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Religiões saem da cultura e seguem a lógica do lucro

"Agentes da religião não passam de agentes econômicos, e as igrejas, de empresas", escreveu o sociólogo Pierucci por Antônio Flávio Pierucci O sociólogo da religião não pode continuar pensando que se pode fazer sociologia propriamente dita sem a crítica da "cultura capitalista", que passa pela crítica da economia capitalista. Quando uma igreja visa à maximização dos lucros e ensina seus quadros a fazerem o mesmo por ela e também para si mesmos, e exorta os conversos e seguidores a fazerem o mesmo, é sinal de que a lógica da esfera econômica colonizou a lógica da esfera religiosa. Com isso, a religião enfraquece sua principal conquista alcançada com a modernidade, que foi a autonomização das esferas da cultura, como ensinou Max Weber [1881-1961]. Volta atrás na história. Muitos sociólogos de hoje veem acertadamente a religião como mercado — mercado de bens de salvação —, mas já é mais que isso: há outras metas a alcançar, inclusive as de conteúdo materia