Avó de Kailame disse não ter desistido de recorrer à Justiça |
A avó estava com sua neta no IML (Instituto Médico-Legal) do Rio de Janeiro onde Kailame ia se submeter nesta quarta-feira (17) a um exame de corpo de delito.
No domingo à noite, quando estava a caminho de um centro espiritualista, a garota foi atingida na cabeça por uma pedra jogada por dois supostos evangélicos, que gritaram: ”Sai Satanás, queima, vocês vão para o inferno”.
Kathia não esperava que ela e sua neta fossem se tornar tão rápido a mais uma manifestação de intolerância religiosa.
Afirmou que no metrô, indo para o IML, ela e a Kailame receberam apoio de pessoas por terem denunciado a perseguição de evangélicos aos seguidores de religiões de matriz africana.
“E agora acontece uma coisa dessa”, comentou ela, de acordo com o jornal Extra. “Mas isso não vai fazer com que eu desista de lutar por justiça.”
Por temer novos ataques, Kailame tinha desistido de usar roupas brancas, mas agora, segundo Kathia, a garota tomou coragem para se vestir com a cor de sua religião. A menina disse que não perdoa seus agressores.
Kathia lamentou a existência de pessoas que não conseguem dissociar sua religião do fanatismo. “Somos todos a mesma coisa, independentemente do credo.”
A candomblecista disse que sempre existirá fanatismo religioso, mas tem a esperança de que isso tipo de intolerância diminua se houver uma conscientização da sociedade.
Com informação do Extra e de outras fontes e reprodução de imagem da Globo.
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