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População reclama da gestão Crivella em templos da Universal


Templo da igreja virou 'prefeitura'

Houve no Rio uma manifestação peculiar: centenas de pessoas reclamaram da gestão de Marcelo Crivella não diante da prefeitura, mas defronte a templos da Igreja Universal.

Os manifestantes pediram soluções para o capenga sistema de saúde, incluindo falta de remédios.

Duas observações sobre o episódio.

Primeira: com um ano de mandato, Crivella reforçou o vínculo entre sua religião e a administração pública, descumprindo uma promessa de campanha.

Segunda: o Estado laico brasileiro vai de mal a pior.


Antes da posse de Crivella, o pastor Fábio Caio profetizou que quem ia mandar na prefeitura do Rio seria Edir Macedo ou, o que dá no mesmo, a Igreja Universal.

A profecia se realizou, por assim dizer, logo no começo da gestão, quando Crivella inventou uma viagem internacional para não ter de participar da abertura do Carnaval, evitando, assim, de apertar a mão do Rei Momo, que é, pela crendice evangélica, a incorporação de Satanás.

Quem se manifestou diante dos templos na prática colocou de lado o intermediário Crivella, dirigindo-se diretamente ao chefão Macedo.

Há outros exemplos da atuação de Crivella na prefeitura como bispo da Universal, não como administrador da cidade, como a nomeação de um parente de Edir para um cargo público.

A manifestação ao menos indicou às igrejas que, a longo prazo, elas podem ter muito a perder com o enfraquecimento do Estado laico.

Quando a religião contamina a política também a política contamina a religião.

Sagrado e profano passam a ser a mesma coisa, e ambos pioram, e os valores democráticos se desvalorizam, como se verificou na cruzada moralista contra o nu em museus, empurrando o país para a Idade Média.

Os mais picaretas entre os picaretas só têm a ganhar com isso, como as próximas eleições vão mostrar.

Com informação de "O Globo" e de outras fontes e foto de divulgação.





Anúncios de ateus destacam que família não é sinônimo de religião

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