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Ex-administrador afirma ter visto 'privilégios' nas finanças do Vaticano

do site Religion Digital

Arcebispo Viganò disse
 que há "corruptelas" 
O atual núncia da Santa Sé nos EUA e ex-secretário geral do Governatorato da Cidade do Vaticano – o governo que administra o Estado –, o arcebispo Carlo Maria Viganò (foto), denunciou em uma carta a Bento XVI a "corrupção e má gestão" na administração vaticana, informou a imprensa italiana nesta quarta-feira, 25 de janeiro.

Os jornais Corriere della Sera e Libero Quotidiano publicaram trechos dessa carta, divulgada pelo apresentador do programa Gli Intoccabili (Os Intocáveis), do canal de televisão pago La7, Gianluigi Nuzzi, que dedicou o espaço ao assunto.

Segundo Nuzzi, citado pelo Libero Quotidiano, o arcebispo italiano, de 70 anos, enviou uma carta a Bento 16 no dia 27 de março de 2011, em que se lamentava das "corruptelas e privilégios" que tinha visto depois de assumir o cargo de secretário geral do Governatorato em julho de 2009.

"Beatíssimo Padre, uma transferência minha provocaria desorientação naqueles que acreditaram que era possível sanar tantas situações de corrupção e de prevaricação há muito tempo enraizadas na gestão das diversas direções" do governo vaticano, escreveu Viganò ao papa, segundo Nuzzi.

Em outra carta, segundo o Corriere della Sera, Viganò escreve: "Jamais pensaria em me encontrar diante de uma situação tão desastrosa", que, apesar de ser "inimaginável", era "conhecida por toda a Cúria".

O arcebispo denunciou, segundo o jornal de Milão, que, no Vaticano, "trabalham sempre as mesmas empresas, com custos dobrados em relação a outras, até porque não existe nenhuma transparência na gestão dos contratos de construção e de engenharia".

Ele também denunciou, dentre outras coisas, que a Fábrica de São Pedro, que se encarrega da manutenção dos edifícios vaticanos, apresentou uma conta "astronômica" de 550 mil euros para a construção do tradicional presépio, que foi colocado na Praça de São Pedro em 2009.

Viganò também denunciou que os banqueiros que integram o chamado "Comitê de Finanças e Gestão" se preocupam mais com os seus interesses "do que com os nossos" e que, em dezembro de 2009, em uma operação financeira "queimaram (perderam) 2,5 milhões de dólares".

O prelado relatou em suas cartas ao papa que, durante a sua gestão, conseguiu que o Vaticano passasse de oito milhões e meio de déficit em 2009 para um lucro de 34,4 milhões em 2010.

Segundo Nuzzi, Viganò, com a sua política de rigor, fez muitos inimigos e, por isso, foi retirado do Governatorato e enviado como núncio (embaixador) aos EUA, cargo ao qual foi nomeado no último dia 19 de outubro.

Promotoria obriga Vaticano a adotar norma contra lavagem de dinheiro.
junho de 2011

Comentários

Anônimo disse…
esta igreja romana como sempre...envolvida com corrupção.

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