezes que este mundo nos reserva. E aos que querem buscar uma essência divina de verdade, corram das igrejas, pois elas estão perdidas no mais ignóbil senso comum.
Mello disse…
Muito bom e verdadeiro Rodrigo.
Manda mais.
Rodrigo disse…
Ok, vlw..... nos proximos posts então ;)

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