A lei de crimes virtuais, que está sendo discutida no Senado, não deve atender somente aos interesses dos bancos, mas também e sobretudo os dos cidadãos. É o que afirma Alexandre Atheniense (foto), presidente da Comissão Especial de Tecnologia da Informação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Ele acusou o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) de estar conduzido o projeto de lei dos crimes virtuais “sob sete chaves”, consultando apenas as entidades que representam os bancos. “Azeredo não está ouvindo mais ninguém”, diz Atheniense, que estranha o fato de a OAB não ter sido convidada para participar da audiência pública sobre crimes virtuais que será realizada no Senado.
Jair Scalco, diretor da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), disse ao Uol que de fato a entidade tem tido contato com o Azeredo para tratar do assunto, mas defende que todos os setores da sociedade sejam consultados.
Já ao final do ano passado, o senador tucano foi acusado de estar a serviço dos bancos, porque, como relator do projeto de lei do cirbercrimes, ele defendia que os provedores tenham um cadastramento detalhado dos internautas, deixando-o à disposição das autoridades, conforme desejam as instituições financeiras, embora a constitucionalidade de tal medida seja discutível.
A campanha de eleição de Azeredo contou com contribuição da empresa de informática Scopus, ligada ao Bradesco. O senador é considerado o criador do esquema de repasse a partido de recursos "não-contabilizados", que posteriormente foi usado pelo petista Delúbio Soares.
>Projeto de Azeredo quer instituir o dedo-duro na internet.
>Íntegra do texto do Uol.
>E-mail de Azeredo: eduardo.azeredo@senador.gov.br
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