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Se ‘Jesus Reina’ em Agudos, por que não também o Preto Velho?

O prefeito Everton Octaviani, de Agudos (SP), comemorou a decisão do MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo de arquivar o pedido da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) para retirada de mensagens religiosas da cidade, como “Aqui Jesus Reina!”, “Deus te abençoe!” e “Deus o acompanhe”.

Preto Velho
faz parte da
cultura do país
Neander Sanches, promotor de Justiça da cidade, informou que agiu de acordo com a decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em 2007 pela manutenção de crucifixos em fóruns e tribunais de justiça do Brasil.

Se tivesse se inspirado em decisões de alguns de seus próprios colegas, no país, Sanches teria outro entendimento da questão, porque, na maioria dos casos, os promotores agem para preservar a laicidade do Estado brasileiro, que está prevista na Constituição.

Em meados de 2015, Sanches já tinha recorrido à decisão do CNJ para se manifestar favoravelmente pela manutenção de um crucifixo na Câmara dos Vereadores. Alegou que faz parte da cultura brasileira.

O prefeito Octaviani afirmou que já esperava o arquivamento da representação da Atea, porque sabia que o “Ministério Público agiria com bom senso”.

Se é assim, o prefeito, por uma questão de isonomia, deveria também espalhar na cidade mensagens de outras religiões, como “Em Agudos também reina o Preto Velho”.

Até porque é de se supor que Octaviani e Sanches não sejam preconceituosos.





Espaço público não é de uma única religião, afirma promotor

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