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Pais e professores bascos pedem a extinção das aulas de religião

Na Espanha, proselitismo religioso nas salas de aula
A Associação de Pais e Professores da Escola Pública do País Basco lançou uma campanha para que as aulas de religião sejam expurgadas do currículo escolar. O País Basco é uma região da Espanha com autonomia administrativa que fica no extremo norte do país.

Para os estudantes, as aulas de religião são opcionais, mas as escolas são obrigadas a oferecê-las -- 1,5 hora no ciclo primário e 2h no secundário.

Aproveitando que neste momento ocorrem as matriculas para a retomada das atividades, a associação emitiu o comunicado “Por uma escola secular” no qual exige o fim “imediato” das aulas de religião, as quais, ressalta, são usadas pela Igreja Católica para fazer proselitismo.

A associação quer que as escolas dediquem o tempo gasto com a religião no reforço de matérias essenciais, como matemática.

Em resposta à campanha pelo ensino secular, a Igreja Católica tem pedido aos pais que inscrevam seus filhos nas aulas de religião.

Tem sido cada vez menor o índice de optantes por aulas de religião. Atualmente é de 33,2% do total dos estudantes do primeiro ciclo e 21,2% do segundo. Quem não faz a opção é obrigado a escolher aulas de outros cursos alternativos para preencher o horário.

As escolas argumentam que não dão o reforço porque os estudantes de religião seriam prejudicados, já que não poderiam comparecer. Mas esses estudantes, argumenta a associação, podem prejudicar os demais.

No comunicado, a associação diz não fazer sentido a maioria dos alunos ter de fazer cursos alternativos por causa de “algumas famílias que querem que seus filhos recebam educação religiosa”.

Com informação do Diario Vasco e do El Correo.

dezembro de 2010

Comentários

Anônimo disse…
Quando isso ocorrerá no Brasil...
Os bascos podem fazer isso porque o País Basco espanhol é praticamente independente. Creio que só relações exteriores, moeda e e defesa são controladas desde Madrid. Eles tem sua própria polícia ("Ertzaintza"), sistema educacional (no qual as aulas são dadas sempre que possível em basco, ou então aulas de basco são disponibilizadas) e instituições políticas (que incluem partidos políticos que só existem lá, como o Partido Nacionalista Basco, e outros).

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.