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Mostrando postagens com o rótulo ciência

Políticas públicas precisam ter embasamento científico, diz professor da USP

“Em sociedades democráticas as pessoas são livres para alimentarem as crenças que quiserem, mas políticas públicas devem ser guiadas por informações confiáveis e estudos metódicos, buscando soluções embasadas para os problemas.” A afirmação é do físico Paulo Nussenzveig, professor do Departamento de Física Experimental da USP. Apesar disso, ele lamenta, que em relação à Covid-19, até mesmo "indivíduos com formação científica e títulos acadêmicos estão defendendo que os métodos da ciência sejam desconsiderados por serem ‘lentos demais'”, afirma.  Nussenzveig aponta que cientistas não são movidos apenas por racionalidade e há muito de paixão no trabalho científico.  “Mas é preciso saber que, por mais que estejamos convencidos de alguma ideia, são necessárias evidências para sua validação”, ressalta.  “Minimiza-se, assim, o viés de confirmação, como foi bem expresso por Richard Feynman: ‘A primeira regra é que você não deve se deixar enganar a si mesmo, e vo

Bolsonaro exonera presidente de Conselho Científico por pedir verba e autonomia

Deutsche Welle     O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), João Luiz Filgueiras de Azevedo, foi exonerado do cargo pelo governo, conforme publicado nesta sexta-feira (17/04) no Diário Oficial da União. Em seu lugar, foi nomeado o atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Evaldo Vilela. O despacho, do dia 16 de abril, é assinado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto. Graduado em Engenharia Aeronáutica, Azevedo estava à frente do CNPq desde fevereiro de 2019. Segundo a Folha de S.Paulo e o portal G1, ele ficou sabendo da exoneração pelo Diário Oficial. x AZEVEDO JÁ ESPERA PELA DEMISSÃO, SÓ NÃO SABIA QUANDO Ao G1, Azevedo disse que sabia que a demissão iria acontecer, mas não sabia quando. "Não foi surpresa", afirmou. Azevedo vinha combatendo o esvaziamento do CNPq promovido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a Associação de Servidores do CNPq, citada

Cientistas brasileiros interrompem teste com cloroquina após a morte de 11 pacientes

Deutsche Well e    Cientistas brasileiros interromperam precocemente parte de um estudo sobre o medicamento antimalárico cloroquina, apregoado como possível candidato a tratamento contra infecções pelo coronavírus Sars-Cov-2 tanto pelo presidente americano, Donald Trump, quanto pelo brasileiro, Jair Bolsonaro. A pesquisa foi cancelada depois que 11 pacientes com o coronavírus que receberam uma dose elevada de cloroquina morreram até o sexto dia de tratamento, segundo o jornal The New York Times. Parte dos 81 pacientes com Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, que estavam sendo testados havia apresentado batimentos cardíacos irregulares, o que aumentou o risco de desenvolverem uma arritmia cardíaca fatal.  Após a morte de 11 deles, a parte do estudo envolvendo altas dosagens foi cancelada antecipadamente. MEDICAMENTO CHEGOU A SER RECEITADO PELOS 'DOUTORES' BOLSONARO E TRUMP Financiado, entre outros, pelo governo do estado do Amazonas, o estudo envolveu

Saiba como o sistema imunológico reage ao Covid-19 e pode até matar o paciente

Deutsche Welle   Como qualquer vírus, o coronavírus é pouco mais do que uma cápsula em torno de um núcleo de material genético e algumas proteínas. Para se multiplicar, ele precisa de um hospedeiro na forma de uma célula viva. Uma vez infectada, ela executa o que o vírus ordena: copiar informações, montá-las, e depois liberar as cópias do agente patogênico. Mas isso não passa despercebido. Em alguns minutos, o sistema imunológico do organismo reage com sua resposta inerente: granulócitos, fagócitos e células exterminadoras naturais fluem das vias sanguínea e linfática para combater o vírus. Eles são apoiados por inúmeras proteínas do plasma sanguíneo, que servem como substâncias mensageiras ou ajudam a destruir o patógeno. No caso de muitos vírus e bactérias, essa primeira atividade do sistema imunológico já é suficiente para combater o invasor. Isso geralmente acontece com muita rapidez e eficiência. Sentimos que o sistema está funcionando: ficamos resfriados, com febre. Um subconjunt

