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Manual do Estado Islâmico diz como ser jihadista no Ocidente



O Estado Islâmico pôs em circulação na internet um manual em inglês fluente com instruções sobre como ser um jihadista no Ocidente. Em 70 páginas, ensina a construir bombas caseiras, obter dinheiro para financiar atentados, levar vida dupla e a se disfarçar.

Texto recomenda
 filmes Bourne como
  parte do treinamento
 
Em árabe, “jihadista” vem de “jihad”, que significa luta consigo mesmo ou contra outra pessoa, tendo Alá sempre como referência. Mais recentemente a palavra “jihadista” passou a ser usada mais com a acepção de uma guerra pela fé contra os infiéis.
O manual “Como sobreviver no Ocidente”, cujo autor é identificado no prefácio como uma pessoa que “estuda o jihad global a mais de 10 anos”, orienta os simpatizantes do Estado Islâmico a não usarem roupas de muçulmanos nem barba, a ter lentes coloridas de contatos para confundir eventuais testemunhas e não adotar nome árabe. Cita um exemplo: “Em vez de “Al” use Adam".

Há recomendação para que as mulheres usem hijab (véu) coloridos em vez de preto.

O manual designa esses simpatizantes como “convertidos brancos secretos em serviços especiais”. Rejeita a expressão “lobo solitário”.

Orienta esses convertidos ao islamismo a ter relacionamento com “pessoas decentes” que estão insatisfeitas com os seus governos, de modo a lhes oferecerem “apoio e orientação na vida”.

“Se essas pessoas se abrirem, você pode lhes falar sobre o Islã. Mas você vai passar somente a informação necessária.”

O manual contém uma pitada do glamour hollywoodiano. Sugere aos simpatizantes que assistam aos filmes da franquia Bourne, interpretado por Matt Damon, como parte da preparação do treinamento para atentados. Afirma que os jihadistas devem fazer de tudo para não serem pegos pela polícia.

Os jihadistas secretos têm de serem mestres do disfarce, diz. “Se forem mulheres, elas podem usar maquiagem que possa fazer seu rosto parecer mais gordo ou mais magro.”

Homens devem usar cavanhaque e/ou bigode falso.

A preparação física deve ser feita pela manhã com corridas em parques públicos, e não dentro de casa ou em montanhas. “Se você se exercitar na parede de seu quintal, seu vizinho pode achar que está fazendo algo suspeito e denunciá-lo à polícia. Evite ao máximo chamar a atenção para si mesmo.”

Tiro ao alvo deve ser feito com armas de brinquedo, principalmente com aqueles que mancham as “vítimas” com tinta. Para não desperta a atenção, recomenda a compra desses brinquedos por crianças.

“Praticar o game Call of Duty dá conhecimento sobre as técnicas utilizadas na guerra em diferentes terrenos.”

Incentiva a aplicação de fraudes e golpes online para levantar fundos que financiem os atentados.

“Em casos de necessidade e de sobrevivência, os muçulmanos estão autorizados a obter dinheiro de formas normalmente não permitidas [pelo Corão]."

"Se é um especialista em fraude de cartão de crédito, Paypal, Ebay, phishing, pirataria, ou se conhece segredos de uma grande empresa, você pode tirar proveito dessas habilidades."

Também prega aos simpatizantes a reivindicação de benefícios extras oficiais, a quem puder fazer isso, e dar calote nos impostos.

Diz que o acesso à internet para se informar sobre o Estado Islâmico deve ser com moderação, usando sempre o navegador TOR, que é mais seguro. Sugere como fonte de notícias o Al-Jazerra.

Encoraja os simpatizantes a tomar empréstimos que “nunca serão pagos”. Os jihadistas poderão usar esse dinheiro para fugir e se instalarem em territórios dominados pelo Estado Islâmico, embora isso não seja fácil.

Em 10 páginas, fornece instruções como montar carro-bomba e bomba caseira tendo como detonador celular. Na lista de artefatos há frascos cheios de pregos, panelas de pressão, bombas de gás e airbag em forno microonda.

Como prática, sugere a montagem de bombas em pequena escala para minimizar os efeitos de erros.

Os atentados devem ser feitos preferencialmente em datas simbólicas e em locais como sinagogas e gasodutos, diz. Eles devem ser contra os “verdadeiros inimigos”, que são aqueles que insultam o Islã ou os muçulmanos.

O manual tenta tranquilizar de forma curiosa o jihadista do Ocidente, dizendo que quem for para a ofensiva aprenderá de um jeito ou de outro como agir e provavelmente não pegará prisão de longo prazo, porque será agraciado com o martírio.

Com informações das agências.



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