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Vereador não convence ao tentar justificar imposição da Bíblia

Lei de bispo da
Universal agride a
laicidade do Estado
Ao tentar justificar a lei de sua autoria que obriga as escolas do ensino fundamental e médio de Florianópolis (SC) a ter um exemplar da Bíblia, o vereador Jerônimo Alves (PRB), na foto abaixo, só conseguiu expor sectarismo religioso e seu objetivo mal disfarçado de usar a política para fazer proselitismo cristão. Alves é bispo da Igreja Universal.

Ele disse em uma entrevista ser importante que as bibliotecas de escolas tenham a Bíblia para que ela seja consultada por estudantes que “não creem em nada” e por aqueles de outras religiões.

A obrigatoriedade da lei do bispo da Universal se restringe à disponibilidade apenas da Bíblia, excluindo os livros sagrados das demais religiões. Ou seja, para o bispo da Universal os cristãos não precisam saber do Corão ou de livros da doutrina espírita, por exemplo.

Falou, também, que a Bíblia não é um livro somente religioso, porque tem sido a origem da jurisprudência brasileira. Na entrevista, contudo, ele não deu sequer um exemplo nesse sentido.

Argumentou que sua lei não ofende a Constituição (que proíbe que qualquer instância de governo se envolva com crença religiosa) porque “Estado laico não é Estado ateu”.

Para ele, Estado laico “é onde todas as religiões são defendidas”. Trata-se de um entendimento equivocado porque o Estado laico não é "defensor" de religiões, mas apenas neutro em relação a elas.

Alves se esforçou em dar uma justificativa aceitável para a sua lei porque tem sido forte a reação a sua intromissão religiosa no sistema educacional de Florianópolis.

Jorge Alexandre Cardoso, coordenador do curso de pedagogia da Unisul, por exemplo, disse se sentir frustrado diante da nova lei, porque houve muito trabalho para conseguir uma Constituição que determine a separação entre o Estado e a Igreja.

Ele não vê problema as escolas terem Bíblia, Corão ou Torá, desde que isso não seja obrigatório.

Alves usa política para
proselitismo religioso 
Esses textos, afirmou, são úteis para consulta de alunos e professores no estudo das religiões, mas eles não podem ser instrumentos de proselitismo.

A lei do bispo exige que, nas escolas, a Bíblia esteja em “local de destaque”.

Marcelo Batista de Sousa, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina, disse que o vereador Alves teve boa intenção, mas a sua lei já nasceu morta.

“O Estado é laico e não pode exigir estas manifestações religiosas, tampouco proibir”, afirmou.

“Eu tenho fé que o Ministério Público perceba e entre com uma ação. Se isso não ocorrer, o sindicato irá entrar com uma ação.”

Com informação do Diário Catarinense e outras fontes e foto do Facebook. 





Escola não é lugar de proselitismo religioso, afirma professor


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