Saiba quais os remédios que cientistas estão testando contra o coronavírus

Deutsche Welle Talvez não seja preciso encontrar um novo medicamento contra o novo coronavírus. Remédios que já existem também podem ajudar a combater o patógeno causador da doença respiratória Covid-19. A vantagem do procedimento chamado "reposicionamento" é óbvia, pois adaptar medicamentos já aprovados ou desenvolvidos não é só mais barato, mas também muito mais rápido, já que é possível encurtar as longas fases de testes clínicos.  ADAPTAÇÃO DE REMÉDIOS EXISTENTES PARA NOVOS E VELHOS MALES É PRÁTICA FREQUENTE PORQUE, COM ISSO, QUEIXA-SE ETAPAS DE PESQUISAS, GANHA-SE TEMPO E O VOLUME DE INVESTIMENTO É MENOR Pelo menos 68 projetos de vacinas foram iniciados em todo o mundo, mas, mesmo que se descubra um agente de imunização em 2020, a VfA (uma associação de pesquisa de empresas farmacêuticas alemãs) considera improvável a realização de uma vacinação em massa ainda neste ano no país. Portanto, as alternativas são meses adicionais de isolamento ou o tratamento com agentes 

Estudos indicam que coronavírus tem possível associação com inflamação renal

Júlio Bernardes / Jornal da USP    Uma das frentes de pesquisa no combate a Covid-19 são os efeitos da doença no funcionamento dos rins. Os cientistas sabem que os portadores de problemas renais crônicos são considerados grupo de risco e o aparecimento de lesões agudas no órgão pode aumentar o risco de morte pela doença. Alguns trabalhos publicados sobre pacientes na China mostraram que as alterações renais não foram significativas. No entanto, outros estudos apontam que a infecção não se limita aos pulmões e encontraram partículas do vírus da Covid-19 em células dos rins, que podem estar associados a quadros de inflamação renal. ALÉM DOS PULMÕES, O COVID-19 PODE ATACAR OS RUINS, DE ACORDO COM PESQUISADORES INTERNACIONAIS O professor Niels Olsen Saraiva Câmara, do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, relata ao Jornal da USP que a Covid-19 causa Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), condição que compromete o pulmão, provocando infiltração de

Consultor de risco político diz que 'presidente de um país não pode confrontar a ciência'

Deutsche Welle     No início de março, Ian Bremmer, presidente e fundador da Eurasia Group, considerada a principal consultoria de risco político do mundo, reconheceu ter enviado a seus clientes a revisão de curto prazo mais problemática que escreveu desde a fundação da Eurasia, em 1998. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o relatório trazia um cenário de instabilidade social no horizonte, com rebeliões no sistema prisional dos EUA por falta de medicamentos e o aumento do nacionalismo e da xenofobia no âmbito internacional. Atento a todas as partes do globo, o analista foi surpreendido pela postura do presidente Jair Bolsonaro perante o avanço da Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus, no país.  No Twitter, o analista classificou Bolsonaro como o líder mais ineficaz do mundo democrático para lidar com a crise. Em entrevista à DW Brasil, Bremmer afirma que a Eurasia baixou as projeções e expectativas para o Brasil em função do cenário atual. DW Brasil: O senhor afirmou no Twi

