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Polícia de Recife afirma haver indício de que autoflagelação matou padre

Colegas de trabalho do padre Ferdinand Azevedo (foto), 72, encontraram-no morto na segunda-feira (17) em um apartamento da Ordem Jesuíta na cidade Paulista, a 17 km de Recife (PE).

Na quinta,  a polícia informou em que circunstância estava o corpo nu e em decomposição: uma corrente que saia de um pino na parede circundava o pescoço e uma corda amarrada na cintura prendia o braço esquerdo para trás. O padre usava a corda em celebrações de missa.

Severino Arruda, perito do Instituto de Criminalística,  disse que as marcas no corpo são indícios de que o padre possa ter morrido durante uma sessão de autoflagelação em decorrência de um movimento mais brusco, em um acidente. Mas ele não descartou a possibilidade de o padre ter usado o equipamento de autoflagelação para se suicidar. Falou que só será possível se chegar a uma conclusão quando os laudos ficarem prontos, na segunda quinzena de fevereiro.

O certo é que não houve latrocínio (roubo seguido de morte). Nada foi levado do apartamento, incluindo R$ 600 do padre, e não havia sinal de violência, como arrombamentos e móveis desarrumados por luta corporal.

O norte-americano Azevedo era professor do curso de mestrado em ciências da religião da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), em Recife. Também era diretor da biblioteca da universidade, em cujo campus morava desde 1975. Estava em Paulista havia uma semana para um retiro espiritual.

A Ordem dos Jesuítas, em nota, informou que tem colaborado com as investigações, mas suas informações não sustentam nenhuma das duas hipóteses levantadas pela polícia. Comunicou que seus sacerdotes não se flagelam, negou que houvesse no local instrumentos dessa prática e disse que Azevedo não cometeria o suicídio.

O padre Pedro Rubens, reitor da universidade, confirmou a versão de que Azevedo não tinha perfil de suicida. “Ele não apresentava nenhum vestígio de depressão, tristeza, amargura ou revolta”, disse. “Quem o conhece pode testemunhar que ele tinha uma vida que não combina com esse tipo morte.”

O auge da autoflagelação na Igreja Católica ocorreu na Idade Média. De acordo com a crença, trata-se de uma forma de livrar o corpo das tentações do diabo de modo a preservar o espírito da perdição. Sacerdotes que se flagelam acreditam que assim ficam mais próximo de Deus.

Com foto da Unicap e informação de pe360graus.

João Paulo 2º se flagelava com frequência, revela livro.
novembro de 2009

> Casos de suicídio.    > Mundo bizarro.

Comentários

Sandro Ataliba disse…
Se for realmente verdade, é mais uma prova triste de como práticas antigas absurdas continuam despedaçando vidas.
Anônimo disse…
Na Opus Dei a autoflagelação é vista como uma grande manifestação de amor a Deus.
O cilício, usado na coxa, uma vez numa, outra na outra, parece uma coleira de cachorro com ponta de ferro que penetra na carne. É pressionado e amarrado na perna por duas horas todos os dias, normalmente. Chicotadas nas nádegas também são usadas durante a oração, uma Salve Rainha, por exemplo.
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT1062513-1655,00.html
Eliana de Moura Cavalcanti disse…
Me parece crime praticado por michê, talvez apavorou-se e fugiu sem roubar nada.A investigação deve verificar se era mais um viado/padre.

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