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Hospital católico nega cirurgia a mulher por motivo religioso

Jéssica precisa
manter sob controle
tumor no cérebro
O médico de Jéssica Mann (foto), 33, a aconselhou a se submeter a uma cirurgia de laqueadura de trompas após o nascimento do seu terceiro filho, porque, avaliou, mais uma gravidez poderá lhe trazer complicações por causa do tumor que tem no cérebro.

Contudo, o Centro Médico Regional Genesys em Michigan (EUA) negou o procedimento à paciente porque, por ser uma entidade católica, não pode compactuar com esterilização, como a da laqueadura e a da vasectomia.

Assim, o hospital, para se manter fiel a um dogma religioso, atropelou a ética médica, mantendo uma paciente em risco de morte ou de graves sequelas no cérebro.

Eis aí um aspecto do “amor cristão” que causa repulsa até mesmo em parte dos cristãos.

O tumor de Jéssica é benigno, mas poderá se transformar em maligno em decorrência de alterações hormonais provocadas pela gravidez.

Além disso, até mesmo tumor dito benigno por ter consequências graves, como cegueira, perda da fala e paralisia, se pressionar o cérebro.

A assistente social Jéssica já teve de passar por uma cirurgia para extrair outro tumor, também diagnosticado como astrocytoma pilocítico.

Cristã e de família católica, ela afirmou que já sabia da ligação do hospital com a Igreja Católica, mas ainda assim ficou “surpresa” e “chateada” com a recusa de atendimento porque não esperava que um hospital em um caso grave, como o dela, preferisse seguir uma crença religiosa à medicina.

Jéssica vai se submeter à cirurgia em outro hospital, e não está descartada a possibilidade de ela processar o Genesys. “Tenho o apoio do meu marido e do meu médico.”

Nos Estados Unidos, a Igreja Católica tem forte presença no mercado de atendimento médico.

Com informação das agências.





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