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Negro agredido por ‘roubar’ o próprio carro será indenizado

Januario-Santana O vigilante Januário Alves de Santana (foto), 40, estava no estacionamento de um supermercado cuidando de sua filha de dois anos, enquanto a sua mulher fazia compras, quando soou o alarme de uma moto ali por perto. Santana saiu do seu carro para ver o que era e foi abordado por seguranças.

Ele levou pancadas dos seguranças sob a acusação de estar tentando roubar um EcoSport prata. Mas esse carro era dele, disse Santana. E ele apanhou mais porque os seguranças achavam que estava mentido.

Levado para uma sala do supermercado, Santana provou com documentos que o carro lhe pertencia, mais aí já era tarde. Ele já tinha apanhado.

Aconteceu no dia 7 de agosto de 2009, no Carrefour de Osasco, na Grande São Paulo.

Hoje, portanto sete meses depois, a Agência Estado informou que o Carrefour concordou extrajudicialmente em pagar uma indenização a Santana, que, negro, foi vítima de preconceito racial.

O valor da indenização não pode ser revelado, conforme estabelece uma cláusula do acordo.

Na avaliação do IML (Instituto Médico-Legal) , Santana teve ferimentos "leve", mas vinte dias após as agressões ele teve de parafusar uma placa de metal no maxilar. Dojival Vieira, advogado dele, quer que o IML faça nova avaliação.

Vieira que o acordo com o Carrefour não significa que houve um final feliz, porque o episódio evidencia que a discriminação racional no Brasil está longe de ser resolvida.

Santana foi espancado por seguranças da Empresa Nacional de Segurança Ltda., contratados pela rede de supermercado.

Na época, ele tinha pago a 72ª prestação de R$ 789 do EcoSport.

> Casos de racismo.    > Mundo bizarro.

Comentários

Pangéia disse…
Pois eu acho uma indenização muito pouco para quem sofreu preconceito, seja de que forma for. Só se indeniza a vítima e mais nada (quando se toma alguma atitude). Isso comprova minha tese, nem mesmo nossas autoridades seguem nossas leis. Está na Constituição da República Federativa do Brasil, preconceito, discriminação (aqui e na citada Carta Magna usados como sinônimos) é crime, de cunho inafiançável! E no entanto, algum canalha que agrediu o rapaz da reportagem foi preso? Mesmo que preso fosse, no dia seguinte - talvez até no mesmo dia - veríamos a notícia de que o fulano que agrediu foi liberado após pagar fiança. Caralho! Faço minhas as palavras daquela música, hit de meados dos anos 1980 e início da década seguinte: "Que país é este?"
Respondo já essa questão: Este país é o Brasil, o mais hipócrita dentre os países americanos; um lugar onde nem mesmo nossas autoridades respeitam nossa Legislatio Majorem!

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