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Idosa com artrite morre de suicídio assistido por temer a velhice

A britânica Nan Maitland (foto), de 84 anos, morreu na Suíça de suicídio assistido por temer o avanço da velhice. Ela teve a ajuda de Michael Irwin, 79, conhecido como Dr. Morte por ter viabilizado casos desse tipo de morte.

Nan era ex-terapeuta ocupacional e fundadora de uma sociedade que defende morte assistida para velhos.

A Suíça tem duas clínicas de suicídio assistido – uma delas é a famosa Dignitas – que atendem estrangeiros porque essa prática é proibida nos demais países. As clínicas só aceitam pacientes terminais.

O caso da Nan reforçou na Suíça o debate sobre o tema porque o problema dela era artrite, uma doença que acomete principalmente idosos.

Antes de receber nas veias o soro da morte, Nan teve um encontro de três horas durante um almoço com amigos em um hotel de cinco estrelas. Depois, ela foi conduzida em uma limousine a uma clínica cujo nome não foi revelado.

Divorciada, Nan deixou uma carta para seus três filhos no qual afirma que a dor causada pela artrite acabou com o prazer de viver e que temia o que lhe pudesse ocorrer a medida que fosse ficando mais velha. “Tenho um grande sentimento de alívio porque não mais precisarei ter receio dos horrores que estariam a minha espera.” “Por favor, sejam felizes por eu ter escapado de um futuro insuportável”.

O médico Peter Saunders, militante antieutanásia, disse que a morte de Nan, uma mulher praticamente saudável, mostra que o objetivo não confessado dos defensores do suicídio assistido é obter mudança na lei de modo que a prática seja aplicada em pessoas de qualquer idade, estando ou não doentes.

O Ministério Público da Suíça tem resistido às pressões de entidades pró-vida para processar as clínicas. Mas agora, com a morte de Nan, o órgão poderá mudar acioná-las na Justiça.

Com informação do Mail Online.

Comentários

Alenônimo disse…
Bom, viver é obrigação? Sei lá. Acho que proibir eutanásia é algo meio esquisito.
Anônimo disse…
E se eu chegar a 84 tá bão dimaaaaaaaaaais !!!
Anônimo disse…
Se mata quem quer, o Estado querer intervir é algo visto apenas nas ditaduras. O medo da morte e a idéia de que não podemos nos matar é fruto de mentes criadas sob regimes religiosos.

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