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Livro sugere dez medidas para minar religião fundamentalista



As religiões fundamentalistas podem ser derrotadas com dez medidas fáceis, diz o americano Ryan Cragun, que escreveu o livro How to Defeat Religion in 10 Easy Steps: A Toolkit for Secular Activists, lançado em 2005. Trata-se, como diz o título em inglês, de um guia para militantes seculares.

Livro é guia
para ativistas
seculares
As medidas são:

1 — Defender e promover a educação secular.

2 — Defender as minorias étnicas.

3 — Lutar para que mais pessoas tenham segurança financeira.

4 — Defender a liberdade e a diversidade sexual

5 — Deixar de subsidiar os religiosos.

6 — Incentivar o capitalismo (com regulamentações de atividades).

7 — Dar apoio ao ensino de ciência e arte.

8 — Lutar para a secularização dos feriados religiosos.

9 — Incentivar o pensamento crítico e a investigação científica.

10 — Defender o ensino da ética humanista.

Cada item desses é um capítulo do livro, embora haja certa redundância entre alguns deles.

Ex-mórmon, Cragun diz que escreveu o livro porque as religiões fundamentalistas são perniciosas para a sociedade, diferentemente em relação às crenças liberais.

“As religiões liberais tendem a aceitar os valores modernos humanos e a ciência”, diz.

Esse tipo de crenças, afirma, é menos prejudicial à sociedade.

“Eu sou contra as religiões fundamentalistas porque elas aceitam literalmente as escrituras, além de rejeitarem as descobertas científicas que vão contra seus textos sagrados.”

Cragun é sociólogo da religião na Universidade de Tampa, na Flórida.

Ele observa que a segurança financeira é importante porque, quem não tem dificuldades para pagar suas contas, recorre menos à ajuda do sobrenatural. Cita o exemplo de países pobres onde, geralmente, prolifera a devoção a divindades.

O sociólogo defende a secularização (ou sincronização) dos feriados religiosos porque concluiu que não seria eficiente boicotá-los. Diz que o Natal é um bom exemplo de feriado secularizado.

Observa que se trata da mesma estratégia usada por religiosos, que se aproveitaram de datas comemorativas pagãs para realizar suas festas e rituais.

Diferentemente do que diz o título do livro, a implementação das medidas não é tarefa fácil, principalmente nos Estados Unidos, para cujos leitores o sociólogo escreveu.

Estima-se que, lá, os religiosos fundamentalistas correspondam a 30% da população. E agora, com  Trump na presidência, eles se sentem vigorados.

Em boa medida, o livro também se aplica ao Brasil, onde o conservadorismo religioso tem um projeto político de poder cada vez mais evidente.

Com informação das agências.

Envio de correção.

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