O dia em que Bill Gates, defensor da ciência, previu a pandemia, em 2015

Consuelo Calderón / La Tecera   O cofundador da Microsoft advertiu, em 2015, que deveríamos nos preparar para uma futura pandemia. Atualmente, defende o isolamento e o distanciamento social, afirmando que “está trabalhando (em uma vacina) o mais rápido possível, mas se estima que não estará disponível antes de 18 meses”. 'ESTAMOS PREPARADOS PARA GUERRAS E INCÊNDIO, MAS NÃO PARA UMA PANDEMIA Há cinco anos, o fundador da Microsoft e filantropo, Bill Gates, realizou uma palestra na TED que viralizou nas últimas semanas. Nela - e como resultado do que aconteceu com o ebola - Gates afirmou que o maior risco de catástrofe mundial não tinha nada a ver com a guerra e suas bombas, mas com um vírus infeccioso. Inclusive, o magnata alegou que provavelmente o que mataria milhões de pessoas nas próximas décadas seriam os micróbios. Com tudo o que aconteceu recentemente com o coronavírus, a internet refletiu essa conversa, alegando que Bill Gates teria previsto a pandemia. Assim, o filantropo se

Cristianismo é a religião que mais perseguiu o conhecimento científico

Cristãos foram os inventores da queima de livros LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião As epidemias e pandemias durante milhares de anos antes do cristianismo tiveram as mais estapafúrdias explicações dos deuses. Algumas mentes brilhantes da antiguidade, tais como Imhotep (2686-2613 a.C.) e Hipócrates (460-377 a.C.) tentaram passar explicações científicas para as massas de fanáticos religiosos, ignorantes, bestas humanas. Com a chegada ao mundo das feras cristãs, mergulhamos numa era de 2000 anos de trevas e ignorância. Os cristãos foram os inventores da queima de livros e bibliotecas. O cristianismo foi a religião que mais perseguiu o conhecimento científico e os cientistas. O Serapeu foi destruído em 342 d.C. por ordem de um bispo cristão de Alexandria, sob a proteção de Teodósio I.  Morte de Hipatia de Alexandrina em ilustração de um livro do século 19 A grande cientista Hipátia de Alexandria (351/370) foi despida em praça pública e dilacerada viva pelas feras e bestas imundas cristãs. So

Microbiologista critica a negação à ciência e alerta que o Covid-19 mudou o mundo

Gabriel Valery / Rede Brasil Atual      O atual cenário de pandemia de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus restabelece a importância da ciência e da informação responsável como principais ferramentas para reduzir ao máximo os danos sociais e econômicos que ela causará. A conclusão é do biólogo e pós-doutor em microbiologia Atila Iamarino. Ele participou na noite de 30 de março Roda Viva, da TV Cultura. “O mundo não vai voltar a ser o que era (…) É uma situação preocupante. Têm pessoas querendo voltar ao que tinham antes. Temos um histórico mais recente de negação da ciência, dos fatos”, disse. Para o cientista, o cenário pede atenção absoluta da sociedade. Recentemente, Atila, que já trabalhava com divulgação científica, ganhou popularidade ao alertar que poderá ocorrer 1 milhão de mortes no Brasil, caso nada fosse feito. COVID-19 MATA DE DEZ A 20 VEZES MAIS QUE A GRIPE COMUM E INFECTA EM IGUAL PROPORÇÃO A projeção foi feita pelo Imperial College London, instituição britân

Texto português do século 16 mostra a eficácia da quarentena contra doença contagiosa

Agência Lusa   Um especialista australiano descobriu num texto português do século XVI uma prova de que a quarentena ou o isolamento podem impedir a globalização de uma doença como a Covid-19, que já provocou mais de 30 mil mortos. O texto português “é um registro antigo de uma doença que passa de animais para humanos, e mostra que a quarentena pode ser eficaz para a travar”, disse à agência Lusa Sanjaya Senanayake, professor de doenças infecciosas na Universidade Nacional da Austrália, em Camberra. Senanayake referia-se a uma passagem do “Tratado das ilhas Maluco e dos costumes índios e de tudo o mais”, de autor desconhecido, mas geralmente atribuído a António Galvão (c. 1490-1557). Apelidado de “apóstolo das Molucas”, António Galvão governou a partir de Ternate as chamadas ilhas das Especiarias, na atual Indonésia, entre 1536 e 1540, tendo iniciado o seu mandato 15 anos depois da passagem pela região da expedição de Fernão de Magalhães, já comandada por Juan Sebastián Elcan